Imagem de ThetaHealing: por que muitos consideram a prática uma fraude? no megacurioso

Método está entre as supostas curas por métodos quânticos. Cientistas não reconhecem as técnicas e alertam para curandeirismo

Imagine por um momento que você esteja passando por um grave problema de saúde que nenhum médico foi capaz de solucionar. Não seria maravilhoso encontrar um tratamento que te curasse só com a força de sua mente? Não seria fantástico — quase milagroso — que algumas técnicas de introspecção permitissem acessar regiões pouco exploradas do cérebro e, dessa forma, dissipar a doença? Bom, esse é o caso do ThetaHealing, a prática cujos adeptos alegam se basear na concentração, no pensamento e na oração para encontrar a cura de diversos males.É verdade que o cérebro humano tem propriedades notáveis e caminhos pouco usuais do ponto de vista cartesiano. Por meio da investigação psicanalítica, por exemplo, Freud permitiu que mulheres histéricas, que sofriam de graves paralisias, voltassem a andar normalmente. Mas qual o limite entre a potência mental e o charlatanismo? Quando técnicas de autoconhecimento passam a ser fraudes?<h2>Nem religião, nem ciência</h2><img src="https://cdn.pixabay.com/photo/2019/07/13/06/35/dna-4334173_960_720.jpg" alt="Dna, Resumo, Sangue, Microscopicamente, Célula, Gen">Fonte: Geralt/PixabayA ciência e a medicina ocidental têm se aproximado de alguns elementos bastante caros a doutrinas espiritualistas. A meditação, em que se exercita a atenção para a prática de autorregulação do corpo e da mente, é um desses casos.&nbsp;O problema, portanto, não está em fazer uso de uma ou outra técnica, mas de vendê-las como promissoras mesmo sem respaldo científico, ou argumentar que elas sejam capazes de soluções maravilhosas desde que se creia suficientemente nelas.&nbsp;A cura do câncer é apenas mais um exemplo da lista de milagres prometidos pela fundadora do ThetaHealing. Vianna Stibal. Segundo ela, a técnica a permitiu vencer a doença em 1995. Em princípio, não há nada de errado em transformar crenças pessoais em questões de pesquisa, mas existe um passo a passo investigativo a ser considerado.O efeito placebo, por exemplo, é um velho conhecido da ciência: trata-se da inclinação aos efeitos de cura pelo simples fato de se crer que ela acontecerá. O fato é que, até que se prove o contrário dentro de parâmetros científicos rigidamente controlados, elas não são mais que hipóteses.Mas, no caso do ThetaHealing, a ciência parece ser uma companhia coadjuvante. Segundo o site da instituição, o ThetaHealing funciona sob parâmetros científicos, porque trabalharia com ondas theta e outros fenômenos quânticos ligados ao funcionamento cerebral.&nbsp;Mas, além de não haver rigor acadêmico nessas informações, a seriedade com a pesquisa para por aí. O método se propõe a usar a intuição "contando com o amor incondicional do Criador, o espírito que entrelaça e liga todas as coisas existentes".