Ciência
04/02/2021 às 04:00•2 min de leitura
Um teste de captura de imagens conseguiu registrar em detalhes o local pouso da Apollo 15 na Lua. Em novembro de 2020, o Green Bank Observatory testou seu novo sistema de radiotelescópio, equipamento capaz de captar imagens de alta resolução. Com isso, a área onde a nave pousou em 1971 foi registrado em uma imagem detalhada, na qual é possível até mesmo identificar as formações do astro.
O transmissor foi desenvolvido pela Raytheon Intelligence & Space. O equipamento conseguiu transmitir um sinal para a Lua. Assim que ele foi refletido de volta, os radiotelescópios receberam essas ondas. Logo, os equipamentos – posicionados em diferentes lugares dos Estados Unidos – formaram um instrumento combinado gigantesco capaz de produzir a imagem.
No local de pouso, é possível visualizar a cratera Hadley C. Sua extensão é de aproximadamente 6 km, provando a riqueza de detalhes na imagem. Da mesma forma, a região de Hadley Rille e um possível tubo de lava colapsado também integram o registro.
A ampliação das imagens captadas revela ainda variações de regolito, a “poeira” que permeia a superfície lunar.
A imagem é resultado de dois anos de esforços dos cientistas responsáveis pelo projeto. Com a nova tecnologia, devem ser desenvolvidos equipamentos ainda mais poderosos para ajudar a desvendar os mistérios do universo.
No futuro, o plano é criar sistemas de radares com 500 kW de potência. Logo, eles poderiam produzir imagens com ainda mais detalhes do Sistema Solar. Caso a criação seja bem-sucedida, os cientistas poderiam usar sinais de rádio que abrangessem até mesmo as órbitas de Netuno e Urano, desvendando asteroides e detritos espaciais com precisão. Ou seja, os registros seriam ainda mais detalhados que a imagem do local de pouso da Apollo 15!
Até o momento, os pesquisadores não revelaram detalhes de novas imagens que possam estar em processo de captura ou do desenvolvimento dos novos equipamentos.