Planeta registra as temperaturas mais altas da história

05/07/2023 às 06:252 min de leitura

Cientistas declararam que os dias 3 (segunda-feira) e 4 (terça) de julho de 2023 foram os mais quentes já registrados no mundo desde o início das medições. Segundo os dados divulgados pelo Instituto das Mudanças Climáticas da Universidade do Maine, nos Estados Unidos, na última terça-feira, a temperatura média global chegou ao seu registro mais alto, com 17,18 °C.

O recorde anterior já havia sido pontuado na segunda-feira, dia 3, quando o instituto registrou 17,01 °C de temperatura global. Antes disso, a temperatura mais alta do mundo havia ocorrido em agosto de 2016, quando o planeta chegou a 16,92 °C na média. Essa medição considera as temperaturas de ambos os hemisférios, tanto durante o dia quanto a noite.

As áreas mais quentes do mundo

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Os institutos climáticos afirmam que o calor mais intenso ocorreu na África e na Arábia, com picos no sul dos Estados Unidos. Porém, foram os locais com latitudes mais altas que contribuíram mais para este recorde. Lugares que são mais frios estão com o clima alterado: a Antártida está atualmente com uma temperatura de 8,7 °C, um recorde de calor. O Canadá e partes da Sibéria também pontuam um clima muito mais quente do que é esperado para a época.

Mas em outros lugares do mundo vários, problemas têm sido causados por conta da anomalia climática. A China vive uma onda intensa de calor acima dos 35 °C. Já no norte da África, os termômetros têm chegado próximos dos 50 °C.

Os dados são consolidados a partir da combinação de medições de satélites, estações meteorológicas terrestres e balões de ar que coletam informações. Embora haja algumas divergências entre os dados, os diferentes institutos concordam com o registro dos recordes.

As causas do problema

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Várias questões estão contribuindo para estas altas anormais. Uma das explicações dadas pelos especialistas é que estas ondas de calor resultam das mudanças climáticas combinadas com os efeitos do El Niño — fenômeno que ocorre quando as águas do Oceano Pacífico estão mais quentes do que o normal. Isso faz com que os ventos alísios, que sopram de leste a oeste, percam força, colaborando com a formação do calor.

Esta situação resulta da soma de duas situações: ventos mais fracos e temperaturas mais quentes das águas, que trazem mudanças no transporte de umidade de uma região do planeta para a outra, afetando na distribuição de chuvas.

Esta é uma explicação plausível, uma vez que o recorde anterior de temperatura havia ocorrido justamente na época em que aconteceu o último El Niño, também em 2016. Ainda assim, os cientistas se preocupam pelo fato de que, em outras ocorrências deste fenômeno climático, as temperaturas não haviam subido tanto.

Por isso, os pesquisadores alertam que estes recordes são sintomas claros do aquecimento do planeta. "Este dia mais quente é apenas um dos inúmeros recordes que continuaremos a ver quebrados, à luz de nossa taxa contínua de emissões de gases de efeito estufa. Estas últimas notícias apontam para o que já sabemos – que as mudanças em nosso clima continuarão a aumentar e os consequentes impactos em nossa saúde e bem-estar são fundamentais para as consequências", explicou a professora Kathryn Bowen, da Universidade de Melbourne, em um comunicado enviado à imprensa.

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