&nbsp;O filósofo da ciência Karl Popper entendia que só se pode afirmar que algo é científico caso se possa também afirmar o contrário por meio da ciência. Por exemplo, um medicamento é útil no tratamento de uma doença com respaldo científico porque outros testes podem descobrir o contrário e reverter o entendimento anterior. Mas como provar que existem técnicas que conectam as pessoas ao seu "Criador"?Por isso, considera-se que que o grupo é uma seita, ou seja, um grupo de pessoas que acredita no poder espiritual de determinadas técnicas para o autoconhecimento e processos de cura. Isso é legítimo e protegido pelo princípio da liberdade religiosa. Mas, ainda segundo o site, o método não é uma religião.&nbsp;E é nesse meio termo que o ThetaHealing sobrevive: seu objeto de trabalho seria algo mais inovador do que a religião e mais ousado do que a ciência está pronta para lidar. Duplamente irrefutável: o melhor de dois mundos.<h2>Nem ético, nem legal (e nada barato)</h2><img src="https://cdn.pixabay.com/photo/2019/12/18/13/04/right-4703922_960_720.jpg" alt="Direito, Advocacia, Lex, Advogado, Jura, Justiça">Fonte: AdvogadoAguilar/PixabayMas, então, o que é o ThetaHealing? Uma filosofia de hippies que foram longe demais? Ou uma fraude, simplesmente?Bom, fraude é a aposta da maior parte das pessoas, inclusive de cientistas. A rede britânica BBC entrevistou médicos a esse respeito e a opinião sobre a instituição foi: "irresponsável e criminosa".&nbsp;A começar pela fundadora do grupo. Processada (e condenada) mais de uma vez, Stibal não conseguiu demonstrar que, de fato, teve um câncer curado em 1995, muito menos que seja em razão das técnicas que a levaram a criar o ThetaHealing.Mais que isso, o método parece não ter limites quanto a seu potencial de benefícios. Na internet, há casos tão assustadores quanto a cura milagrosa do câncer. Terapeutas já afirmaram ser possível regenerar partes do corpo, sejam membros amputados ou órgãos extraídos por cirurgia, e curar a AIDS.Se Stibal é visionária, ingênua ou estelionatária, é difícil saber. Mas isso não diminui a dimensão do problema. Sem critérios científicos que sustentem rigidamente o que o método pode ou não curar, não é fácil controlá-lo. Ele está presente em dezenas de países por meio de terapeutas certificados pela instituição que leva o nome do método.&nbsp;<h2>Como ser um Master ThetaHealing?</h2>Para se tornar um Master ThetaHealing, deve-se fazer uma formação que dura menos de 90 dias e custa cerca de R$ 20 mil. Pelo site do órgão, é possível contratar o primeiro do ciclo, pré-requisito para o seguinte. O seminário de três dias se chama DNA Básico.Apesar do nome científico, ele permitiria "mudar os padrões de vida mantidos pelas crenças centrais, genéticas, históricas e da alma, autoinfligidas ou impostas externamente. (...) Os alunos experimentam uma abertura para o Amor Incondicional do Criador. (...)". Este seminário custa R$ 1.290.Tudo isso é lícito como autoconhecimento, mas o mesmo não vale para um conjunto de técnicas que se propõe a formar terapeutas. Até que se encontre uma explicação plausível para unir DNA e anjos da guarda na mesma frase, é um comércio sem qualquer amparo científico e legal. Assim como outros países, o Brasil possui legislação contra o curandeirismo.&nbsp;Entre exploradores do sofrimento alheio ou bem intencionados, mas desprovidos de zelo científico, é difícil saber quem é quem nesse meio. Mas se trata de um problema ético, tal qual outros disponíveis no mercado criado pelo sofrimento.

