6 avanços tecnológicos inspirados por histórias de ficção científica

17/12/2022 às 08:003 min de leitura

A ficção científica nem sem está certa e, muitas vezes, apresenta histórias convencionadas como improváveis. Apesar disso, seu estabelecimento como uma das formas de literatura mais visadas da era moderna serviu como inspiração para que a humanidade pudesse criar e reinventar dispositivos de acordo com suas limitações. Autores renomados de clássicas histórias do gênero seguem vistos como "profetas" e mostram que, com um pouco de sabedoria e praticidade, é possível transportar conceitos da ficção para a realidade.

Confira abaixo alguns avanços tecnológicos que surgiram graças às histórias de ficção científica publicadas nas últimas décadas:

1. Taser

(Fonte: Getty Images / Reprodução)(Fonte: Getty Images / Reprodução)

Escrito por Victor Appleton em 1911, o livro Tom Swift and His Electric Rifle foi a principal inspiração para o desenvolvimento do taser. Na obra, o protagonista utiliza uma arma que se assemelha a um equipamento de munição comum, mas que lança raios de eletricidade em vez de munição de pólvora. Assim, o material serviu para que o cientista espacial Jack Cover criasse, nos anos 1960, um dispositivo não letal e que não atingisse alvos de forma crítica. Taser é um acrônimo de “Thomas A. Swift’s Electric Rifle.”

2. Internet

(Fonte: Getty Images / Reprodução)(Fonte: Getty Images / Reprodução)

Na década de 1960, o lendário escritor de ficção científica Arthur C. Clarke escreveu Dial F for Frankenstein, texto que mudaria para sempre a forma como as pessoas se comunicam. A história, que mostra como uma rede telefônica global e interconectada ganha consciência, ofereceu as bases para que Tim Berners-Lee fundasse a World Wide Web na década de 1980. Em entrevista concedida em 2002, Clarke reconheceu ser o "padrinho da internet", apesar de a invenção revolucionária não ter adquirido vida como havia sido discutida no livro.

3. Foguetes de combustível líquido

(Fonte: Getty Images / Reprodução)(Fonte: Getty Images / Reprodução)

O pai dos foguetes, Robert H. Goddard, teve suas primeiras inspirações ao ler o icônico A Guerra dos Mundos, de 1898. Em 1926, quando foi lançado o primeiro foguete movido a combustível líquido, o inventor escreveu uma carta ao escritor H.G. Wells agradecendo uma "profunda impressão" causada pelo romance de ficção científica, classificando-o como "fascinante". Segundo o engenheiro, a ideia, desde o primeiro momento, era "mirar nas estrelas" e "inspirar gerações" por meio de avanços teóricos.

4. Material invisível

(Fonte: Getty Images / Reprodução)(Fonte: Getty Images / Reprodução)

Masahiko Inami, professor da Universidade de Tóquio, leu o mangá Ghost in the Shell, de Masamune Shirow, e refletiu sobre a possibilidade de transformar objetos em invisíveis por meio de "um aspecto de engenharia". A camuflagem óptica foi apresentada em 1999 e, embora não faça jus à tecnologia revolucionária revelada pelo material original, chama a atenção pela praticidade em reduzir pontos cegos de veículos ao deixar interiores "transparentes". 

Em outra oportunidade, o cientista Susumu Tachi criou um material semelhante chamado “projeto retrorrefletivo” (RPT), enquanto pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego, buscam formas de deixar drones de varredura invisíveis por meio de camuflagem.

5. Bomba atômica

(Fonte: Getty Images / Reprodução)(Fonte: Getty Images / Reprodução)

Em The World Set Free, livro publicado em 1914 por H.G. Wells, há uma espécie de profecia sobre o impacto de "bombas atômicas primitivas". Na obra, o autor previu a destruição de cidades em larga escala e causou impressões no físico Leo Szilard, que aproveitou o potencial da energia atômica para teorizar a reação nuclear em cadeia. Em 1954, ele criou o icônico Projeto Manhattan, programa de pesquisa e desenvolvimento que produziu as primeiras bombas atômicas durante a Segunda Guerra Mundial.

6. Manipuladores remotos

(Fonte: Getty Images / Reprodução)(Fonte: Getty Images / Reprodução)

Publicado por Robert Heinlein, o conto Waldo narra a história de um dispositivo utilizado para ajudar pessoas a controlarem doenças musculares degenerativas. A jornada do cientista Waldo Farthingwaite-Jones, que contou como foi possível criar uma máquina capaz de imitar perfeitamente os movimentos das mãos — mas com maior força e alcance —, permitiu que vários departamentos desenvolvessem seus próprios manipuladores remotos. Ao longo da era moderna, o dispositivo teve diversas funções e hoje é utilizado no espaço, em salas de cirurgia e no controle de objetos radioativos.

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