
Estilo de vida
01/12/2023 às 08:00•2 min de leitura
Que os cachorros são os melhores amigos do homem, isso não é dúvida pra ninguém. Mas por que esses bichinhos tão incríveis vivem tão pouco? Em média, a expectativa de um cão gira em torno de 10 a 13 anos, o que é apenas uma pequena parcela da expectativa de vida de um ser humano médio. Para piorar a situação, algumas raças — sobretudo as maiores — têm uma expectativa de vida ainda mais curta.
Contudo, a empresa de biotecnologia Loyal, sediada nos Estados Unidos, recentemente anunciou que o seu medicamento anti-envelhecimento canino superou o primeiro de vários obstáculos necessários para receber a aprovação da Food and Drug Administration (FDA), organização reguladora do governo norte-americano. Embora o remédio ainda precise passar por ensaios clínicos, essa é a primeira vez que a FDA demonstra interesse em apoiar medicamentos para longevidade.
(Fonte: GettyImages)
Há muito tempo, cientistas têm se interessado por maneiras de retardar o processo de envelhecimento e prolongar a vida. Estudos anteriores sobre lombrigas editaram duas vias celulares para prolongar a vida útil dessas criaturas em 500%. No início deste ano, cientistas supostamente também teriam encontrado uma forma de reverter os sinais de envelhecimento em ratos.
Contudo, o envelhecimento em organismos mais complexos e de vida mais longa, como os humanos, revelou-se ser mais difícil de driblar. Por um lado, ensaios clínicos precisariam durar décadas antes que os investigadores pudessem recolher quaisquer dados relevantes, o que seria muito caro. No entanto, Celine Halioua, CEO da Loyal, acredita que os cães — os quais enfrentam doenças semelhantes às nossas — podem ser um bom modelo para a nossa própria longevidade.
“Se um cachorro grande fica doente e morre de doenças relacionadas à idade aos sete, oito, nove anos, ele fica grisalho aos quatro. Ele está mancando aos cinco anos”, disse Halioua em entrevista à BBC. Segundo a pesquisadora, a taxa de envelhecimento é tão alta que você pode dizer se um medicamento está impactando isso nos cães em cerca de 6 a 12 meses.
(Fonte: GettyImages)
O medicamento da Loyal, chamado LOY-001, é um tratamento baseado em injeção que tem como alvo um hormônio de crescimento e metabolismo chamado IGF-1. Esse hormônio parece estar relacionado ao tamanho, aparecendo em níveis elevados em cães maiores e em níveis mais baixos em cães menores. A pesquisa indica que a inibição do IGF-1 em moscas, vermes e roedores pode aumentar a expectativa de vida.
No entanto, o hormônio não é o único fator aparentemente associado à longevidade canina. O LOY-001 foi desenvolvido para cães saudáveis com mais de 7 anos e pesando mais de 18 kg. Para funcionar, o medicamento seria administrado a cada três a seis meses por um veterinário. A empresa também está trabalhando simultaneamente para desenvolver uma pílula diária chamada LOY-003.
O objetivo de tal medicação não é tornar os cães imortais, mas retardar suas taxas de envelhecimento. Notavelmente, a manipulação da forma como os animais envelhecem levanta uma série de dilemas éticos, incluindo questões sobre como a sua qualidade de vida seria afetada. Por esses e tantos outros motivos, a empresa ainda pretende iniciar um grande ensaio clínico para o LOY-001 com cerca de 1 mil cães grandes e gigantes em 2024 ou 2025 — na esperança de ter o produto disponível no mercado até 2026.
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