thumb-image-2024-02-29T14:05:29.323Z

ThetaHealing: por que muitos consideram a prática uma fraude?

Imagem de 6 dos maiores erros de engenharia na história no megacurioso

Relembre algumas das construções mais famosas que apresentaram erros de engenharia e ficaram marcadas para sempre 

<head></head><body>Inevitavelmente, erros acontecem em todas as profissões, visto que errar é algo humano e a perfeição está longe de ser a nossa praia. Entretanto, alguns erros costumam pesar mais que outros. Se um médico falha em seu cargo, por exemplo, a vida de uma pessoa pode estar em risco.O mesmo vale para os engenheiros. Por menor que seja, um pequeno descuido em uma obra pode levar a uma grande catástrofe — o que já foi mostrado pela história. Por isso, nós separamos essa lista com seis dos maiores erros já vistos pela Engenharia. Confira só!<h2>1. Torre de Pisa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/27/27050455467000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Um dos erros de engenharia mais célebres de todos os tempos com toda certeza é a <a href="https://www.megacurioso.com.br/turismo-e-viagens/102385-11-fatos-curiosos-e-nada-tortuosos-sobre-a-torre-de-pisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Torre de Pisa</a>, construída na Itália em 1173. Como o projeto foi feito sobre uma base instável composta de lama, areia e argila, a torre começou a afundar e foi se tornando torna para um lado.Ao longo dos anos, diversos engenheiros tentaram se empenhar em medidas que compensasse o erro feito no projeto inicial, mas nada apresentou eficácia. De acordo com geólogos, a torre corre sérios riscos de desabar nos próximos anos caso nenhuma medida drástica seja feita.<h2>2. Usina de Chernobyl</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/27/27050635000001.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O desastre na Central Nuclear de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118522-pe-de-elefante-a-massa-radioativa-que-se-formou-em-chernobyl.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chernobyl</a> em 1986 foi resultado de um erro de engenharia que a humanidade jamais esquecerá. Conhecido por ser o pior desastre na usina nuclear da história, o incidente foi resultado do projeto de um reator defeituoso operado por pessoal inadequadamente treinado.Na época, as hastes controladoras que deveriam controlar as reações em cadeia que acontecem com o Urânio-235 falharam, resultando em uma explosão química que matou cerca de quatro mil pessoas.<h2>3. Ônibus Espacial Challenger</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/27/27050735672002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)No mesmo ano do acidente de Chernobyl, a NASA se preparava para o lançamento do Ônibus Espacial Challenger, que deveria lançar a primeira civil ao espaço. Porém, a nave explodiu com apenas 73 segundos após seu lançamento, causando a morte dos sete tripulantes que estavam a bordo.Posteriormente, foi descoberto que as juntas de borracha que vedavam o lado direito do foguete de combustível sólido falharam no ar. Isso quebrou o selamento do foguete, permitindo que o gás quente do motor da nave alcançasse a parte externa e invadisse o tanque de combustível, gerando a combustão.<h2>4. Barragem de Banqiao</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Internet/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://3.bp.blogspot.com/-0RRBzzgMAhI/W-cvEOU3jrI/AAAAAAAAACk/VCoW9Fh6kjQi6icMM0OX9gWXSbN1cDFpACLcBGAs/s640/1_WQXwcoxLFCIKhVpdvphs_A.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/27/27050838704003.jpg" alt="(Fonte: Internet/Reprodução)">(Fonte: Internet/Reprodução)Uma entre 62 barragens da província de Henan, na China, a Barragem de Banqiao foi construída no início dos anos 1950 como parte de um projeto para acabar com as inundações na região e produzir energia. Entretanto, o surgimento do Tufão Nina em 1975 gerou índices hídricos muito maiores do que o esperado e a barragem cedeu completamente, causando uma onda de 7 metros de altura com velocidade de 50 km/h.Na época do início do projeto, o hidrólogo Chen Xing advertiu que a construção apresentava falhas de segurança que poderiam acarretar em um desastre no futuro.<h2>5. Chuva de melaço em Boston</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Inundacao_de_melaco_de_Boston#/media/Ficheiro:Boston_1919_molasses_disaster_-_el_train_structure.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/27/27050924424004.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)No dia 15 de janeiro de 1919, um acidente na cidade de Boston, nos Estados Unidos, ficou conhecido como o "Grande Dilúvio de Melaço". O acidente foi batizado após um tanque de melaço usado pela produtora de etanol Purity Distilling Company explodir a 15 metros de altura do chão.A empresa, focada em criar lucro, esqueceu de contratar engenheiros qualificados para confeccionar o projeto do tanque, que foi montado inadequadamente e testado poucas vezes. De resultado, cerca de 150 pessoas ficaram feridas e outras 21 morreram esmagadas e afogadas pelos detritos que escorriam pelas ruas.<h2>6. Plataforma Deepwater Horizon</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Explosao_da_plataforma_Deepwater_Horizon#/media/Ficheiro:Deepwater_Horizon_offshore_drilling_unit_on_fire_2010.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/27/27050951143005.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Em 2010, a plataforma de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117008-fim-do-petroleo-dinamarca-quer-encerrar-a-producao-ate-2050.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">petróleo</a> Deepwater Horizon explodiu no Golfo do México, nos Estados Unidos, e espalhou uma grande mancha de óleo pelo mar que se espalhou até a costa de diversos estados do país. Após ficar dois dias em chamas, a embarcação afundou em águas profundas.De acordo com especialistas, o acidente foi resultado de uma falha mecânica durante a fase final de perfuração de um poço de petróleo no subsolo marinho. Estima-se que 680 milhões de litros de petróleo foram lançados ao mar. A explosão deixou 17 trabalhadores feridos e matou 11 pessoas. Além disso, o derramamento causou a morte de 8 mil animais.&nbsp;&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:29.176Z

6 dos maiores erros de engenharia na história

Imagem de Mulher usa cola de unha em vez de colírio e vai parar no hospital no megacurioso

Fato inusitado fez com que a mulher grudasse sua lente de contato com a parte interna das pálpebras

