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05/02/2021 às 10:00•2 min de leitura
Após uma série de estudos, biólogos marinhos descobriram que uma baleia morta encalhada na região do Parque Nacional Everglades, na Flórida, faz parte de uma espécie totalmente nova de mamíferos. Além disso, os pesquisadores afirmam que o animal de 11,5 metros de comprimento já pode ser considerado ameaçado de extinção.
Na época do descobrimento do cadáver, cientistas acreditavam que a criatura pertencia a uma subespécie das baleias-de-bryde — uma espécie de baleias que inclui as baleias-jubarte e as baleias-azuis. Entretanto, uma análise genética do espécime levantou indícios sobre a existência de uma nova espécie que vive em torno do Golfo do México.
Segundo a declaração divulgada pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) no começo do ano, a descoberta publicada na revista Marine Mammal Science indica que apenas 100 membros dessa espécie de baleias permanecem vivas no mundo todo, o que as colocaria dentro da categoria de “criticamente ameaçados”.
Encontrada morta em janeiro de 2019, a criatura de Everglades foi achada abaixo do seu peso e com um pedaço de plástico preso em seu intestino. Batizada de “baleia do arroz”, a espécie de barbatana endêmica das regiões do nordeste do Golfo do México foi estudada pela primeira vez em 2008, quando foi comprovado que seu crânio era diferente do formato de outras baleias-de-bryde.
Além da estrutura óssea diferenciada, as baleias do arroz são ligeiramente diferentes em tamanho na comparação com suas parentes próximas. Essa espécie pode chegar a pesar 27 toneladas e medir 12,8 metros, de acordo com a NOAA. Por outro lado, as baleias-de-bryde costumam ter cerca de 15,2 metros de comprimento e pesar 24 toneladas.
Os estudos laboratoriais foram conduzidos pela líder do projeto, Patricia Rosel, e sua coautora, Lynsey Wilcox, ambas do Centro de Ciências Pesqueiras do Sudeste, da Flórida. Na visão de Rosel e sua equipe, a nova espécie de baleia possui expectativa de vida de 60 anos, mas novos estudos são necessários para comprovar essa estatística dado o pouco que se sabe sobre o animal.
Por terem estabelecido habitat no Golfo do México, as baleias do arroz são especialmente vulneráveis aos derramamentos de óleo, colisões de navios, e exploração e produção de energia, é o que aponta o relatório criado pela NOAA.