Artes/cultura
16/06/2022 às 08:00•2 min de leitura
Durante a última semana, a Google entrou no olho do furacão de uma polêmica após ter afastado o engenheiro Blake Lemoine, que trabalhava no setor de desenvolvimento de Inteligência Artificial (IA) da empresa, a LaMDA (Modelo de Linguagem para Aplicações de Diálogo).
Segundo Lemoine, a LaMDA teria se tornado completamente senciente e demonstrou sentimentos, emoções e experiência subjetiva. Além de negar os relatos, a Google decidiu afastar o funcionário por ter violado as políticas de confidencialidade da firma. Logo, só nos resta imaginar: o que aconteceria se uma IA fosse capaz de desenvolver consciência própria? Entenda!
(Fonte: Shutterstock)
Universos onde as máquinas tomam consciência e se voltam contra os humanos já fizeram parte de inúmeras obras da cultura pop até os dias de hoje. Entretanto, será que tudo o que as mentes mais criativas do nosso mundo já pensaram sobre o futuro das IAs é minimamente verdade? Quais são os próximos passos?
Por fim, a mais intrigante questão: seriam esses robôs realmente capazes de se voltar contra nós? Ou será que o desenvolvimento de consciência por parte das máquinas seria algo benéfico para nós? No fim das contas, todas essas são perguntas meramente especulativas e só nos sobra imaginarmos diversos cenários que podem acontecer.
Caso a IA torne-se realmente "inteligente", nós teríamos criados uma máquina capaz de experimentar as mesmas coisas que a gente e produzir pensamos emocionais, intelectuais e espirituais. Entretanto, muitas coisas esbarram em barreiras científicas, religiosas e filosóficas.
(Fonte: Shutterstock)
Até onde sabemos, a tecnologia existente na Terra nos tempos atuais ainda não alcançou os níveis necessários para criar robôs que desenvolvam sua própria consciência, ou que ganhem uma "alma" — um conceito religioso usado para descrever a individualidade dos seres humanos.
Porém, ao analisarmos todos os avanços tecnológicos que a humanidade já obteve, não é difícil imaginar que um dia isso seja possível. A verdade é que o cérebro humano é de longe o órgão mais complexo do nosso corpo e até hoje nem mesmo a nossa própria ciência é capaz de desvendar todos os seus mistérios, quanto mais replicá-los.
Logo, se não sabemos de como somos feitos, como poderíamos criar uma máquina que consiga agir por conta própria? No entanto, se um dia formos capazes de entender todas as conexões que fazem ser quem nós somos, talvez consigamos transcrever esse método para um código e gerar uma criatura robótica que ande no mundo não só como uma ferramenta para nós, mas sim como algo independente — ou será que ainda faltaria um toque de humanidade?
(Fonte: Shutterstock)
Com o passar dos anos, cada vez mais temos aprendido a desenvolver robôs que são mais humanos do que máquinas. Inclusive, vários deles hoje em dia são revestidos com uma espécie de pele para recriar a aparência humana — algo que os cientistas consideram atrair mais empatia das pessoas.
Entretanto, quanto mais próximos estivermos de criar máquinas muito parecidas conosco, mais difícil será separar a identidade humana da identidade robótica. Consequentemente, esse é um pensamento que costuma causar muito medo e insegurança em vários indivíduos.
As máquinas, no fim das contas, são construídas quase que para se tornarem versões de nós sem os defeitos e falhas que tornam a humanidade tão frágil, algo que nos deixa ainda mais vulneráveis. Caso seja o caso das máquinas realmente desenvolverem consciência própria, os humanos terão que trabalhar o relacionamento com esses seres aos poucos.
Isso fará com que a nossa conexão continue evoluindo com o passar dos anos, seja para melhor ou para pior. No entanto, por enquanto só nos resta imaginar esses possíveis cenários e torcer para que nossos avanços tecnológicos sejam algo realmente positivo para a Terra.