<head></head><body>Yacedrah Williams, uma moradora de Michigan, Estados Unidos, quase perdeu parcialmente sua visão após confundir cola de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118200-mae-coloca-unhas-posticas-em-filha-recem-nascida-e-e-criticada-na-internet.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">unha</a> com colírio. O fato inusitado fez com que a mulher unisse sua lente de contato com a parte interna da pálpebra, sendo hospitalizada às pressas para que a substância colante fosse removida.Conforme relato, Williams acordou por volta de 1 da manhã para retirar suas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117900-lentes-do-perseverance-buscarao-sinais-de-vida-em-rochas-de-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lentes</a>, visto que havia dormido com elas e esquecido de tirá-las. Com os olhos secos, foi necessário utilizar um colírio para poder removê-las com facilidade, porém a mulher esqueceu que guardava na bolsa uma cola para reparar unhas quebradas e acabou pegando o item em vez do colírio.A norte-americana não percebeu que segurava o frasco errado até o momento em que a gota já caía em seu olho, e a partir daí iniciou uma situação desesperadora que a forçou a pensar rapidamente. "Meu Deus, caiu no meu olho e tentei limpar, mas colou todo", disse Williams, em entrevista à WXYZ. "Eu comecei a jogar água fria [sobre ele] e estava tentando abrir meus olhos, mas não conseguia."<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/26/26083831582006.png" alt="(Fonte: WXYZ / Reprodução)">(Fonte: WXYZ / Reprodução)Imediatamente, Williams foi levada para o hospital graças ao suporte de seu marido, que contatou a ambulância para poder buscar sua esposa em casa.&nbsp;<h2>Procedimentos corretos</h2>Apesar do fato surpreendente, os médicos confirmaram que não é a primeira vez que algo do tipo acontece, e confundir itens colantes com colírio é bem mais normal do que se imagina. Felizmente, no caso de Yacedrah, todas as precauções foram certeiras, e a iniciativa da mulher em lavar seu olho com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118507-como-um-submarino-produz-agua-e-oxigenio-para-a-tripulacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">água</a> corrente foi um passo que contribuiu para os procedimentos clínicos posteriores."Se você tiver algo em seu olho, a primeira coisa a se fazer é tentar lavá-lo colocando a cabeça sob uma torneira ou derramando água de uma garrafa sobre ele", disse o oftalmologista Dr. George Williams. "Você vai fazer uma bagunça, mas você pode salvar sua visão".<iframe src="https://www.youtube.com/embed/ubNU5m8PJRM" title="YouTube video player" allowfullscreen="" width="640" height="360" frameborder="0"></iframe>Segundo o médico, a lente de contato salvou a visão de Yacedrah, que também perdeu seus cílios durante o tratamento, mas passa bem.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:29.164Z

Mulher usa cola de unha em vez de colírio e vai parar no hospital

Imagem de Após 40 dias isolados, participantes de experimento deixam caverna no megacurioso

O estudo tinha o objetivo de verificar a reação das pessoas diante da perda do senso de tempo e espaço

<head></head><body>Terminou no último sábado (24) um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118016-experiencia-coloca-pessoas-em-isolamento-em-caverna-por-40-dias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">experimento com 15 pessoas confinadas em uma caverna na França durante 40 dias</a>, totalmente isoladas, sem acesso a celulares e relógios e sem ver a luz do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109365-voce-sabe-como-funciona-o-movimento-de-rotacao-do-sol.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sol</a>. O objetivo do estudo era testar os limites da capacidade humana de se adaptar ao isolamento.Composto por oito homens e sete mulheres, com idades entre 27 e 50 anos, o grupo de voluntários franceses viveu temporariamente na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117966-claustrofobia-veja-a-caverna-mais-apertada-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caverna</a> de Lombrives, no sudoeste da França, dormindo em barracas e precisando gerar a própria eletricidade usando um pedal, além de tirar água de um poço de 45 metros de profundidade.O ambiente tinha temperatura controlada de 10ºC e umidade relativa de 100%, contando com itens como refrigeradores, tendas, mesas e cadeiras. Durante o período de confinamento, o grupo precisou organizar diferentes tarefas e medir o tempo delas confiando no relógio biológico e nos ciclos de sono para determinar sua duração.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/28/28173918306424.jpg" alt="(Fonte: Facebook/Human Adaptation Institute)">(Fonte: Facebook/Human Adaptation Institute)Denominada Deep Time, a experiência organizada pelo Human Adaptation Institute incluiu o uso de sensores para monitoramento dos participantes. Os cientistas do lado de fora registraram tudo o que aconteceu na caverna, de interações sociais a padrões de sono, passando pela temperatura corporal e outras métricas.<h2>Dias mais longos</h2>Sem quaisquer dispositivos tecnológicos para referências temporais, os participantes tiveram dificuldade para calcular quanto tempo passaram na caverna. Usando apenas as dicas dadas pelo organismo, indicando a hora de comer, dormir e acordar, a maioria dos voluntários pensou ter ficado 30 dias no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113956-como-o-isolamento-social-pode-afetar-a-sua-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">isolamento</a>.Mas houve um membro da equipe acreditando ter passado somente 23 dias na caverna, quando na verdade foram 40. Para este, os cientistas calcularam que a duração de um dia confinado foi de 42 horas, em média, enquanto para os demais cada dia durou cerca de 32 horas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/28/28174357809429.jpg" alt="(Fonte: Facebook/Human Adaptation Institute)">(Fonte: Facebook/Human Adaptation Institute)Estes são apenas os primeiros dados revelados pelos pesquisadores, que esperam ainda descobrir mais novidades sobre os processos fisiológicos e cognitivos relacionados ao isolamento social e à privação do relógio.Os resultados do experimento podem ser úteis também para ajudar a entender melhor as condições vividas por tripulantes de submarinos e mineiros, além de contribuir para as futuras <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115612-traje-de-gravidade-movel-pode-viabilizar-longas-viagens-espaciais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">viagens espaciais de longa duração</a>.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:29.152Z

