Como as formigas criam esteiras transportadoras para se locomover?

11/07/2021 às 10:002 min de leitura

A natureza é selvagem e para sobreviver é preciso se adaptar. E é exatamente isso que as formigas de fogo fazem quando precisam sobreviver às enchentes. Com trabalho de equipe, os insetos se juntam formando jangadas de seus corpos e criando uma maneira de flutuar e se locomover até uma superfície seca ou até que a água abaixe. 

Na filmagem captada pela University of Colorado Boulder, é possível ver as formigas mudando de formato e criando esteiras em apenas algumas horas. Essas pontes são formadas a partir do trabalho de dois grupos.

 O primeiro é formado por formigas estruturais que se agrupam na parte inferior para que a colônia continue flutuando. O segundo grupo é formado pelas formigas no topo da pilha que marcham livremente até que passam a ocupar a posição de apoio para que o grupo de baixo vá para cima e assim o processo se mantém até que todas estejam a salvo.

Como as formigas de fogo trabalham?

As formigas de fogo criam uma balsa flutuante, com formigas na base e outras livres que vão criando um caminho de fuga até a superfície seca. (Fonte: grupo de pesquisa Vernerey, University of Colorado Boulder/Reprodução)As formigas de fogo criam uma balsa flutuante, com formigas na base e outras livres que vão criando um caminho de fuga até a superfície seca. (Fonte: grupo de pesquisa Vernerey, University of Colorado Boulder/Reprodução)

Atualmente, existem mais de 20 espécies de formigas de fogo em todo o mundo. Mas a Solenopsis invicta ou formiga de fogo vermelha importada é uma espécie conhecida por suas enormes colônias de até 300 mil operárias. 

Se os seus túneis inundam, as formigas se unem e criam as jangadas flutuantes que podem se manter juntas por semanas até que a água abaixe. Essa espécie tem essa capacidade, pois o exoesqueleto de uma formiga de fogo repele naturalmente a água e sua textura áspera aprisiona bolhas de ar. Assim, esses corpos unidos conseguem criar uma base flutuante e resistente à água. 

Quando o furacão Harvey passou por Texas, em 2017, várias jangadas de formigas de fogo foram avistadas no sul do estado. Inclusive, essa espécie deve ser evitada pelo ser humano, pois as picadas venenosas das formigas são extremamente dolorosas.

O estudo para entender a formação das jangadas

Os pesquisadores da University of Colorado Boulder coletaram cerca de 3.000 a 10.000 formigas de fogo para entender o processo da formação das jangadas. Afinal, os estudiosos sabiam da formação, mas não entendiam como isso acontecia e como os grupos se organizavam.

Com estudo realizado, foi possível entender como as formigas se agrupam para fugir da água. Fonte: grupo de pesquisa Vernerey, University of Color)ado Boulder/ReproduçãoCom estudo realizado, foi possível entender como as formigas se agrupam para fugir da água. Fonte: grupo de pesquisa Vernerey, University of Color)ado Boulder/Reprodução

As formigas foram depositadas em recipientes de água com uma haste no centro, em torno da qual as formigas se reuniram e formaram jangadas. Os cientistas filmaram o processo, capturando as imagens e criando um lapso de tempo, mostrando as mudanças de forma. 

Ao jogar as imagens no computador foi possível descobrir qual parte do grupo ficava estática e qual se movia. Portanto, com o revezamento entre formigas na base e na superfície, elas criam pontes estreitas que se estendem para as extremidades em busca de terra seca. 

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