Conheça a raflésia, a maior flor do mundo que está sob risco de extinção

08/10/2023 às 11:002 min de leitura

Novos estudos sugerem que a raflésia – que é considerada a maior flor do mundo e também a mais fedida – pode estar sob risco de extinção. Essa espécie participa da família Rafflesiaceae e costuma ser encontrada nas selvas de Bornéu, Samatra, Kalimantan e outras regiões da Indonésia.

A raflésia também recebe o "apelido" de flor-cadáver ou flor-carne, por conta de seu cheiro característico, que lembra carne podre. Recentemente, os biólogos listavam somente a Rafflesia magnifica, 1 entre as 42 espécies da flor, entre as que estavam ameaçadas de sumir. Mas agora o dado foi atualizado para uma situação mais crítica: 25 espécies estão ameaçadas, 15 em perigo e duas estão bastante vulneráveis.

O drama da raflésia

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Os cientistas também informaram que 67% dos habitats conhecidos da raflésia estão fora de áreas protegidas, o que deixa a planta ainda mais propensa aos riscos de extinção. Além disso, ela é bastante efêmera: quando floresce, dura poucos dias.

De acordo com Chris Thorogood, vice-diretor e chefe de ciência do Jardim Botânico e Arboreto de Oxford, a esperança é que a raflésia se torne um ícone na preservação do meio ambiente. "As plantas são cruciais para a nossa existência – o ar que respiramos, os alimentos que comemos e os medicamentos que tomamos. No entanto, muitas pessoas nem sequer as notam. O fato é que estamos mais sintonizados para ver os animais no mundo ao nosso redor. Mas as plantas são a base dos habitats em que os animais prosperam", explicou em entrevista à ABC News.

Conheça a maior flor do mundo

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

A maior flor do mundo, conforme registrado no Guinness Book of Records, era uma espécie de Rafflesia arnoldii encontrada em uma floresta da Indonésia em 2020. Ela media um metro e dezoito centímetros de diâmetro, e pesava mais de nove quilos.

Os biólogos afirmam que essas plantas são difíceis de serem estudadas, pois crescem apenas em florestas tropicais do Sudeste Asiático, não têm folhas, caules e não fazem fotossíntese. Na verdade, elas funcionam como parasitas que se fixam numa planta da espécie Tetrastigma voinierianum, passando a absorver sua água e nutrientes.

Depois de um certo tempo (que pode durar meses e até anos) dessa relação parasitária, surge um botão de uma gigantesca flor vermelha, que floresce apenas por alguns dias. O seu cheiro pútrido atrai moscas que colocam ovos nela. E à medida que esses insetos voam, eles coletam e depositam o pólen em outros lugares.

A recomendação feita pelos pesquisadores é que todas as espécies da raflésia sejam incluídas na lista de potenciais extinções para que possam ser protegidas pelas organizações conservacionistas financiadas pelos governos. Eles acreditam também que iniciativas ligadas ao ecoturismo podem também ajudar a proteger essas plantas exóticas.

“Os povos indígenas são alguns dos melhores guardiões das nossas florestas, e os programas de conservação da raflésia têm muito mais probabilidades de serem bem sucedidos se envolverem as comunidades locais”, concluiu Adriane Tobias, pesquisador das Filipinas que trabalhou no estudo.

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