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Como as bactérias intestinais moldam o medo dos bebês?

14/06/2021 às 05:002 min de leitura

Cientistas da Michigan State University, Estados Unidos, detectaram que o bem-estar neurológico de crianças e bebês pode estar diretamente relacionado com a presença de microrganismos dentro de seus sistemas digestivos, que induzem o medo e a sensação de perigo e fundamentam as bases da saúde mental humana.

Segundo estudo publicado na revista Nature Communications, o microbioma intestinal pode ser um forte indicador para pesquisas de monitoramento e desenvolvimento neurológico, possuindo um papel nas respostas ao medo e nas previsões sobre cérebros futuramente saudáveis especialmente de crianças.

"As reações ao medo são uma parte normal do desenvolvimento infantil. As crianças devem estar cientes das ameaças em seu ambiente e estar prontas para responder a elas", diz Rebecca Knickmeyer, principal autora do estudo. "Mas se elas não podem aliviar essa resposta quando estão seguras, elas podem estar em maior risco para desenvolver ansiedade e depressão mais tarde na vida."

Para determinar o impacto do microbioma na saúde mental de crianças, os cientistas desenvolveram um estudo inicial com trinta bebês devidamente amamentados e sem o efeito de quaisquer tipos de antibióticos. Dispostos em uma única sala, os voluntários foram então surpreendidos pela entrada de alguém que utilizava uma máscara de Halloween e logo em seguida tiveram amostras de fezes coletadas para avaliação de comportamento das bactérias.

Resultados contrastantes

Os dados mostraram associações importantes entre as bactérias e o estímulo às sensações de perigo. Em crianças com microbiomas irregulares, ou seja, com uma pequena concentração de microrganismos, o medo foi significativamente impulsionado entre a idade de um mês e um ano, e o volume de bactérias presentes na faixa de um ano indicava respostas aumentadas ao medo em relação a crianças mais resistentes a esse tipo de sensação.

(Fonte: Zero to Three / Reprodução)(Fonte: Zero to Three / Reprodução)

Curiosamente, nada de relevante foi detectado em relação ao medo de estranhos e os bebês não se sentiram inicialmente afetados por ver pessoas desconhecidas sem máscaras. "Com estranhos, há um elemento social. Então, as crianças podem ter uma cautela social, mas não veem estranhos como ameaças imediatas", diz Knickmeyer. "Quando as crianças veem uma máscara, elas não a veem como social. Ela vai para essa parte de avaliação rápida e suja do cérebro."

"Nosso objetivo a longo prazo é aprender o que podemos fazer para promover o crescimento e o desenvolvimento saudáveis", concluiu a doutora, que garantiu a continuidade nos estudos sobre o QI e outras características humanas.

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