Estilo de vida
18/09/2024 às 20:16•3 min de leituraAtualizado em 18/09/2024 às 20:16
As diferenças entre gerações sempre existiram, mas você sabia que elas influenciam até as preferências na hora de comer? A rotina, o poder aquisitivo, a noção de saudabilidade e, até mesmo, o tempo e a habilidade disponíveis para preparar pratos variados são fatores que determinam o que vai parar no prato de Boomers, de membros da Geração X, Millennials e GenZ.
O conceito de alimentação intergeracional diz que, ainda assim, esses costumes podem ser mesclados graças à convivência de pessoas de idades diferentes (como acontece com outros elementos culturais). Quer descobrir como cada geração se alimenta? Dá uma olhada aqui embaixo!
Nascidos entre 1945 e 1964, os Baby Boomers vivem marcando presença em memes e conteúdos sobre mudanças geracionais pela internet, mas existe a possibilidade deles nem ao menos saberem o que ou porque isso acontece. Acostumados com outro ritmo de vida, eles são da época em que a comida era preparada apenas em casa e a família se reunia à mesa em todas as refeições. Por isso, os pratos mais tradicionais (e não necessariamente saudáveis) fazem parte desta rotina alimentar.
Como é a geração que chegou à aposentadoria ou está quase lá, eles também costumam ter mais tempo para o preparo dos alimentos: a pressa não faz mais tanta parte deste dia a dia.
No “limbo” entre os Boomers e Millennials, a geração X, nascidos entre 1965 e 1980, junta o acesso à tecnologia (sem estarem completamente imersos nela) com o poder aquisitivo mais alto que o dos Millennials e a vida, de forma geral, mais estabilizada. Ao mesmo tempo em que são a geração que mais gasta no supermercado, já que costumam fazer compras para famílias maiores, eles também vão mais a restaurantes presencialmente. Eles não se importam tanto em ir sempre ao mesmo lugar porque são leais às marcas preferidas, mas isso só acontece se o investimento valer a pena — lê-se: se a comida for boa.
No caso dos adultos mais velhos, a saudabilidade é uma preocupação e, por isso, o consumo de alimentos orgânicos e o uso de ingredientes artesanais nas receitas feitas em casa também é comum. Mas vale lembrar: eles acompanharam a chegada e popularização dos restaurantes de fast food por aqui. O combo de hamburguer, batata frita e refrigerante também faz sucesso entre muitos membros da geração X.
Com o aplicativo de delivery baixado no celular, as receitas aparecendo no feed das redes sociais e, em muitos casos, os dias de trabalho divididos entre a casa e o escritório, os Millennials (nascidos entre 1981 e 1995) não têm tempo a perder. A rotina é corrida e cansativa, por isso, muitos acabam se acostumando a pedir a comida pronta em casa, principalmente os que moram sozinhos. Porém, chega uma hora em que a prática pesa no bolso e é aí que entram as receitas fáceis, práticas e saudáveis.
O acesso à informação pode influenciar a alimentação mais saudável nos MIllennials que já são independentes: eles sabem, desde cedo, o que faz bem e o que não faz, ao contrário dos pais, que podem ter criado essa consciência anos depois de começarem a mandar na alimentação familiar. Eles são a geração do “sem tempo, irmão”: nada de gastar horas preparando o mesmo prato. Sem precisar se preocupar em alimentar muitos membros da família, os Millennials costumam apostar em porções pequenas e práticas (e que possam ser esquentadas no micro-ondas durante um dia mais corrido no trabalho).
Se o acesso à informação já é determinante para os Millennials, para os Gen Z, nascidos entre 1996 e 2010, ele é ainda mais influente. Não à toa, esta é a faixa etária que mais pensa em dietas específicas como o veganismo e o vegetarianismo sem ser apenas por benefício próprio, mas com foco em diminuir o impacto ambiental causado pela alimentação humana. Afinal de contas, entre todas as gerações listadas aqui, a deles é a que vai sofrer os impactos das mudanças climáticas por mais tempo.
Com a faixa etária mais baixa, é comum que muitos GenZ ainda dependam dos pais Millennials para fazer a comida em casa, mas mesmo entre os que já são adultos, as habilidades culinárias não costumam ser muito altas — tudo uma questão de falta de prática. Provavelmente, isso vai mudar daqui a alguns anos.
Manter a alimentação balanceada e saudável é uma necessidade do ser humano, não importa a idade. As necessidades e rotinas variam com a geração, mas todas elas precisam manter uma boa relação com a comida. Quem pode ajudar neste processo é o nutricionista. Para se tornar um, você pode apostar no curso de Nutrição da Unip. Nele, os estudantes aprendem a planejar dietas de acordo com a necessidade de cada indivíduo e a ajudar pacientes em diferentes momentos de vida. Daqui uns anos, quem vai precisar de ajuda é a Geração Alfa. Que tal garantir que você vai estar preparado?