Estilo de vida
24/07/2023 às 12:00•2 min de leitura
Imagine só se para sobreviver a uma situação você precisasse arrancar alguma parte do seu corpo por conta própria. Enquanto para alguns seres humanos esse é um cenário aterrorizante e completamente catastrófico, existem diversas espécies na natureza que levam a amputação como algo normal.
Inclusive, a autoamputação pode até parecer algo extremo, mas oferece benefícios de sobrevivência nas condições certeiras. Veja só cinco animais que amputam partes de seu corpo para sobreviver na natureza!
(Fonte: GettyImages)
Se você já segurou uma lagartixa pelo rabo, provavelmente deve ter ficado surpreso ao ver que somente essa parte do corpo do animal continuou se contorcendo em suas mãos enquanto o restante dele fugiu para a segurança. Embora isso seja uma atitude recorrente, um lagarto perder o rabo não é um sacrifício pequeno.
Essa parte do corpo ajudam essas criaturas a se locomoverem e se equilibrarem, sem contar que serve como uma reserva de gordura que eles podem usar quando a comida é escassa. Contudo, os lagartos desenvolveram várias adaptações, como as linhas de fratura em sua coluna, para poder quebrar o rabo de forma limpa sem grandes problemas. Por sorte, uma vez perdido, o membro pode ser regenerado.
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Para as aranhas, a época de acasalamento pode ser bastante perigosa, sobretudo falando sobre os machos. Após cruzarem, fêmeas de várias espécies se voltam contra seus amantes e os comem. Porém, como um macho consegue garantir que sua vida não será em vão e que a fêmea terá seus filhotes?
Antes de morrer, os machos inundam a abertura reprodutiva das fêmeascom um fluído que endurece como um tampão. Contudo, em certas ocasiões, os machos mastigam seus pedipaldos — que atuam como um pênis — e os deixam como um mecanismo de bloqueio mecânico em suas parceiras, impedindo que outros machos tentem acasalar com ela.
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Embora sejam seres completamente diferentes, roedores e lagartos possuem uma semelhança gritante quando o assunto são suas caudas. Ambos usam seus rabos pelas mesmas razões e ambos perdem esse membro pelos mesmos motivos. Portanto, todo rato ameaçado por predadores pode facilmente amputar sua causa para escapar da morte.
Contudo, os ratos não aceitam a amputação total da causa. Em vez disso, eles apenas trocam a pele que cobre o membro num processo chamado desenluvamento. Isso deixa as vértebras e os músculos do rabo presos ao roedor, enquanto o predador fica apenas com um bocado de pele.
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Os escorpiões são famosos por suas pinças ferozes e por suas caudas com ferrões. Contudo, você sabia que esses animais também podem deixar para trás a parte traseira do corpo quando são ameaçados? Isso também inclui perder o ânus. A parte quebrada da cauda, por sua vez, continua se mexendo para confundir o adversário.
Esse é um sacrifício grave para a espécie, uma vez que sem cauda eles só conseguem caçar presas pequenas e não podem mais defecar depois que a ferida se cicatrizar. Surpreendentemente, eles podem viver meses assim, dando uma brecha para planejar o fim da vida.
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A decapitação tende a ser fatal para a maioria dos animais. Para algumas espécies de lesma do mar, no entanto, perder a cabeça pode ser a melhor coisa a se fazer. Apesar de perder todos os órgãos principais, a cabeça dessas lesmas segue nadando e até mesmo se alimentando — mesmo que não exista mais trato digestivo para onde a comida possa ir.
De acordo com cientistas, quando uma lesma do mar é infectada por parasitas, é mais fácil regenerar seu corpo inteiro do que lutar contra o oponente. Essas criaturas conseguem sobreviver por algum tempo sem estômago, porque passam a atuar como parasitas de algas. Então, as células dessas mesmas algas são incorporadas pelas lesmas, que usam seus cloroplastos para obter energia da luz solar e recuperar o restante que foi amputado.