4 vezes em que a Ciência acabou com o nosso dia

14/06/2017 às 03:004 min de leitura

Além de desenvolver novas tecnologias e de encontrar formas de tornar nossas vidas mais fáceis, a Ciência às vezes nos brinda com notícias que fazem a nossa alegria — como quando rolou o papo de que a prática do sexo equivaleria à realização de atividades físicas moderadas ou que comer chocolate faria bem para a saúde. Já pensou? Se empanturrar com uma bela barra da guloseima e queimar as calorias... com prazer?

Mas, sabe como são os cientistas! Eles adoram questionar as pesquisas uns dos outros — o que é muito bom —, e não é raro que uma equipe acabe encontrando resultados que contradizem os anteriores. Acontece que, com isso, os estudiosos não apenas derrubam o trabalho dos colegas, como às vezes descobrem que algumas coisas que todo mundo gosta de fazer com frequência podem ser prejudiciais. Veja alguns exemplos a seguir:

1 – Quando desmentiram que o vinho e o chocolate podem ser milagrosos

Os amantes de uma bela taça de vinho tinto sem dúvida brindaram quando os cientistas anunciaram que a bebida era rica no antioxidante resveratrol, e que o consumo regular (e moderado) podia prevenir uma série de problemas de saúde — como declínio cognitivo, derrames e distúrbios cardiovasculares. E quando foi divulgado que uma tacinha equivalia a 30 minutos de exercício? Certeza que muita gente reabasteceu a adega feliz da vida! Coitados...

Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, e da Universidade de Barcelona, na Espanha, conduziram um estudo ao longo de nove anos com 783 habitantes — homens e mulheres — de uma região da Itália onde o consumo de vinho é considerável. Após medirem os níveis de resveratrol em amostras de urina coletadas diariamente, os cientistas concluíram que o antioxidante não tinha efeito significativo na prevenção de doenças.

E já que estamos no assunto, outro alimento que, infelizmente, perdeu o status de “benéfico para a saúde” foi o chocolate. O mito surgiu depois que pesquisas apontaram que o cacau é rico em flavanol, um antioxidante que pode ter efeito positivo sobre a memória e o coração. Contudo, cientistas descobriram que muitos fabricantes removem essa substância durante o processo de produção por conta de seu sabor amargo — inclusive das barras de chocolate meio amargo.

2 – Quando revelaram que fazer sexo não substitui a academia

Quem nunca ouviu — com um sorriso no rosto — que a prática de sexo equivale à realização moderada de exercícios físicos? Inclusive existe um estudo sobre o tema, conduzido por pesquisadores da Universidade de Quebec, no Canadá, que apontou que os homens e as mulheres podem queimar, em média, 4,2 e 3,1 calorias por minuto, respectivamente, durante o “rala e rola”.

No entanto, isso não significa que as atividades realizadas entre quatro paredes são equivalentes às praticadas na academia! Uma pesquisa publicada no The New England Journal of Medicine apontou que, embora 30 minutos de sexo possam fazer uma pessoa queimar entre 85 e 150 calorias — dependendo do entusiasmo —, a verdade é que a maioria perde menos de 30 calorias durante o ato.

Como pode? Um levantamento realizado com 500 homens entre 18 e 30 anos revelou que durante o sexo intravaginal eles levam, em média, 6,5 minutos até a ejaculação. Além disso, o tempo entre homens com mais de 51 anos cai para 4,3 minutinhos. Faça as contas...

3 – Quando descobriram que ver TV demais pode ser letal

Você é do tipo que mal pode esperar para, no seu tempo livre, se jogar diante da TV e colocar as suas séries em dia, assistindo a um episódio atrás do outro durante horas a fio? Nesse caso, a Ciência tem más notícias para você! Isso porque estudos apontaram que pessoas que passam tempo demais diante do televisor são mais propensas a ser solitárias e a apresentar quadros de depressão.

De acordo com pesquisadores da Universidade do Texas em Austin, a situação piora no caso de pessoas que se sentem culpadas por passar horas assistindo aos seus programas favoritos em vez de estar fazendo o que deveriam — como estudar ou finalizar algum trabalho importante. E isso não é tudo!

Um estudo realizado ao longo de 18 anos com mais de 86 mil indivíduos apontou que aqueles que frequentemente assistem TV durante muitas horas por dia apresentam um maior risco de sofrer embolia pulmonar — ou seja, uma obstrução das artérias dos pulmões por coágulos que, na maioria das vezes, são formados nas veias profundas das pernas ou da pelve e caem na corrente sanguínea.

4 – Quando apontaram que sonhar acordado não é bom

Sabe aqueles momentos em que você para e fica imaginando o que você faria se ganhasse na loteria, se, em vez de trabalhando, você estivesse de boa em uma ilha paradisíaca ou, ainda, se você fosse membro da realeza de algum país fabuloso? Pois fazer isso com muita frequência pode ser um sinal de que não estamos muito felizes com as nossas vidas — além de não ter um efeito muito benéfico sobre a saúde emocional.

De acordo com pesquisadores da Universidade de Harvard, nos EUA, a mente humana parece estar programada para devanear. Tanto que, conforme explicaram, as pessoas passam 47% de seu tempo pensando em coisas que não têm muito a ver com as atividades que elas estão desempenhando. Além disso, eles descobriram que a regularidade com a qual as mentes divagam costuma ser um excelente indicativo sobre a satisfação pessoal de cada um.

Segundo os cientistas, nós costumamos sonhar acordados com mais frequência quando estamos trabalhando ou usando o computador em casa. Entretanto, geralmente, quando as nossas mentes “viajam”, elas nos levam a remoer eventos do passado — muitas vezes sobre os quais lamentamos — ou a imaginar como será o futuro, o que pode ser assustador. E isso, por sua vez, pode despertar sentimentos negativos.

Para os pesquisadores, em vez de ficar imaginando como seria a sua vida se você tivesse estudado mais ou como serão as suas próximas férias, o melhor mesmo é tentar focar exclusivamente no presente e no que você está fazendo agora — seja o seu trabalho ou estudando para uma prova.

*Publicado em 05/10/2015

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