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Quais sinais podem indicar vida em outros planetas?

10/05/2021 às 10:002 min de leitura

Nesta última sexta-feira (7), um possível fungo encontrado em Marte levantou novas suspeitas para a comunidade científica e sua procedência — ser real ou não — resgatou o pensamento crítico de "quais sinais podem indicar vida em outro planeta?". Enquanto vivemos o início da era das missões exploratórias espaciais, pouco de fato é sabido sobre o que representa um organismo vivo fora da Terra, e especialistas já estão dando os seus primeiros movimentos para avançar os estudos na área.

Desde 1976, com o lançamento das missões Vikings para Marte, a NASA vem encontrando dificuldades para conseguir detectar a presença de vida extraterrestre, especialmente pela falta de métodos de isolamento de substâncias mais complexas e pela desafio em tratar adequadamente as amostras coletadas. O conhecimento de que composições orgânicas que contêm carbono, hidrogênio e oxigênio comumente associam tais moléculas à própria ideia de vida, mas será que em outro planeta essas bioassinaturas indicariam o mesmo que na Terra?

(Fonte: Johns Hopkins University / Reprodução)(Fonte: Johns Hopkins University / Reprodução)

Para esclarecer esses inúmeros questionamentos, os cientistas tiveram que regressar para um ponto inicial da discussão: "o que é a vida?". Então, na tentativa de entender essa química fundamental do Universo, foi necessário acionar a estrutura da Escada de Detecção de Vida, um método prático de construção de evidências para observar um potencial sinal de bioassinatura. "O ponto de partida aqui é que a vida tem muitas características, mas nenhuma característica é um sinal revelador da vida em si mesma", disse Marc Neveu, astrobiólogo da Universidade de Maryland, College Park e do Goddard Space Flight Center.

Escada de Detecção de Vida

A Escada de Detecção de Vida parte de premissas objetivas para a análise de um organismo vivo, fundamentando-se em sete degraus que se direcionam dos sinais mais fracos (base) até os mais fortes (topo). Assim, o processo de observação leva em consideração a estrutura de biofábrica, potencial ciclo metabólico genérico, potenciais componentes biomoleculares, moléculas e estruturas funcionais, metabolismo definido, crescimento e reprodução, e evolução darwiniana, em escala crescente de importância.

(Fonte: C&EN / Reprodução)(Fonte: C&EN / Reprodução)

"Isso realmente coloca muito do ônus da prova de que você encontrou vida na compreensão do contexto de como seu ambiente se parece e de como processos abióticos que não envolvem a vida estão em jogo", diz Neveu. "A chave aqui é entender onde está a linha de base."

A Escada de Detecção, considerada ainda um processo em desenvolvimento, surge como um método científico de colaboração com a astrobiologia, e até mesmo a ordem de seus degraus vem sendo discutida, de forma a incluir elementos mais precisos e comprovativos que se apoiam na evolução dos conhecimentos sobre a vida e na forma em que ela é definida.

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