Estilo de vida
11/03/2021 às 09:00•2 min de leitura
O engenheiro holandês Lou Ottens, que ficou conhecido mundialmente como o inventor da fita K7, morreu no último sábado (6), aos 94 anos de idade, informação divulgada pelos familiares nessa quarta-feira (10). As causas do óbito não foram reveladas.
Nascido em 1926 na cidade de Westerwolde (Holanda), Ottens era apaixonado por tecnologia desde cedo. Na adolescência, construiu um rádio para ouvir secretamente as transmissões da Rádio Oranje durante a Segunda Guerra Mundial. Após o fim dos conflitos, ingressou em um curso de Engenharia Mecânica, formando-se em 1952.
Já em 1960, foi nomeado chefe de desenvolvimento de novos produtos da Philips, quando deu início ao desenvolvimento de uma fita portátil que revolucionaria o mundo da música. A primeira versão usava um bloco de madeira pequeno e fino, de um tamanho que caberia no bolso da sua jaqueta, para armazenar as bobinas e a fita magnética.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A versão final foi apresentada pela primeira vez em 1963, durante a tradicional feira de eletrônicos IFA, em Berlim (Alemanha). Um ano depois, ela foi oficialmente batizada de “Compact Cassette”, substituindo os pesados sistemas de bobinas utilizados até então, tornando-se o padrão para fitas K7 em todo o mundo após um acordo com a Sony.
A invenção da fita K7 não foi o único trabalho de sucesso de Lou Ottens. Atuando como diretor técnico da divisão de áudio da Philips, ele integrava a equipe que trabalhou no desenvolvimento do Compact Disc, mais conhecido como CD.
Desde o início dos anos 1970, a companhia holandesa desenvolvia um projeto baseado na tecnologia a laser para rivalizar com os discos de vinil. Em 1979, ela apresentou a novidade, criada em parceria com a Sony, lançando o primeiro CD player em 1982. Na época, Ottens profetizou que o toca-discos convencional "se tornaria obsoleto".
(Fonte: Pixabay)
Conforme a revista britânica New Musical Express (NME), estima-se que tenham sido vendidas até hoje 100 bilhões de fitas cassete em todo o mundo. E mesmo com o streaming disponível atualmente, elas ainda são bastante procuradas — somente em 2020, 157 mil fitas K7 foram vendidas no Reino Unido.
Quanto aos CDs, as estimativas apontam para 200 bilhões de unidades vendidas desde 1982, pelo menos, de acordo com a publicação.