Artes/cultura
13/04/2024 às 12:00•2 min de leituraAtualizado em 13/04/2024 às 12:00
Os ratos já não são as criaturas favoritas dos seres humanos. Conhecidos por transmitirem doenças e até (injustamente) acusados de terem espalhado a peste bubônica pelo mundo no século XIV, esses animais são considerados repugnantes. Porém, você ficará em choque ao conhecer mais sobre o "rei dos ratos".
Esse é o nome dado para quando um bando de ratos acaba tendo suas caudas entrelaçadas, criando uma espécie de "super-rato" gigantesco. Embora muitos cientistas rejeitem esse fenômeno como realidade, vários espécimes do tipo estão expostos em museus por todos os cantos do planeta e foram documentados até na Rússia e na Estônia em 2021.
Os primeiros relatos de um "rei dos ratos" sugiram em meados de 1500 na Europa. Segundo a lenda, essa criatura singular se forma quando um grupo de ratos acaba se emaranhando ao passar tempo demais confinado em um espaço pequeno — como uma toca ou outro local apertado.
Alguns também dizem que esse tipo de acontecimento tem maior grau de ocorrência durante as estações frias, uma vez que os ratos "amarrariam" intencionalmente suas próprias caudas para permanecerem aquecidos. Como esses roedores também produzem uma grande quantidade de sebo para proteger e hidratar a superfície da pele, suas caudas oleosas formariam então uma substância pegajosa para uni-los.
Em entrevista ao Atlas Obscura, o curador sênior de mamíferos do Museu Victoria, Kevin Rowe, afirmou que esse processo, no entanto, é sofrível. “Os roedores presos juntos não poderiam sobreviver por muito tempo e provavelmente estão em agonia e angústia até se separarem ou morrerem”, disse.
Como citado anteriormente, a existência de um "rei dos ratos" por si já é algo extremamente questionado entre pesquisadores. Contudo, como existem alguns exemplares exibidos em museus pelo mundo, o fenômeno ganhou notoriedade e artigos científicos citam a existência de 58 "reis dos ratos" confiáveis ao longo da história.
O mais antigo em exibição no momento foi encontrado em Altenburg, na Alemanha, em 1828. Ele contém 32 roedores e é o maior espécime do mundo. De acordo com o museu, o grupo foi encontrado por um homem chamado Muller Steinbruck enquanto limpava sua chaminé. Embora esses espécimes tenham se formado naturalmente, há alguns casos reconhecidamente feitos pelo homem.
O "rei dos ratos" alojado no Museu Otago, na Nova Zelândia, por exemplo, formou-se após um grupo de ratos ter sido espancado até a morte e ter terminado esmagado em conjunto. O caso mais recente foi identificado em 2021, quando um veterinário na Estônia descobriu um "rei dos ratos" no galinheiro de sua mãe — composto por 13 roedores unidos pelas caudas e capturado ainda vivo em vídeo.
Como é difícil provar se um único espécime é autêntico, no entanto, é provável que as histórias sobre esses emaranhados de ratos sigam gerando muitos debates no futuro.