Suicídio pode ter raízes genéticas? Novo estudo indica que sim

01/11/2023 às 02:002 min de leitura

O suicídio é uma situação extrema onde problemas de saúde mental chegam ao seu ápice. De acordo com a OMS — Organização Mundial da Saúde — mais de 700 mil pessoas morrem anualmente tirando a própria vida. Isso faz com que cada vez mais estudos sejam realizados para entender os fatores que contribuem para a situação.

De acordo com um novo estudo, publicado na revista científica The American Journal of Psychiatry, a genética pode estar relacionada a uma maior probabilidade de cometer o ato. Segundo os resultados da pesquisa — realizada através do cruzamento de mais de 40 mil tentativas de suicídio e 915.025 mil dados genéticos — existem cerca de 12 variações genéticas relacionadas tanto ao suicídio como ao déficit de atenção, tabagismo, impulsividade e hiperatividade.

Os dados nos fornecem informações que permitem entender melhor a função da genética na formação da saúde mental e emocional, o que faz com que aumente a predisposição para atos contra a própria vida.

Testes genéticos podem ser usados para uma ampla gama de análises, seja sobre o comportamento, inteligência ou propensão a determinadas atividades, ou também para determinar as chances de desenvolver determinada doença e possibilitando um tratamento preventivo antecipado.

Mas apesar de ser importante para entender as raízes genéticas da situação e permitir identificar sinais genéticos de alerta para determinadas condições, não se deve considerar genes isolados para gerar diagnósticos, o que existem são propensões genéticas que dependem de um grande número de genes, sem contar com as questões ambientais, que também pode influenciar a expressão gênica desses dados, através da epigenética.

Dessa forma, são necessárias mais pesquisas sobre o tema, a identificação mais precisa da atuação de cada gene e cada alteração no estilo de vida de probabilidade de desenvolver determinadas condições, para que as análises de testes genéticos sejam cada vez mais precisas e permitam um melhor direcionamento de tratamentos.

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Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, é PhD em Neurociências, mestre em Psicologia, pós-graduado em Neuropsicologia entre outras pós-graduações, licenciado em Biologia e em História, tecnólogo em Antropologia, jornalista, especializado em programação Python, Inteligência Artificial e tem formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

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