Artes/cultura
31/01/2023 às 08:00•2 min de leitura
The Last of Us é uma franquia de games nascida nos consoles PlayStation e que recebeu uma série neste ano — que inclusive vem chamando a atenção de diversas pessoas, fãs do jogo ou não.
Apesar de ter seu enredo ambientado em um mundo pós-apocalíptico, aqui não tratamos necessariamente de zumbis comedores de cérebro, mas de uma mutação provocada por um fungo chamado cordyceps que existe de verdade.
Ficou curioso para saber um pouco mais sobre ele? Então confira uma lista preparada pela equipe do Mega Curioso a seguir:
A inspiração para Neil Druckmann e Bruce Straley criarem a história do jogo (que também foi portada para a série de The Last of Us) veio após um documentário produzido pela BBC ( que você pode conferir acima, em inglês).
Nele, é possível ver como o cordyceps pode afetar os insetos, em especial as formigas. Uma vez que o ciclo de infecção está completo (isso leva algum tempo) e o pequeno animal morre, sua cabeça explode e envia esporos pelo ar, possibilitando a contaminação de outros seres vivos da mesma espécie.
Diferente do que foi visto na série e nos jogos, atualmente o cordyceps não tem força para infectar seres humanos - algo que possivelmente levaria milhões de anos para acontecer, especialmente porque o salto da infecção de um inseto para uma pessoa é algo muito grande.
Inclusive, na versão do fungo que vemos em The Last of Us é explicado que a infecção em seres humanos só aconteceu por conta das mudanças climáticas. O principal motivo para isso é que o cordyceps não conseguiria sobreviver por conta da temperatura do corpo do homem e, no caso da ficção, isso teria ajudado o fungo a se tornar mais resistente.
Por mais doido que pareça, já há alguns casos em que o cordyceps é usado para auxiliar em tratamentos, sendo muito popular nas medicinas chinesa, japonesa, coreana e indiana.
Até o momento, é possível listar os seguintes benefícios no uso desse fungo:
Quando o inseto já está dominado pelo cordyceps, fungos surgem acima da sua cabeça. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Tal como foi retratado nos jogos e na série, a infecção por meio do cordyceps não cria necessariamente zumbis, como muitos acreditam. Vale lembrar que um zumbi é uma pessoa que morreu e "voltou a viver", em muitos casos mantendo apenas algumas funções básicas.
No caso da infecção com esse fungo, a pessoa não chega a morrer, tendo em vista que ela continua viva e sofrendo alterações em sua biologia de acordo com o estágio em que se encontra.
Apesar do cordyceps já existir no planeta Terra há bastante tempo, ele recebeu seu nome apenas em 1818 após alguns estudos feitos pelo micologista E.M. Fries. Há inclusive relatos de que outras formas do fungo estejam interagindo com formigas pelos últimos 48 milhões de anos.