Canábis na construção: um caminho para a sustentabilidade ambiental

12/07/2023 às 10:002 min de leitura

Em busca de materiais sustentáveis, arquitetos estão se voltando para uma fonte incomum: o cânhamo, uma variedade da planta Cannabis sativa e uma espécie de versão industrial sem os agentes psicoativos, que está rapidamente se tornando um material de construção sustentável muito procurado.

A planta tem crescimento rápido e é um recurso renovável, com propriedades de captura de carbono. Quando utilizada na construção, assume a forma de "hempcrete" (também conhecido como concreto de cal e cânhamo), um produto robusto feito pela mistura do miolo lenhoso do vegetal com um aglutinante feito de água e cal. Ele tem uma alta massa térmica, tornando-o uma forma de isolamento ideal que melhora a eficiência energética dos edifícios e reduz as emissões de gases de efeito estufa ao longo do tempo.

O papel do cânhamo na construção sustentável

(Fonte: Sharon Bloem/Reprodução)(Fonte: Sharon Bloem/Reprodução)

Os recursos ecológicos estão em alta demanda à medida que a indústria da construção busca se descarbonizar. Com suas qualidades de absorção de carbono, a variação da Cannabis poderia ajudar os países a alcançarem suas metas de emissões líquidas zero, diminuindo consideravelmente o impacto ambiental. 

Segundo a Comissão Europeia, um hectare da planta capta entre nove e 15 toneladas de CO2, e leva apenas cinco meses para crescer, o que significa que é mais eficiente do que as árvores normalmente cultivadas para fins comerciais.

No entanto, uma série de desafios deve ser superada antes que a novidade possa deixar sua marca na indústria. Isso inclui mudanças na regulamentação governamental, certificação técnica e o financiamento e infraestrutura necessários para aumentar a produção industrial, otimizar as cadeias de suprimentos e torná-lo mais acessível para uso.

O futuro da construção

(Fonte: Oskar Proctor/Reprodução)(Fonte: Oskar Proctor/Reprodução)

Apesar dos desafios, o uso do hempcrete está em ascensão, concentrado principalmente na Europa e na América do Norte. Segundo a Comissão Europeia, a área de terra da UE dedicada ao cultivo desse material aumentou em 75% entre 2015 e 2019, com a França sendo responsável por 70% da produção total. Embora outros países possam estar mais hesitantes em adotá-lo como um produto agrícola e de construção, é possível haver uma aceleração em breve.

Embora o que o meio ambiente realmente necessite seja uma redução dramática de obras, o importante é que, quando construímos, façamos de maneira eficiente em termos de recursos e economia. Um material em particular, que cresce rapidamente e ajuda na captura de carbono, parece ser uma opção ideal a ser explorada. A adoção de soluções sustentáveis, como essa, pode ser parte de uma mudança em direção a uma abordagem que utilize recursos naturais locais.

Fonte

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