Após 40 dias isolados, participantes de experimento deixam caverna

Imagem de Arqueólogos encontram 1ª múmia grávida do mundo no megacurioso

Os pesquisadores acreditam que a mulher tinha aproximadamente 20 anos e estava com cerca de 28 semanas de gravidez quando morreu; estima-se que corpo tenha cerca de 2 mil anos

Um grupo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/arqueologia" target="_blank" title="Arqueologia">arque&oacute;logos</a> identificou o que pode ser a primeira m&uacute;mia gr&aacute;vida j&aacute; encontrada. Com base em exames de raio-X, os pesquisadores acreditam que a mulher tinha aproximadamente 20 anos e estava com cerca de 28 semanas de gravidez quando morreu. Estima-se que corpo tenha cerca de 2 mil anos.
O autor do estudo, Wojciech Ejsmond, explica que a descoberta vai oferecer novas possibilidades para estudos de gravidez na Antiguidade. &ldquo;Para os egipt&oacute;logos, esta &eacute; uma descoberta fascinante, porque sabemos pouco sobre a sa&uacute;de perinatal e a inf&acirc;ncia no A<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118476-por-que-os-egipcios-eram-obcecados-por-gatos.htm" target="_blank" title="Por que os eg&iacute;pcios eram obcecados por gatos?">ntigo Egito</a>&rdquo;, afirma. Ele diz que tamb&eacute;m ser&aacute; poss&iacute;vel entender melhor os antigos costumes funer&aacute;rios na regi&atilde;o e como a gravidez era vista na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118335-igreja-catolica-ja-condenava-o-antissemitismo-em-1919.htm" target="_blank" title="Igreja Cat&oacute;lica j&aacute; condenava o antissemitismo em 1919">religi&atilde;o</a>.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/29/mumia-29123635070158.jpg" alt="mumia" />Acredita-se que a mulher foi algu&eacute;m muito importante na regi&atilde;o; isso porque seu corpo foi embalado com tecidos de alta qualidade (Reprodu&ccedil;&atilde;o/Polish Academy of Science)
Segundo as informa&ccedil;&otilde;es divulgadas pelo grupo no Journal of Archaeological Science, a mulher viveu perto da &eacute;poca em que a rainha <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/102074-5-fatos-sobre-a-vida-de-cleopatra-a-rainha-mais-famosa-da-antiguidade.htm" target="_blank" title="5 fatos sobre a vida de Cle&oacute;patra, a rainha mais famosa da Antiguidade">Cle&oacute;patra</a> governava e que a cidade de Tebas, onde foi encontrada, ainda prosperava. Al&eacute;m disso, os pesquisadores tamb&eacute;m acreditam que a gestante era uma personalidade importante na &eacute;poca. Isso porque o corpo estava envolto em tecidos de alta qualidade.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/29/mumia-29123809212159.jpg" alt="mumia" />Imagens da regi&atilde;o abdominal da m&uacute;mia; o feto est&aacute; destacado em cores (The Sun/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ainda n&atilde;o se sabe porque o feto n&atilde;o foi retirado da m&atilde;e para ser mumificado sozinho, como em outros casos j&aacute; conhecidos. Os arque&oacute;logos ressaltaram que o nome era considerado algo muito importante nas&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118262-como-as-piramides-do-egito-foram-construidas.htm" target="_blank" title="Como as pir&acirc;mides do Egito foram constru&iacute;das?">cren&ccedil;as eg&iacute;pcias</a> e, considerando que o feto ainda n&atilde;o tinha um, sua vida ap&oacute;s a morte s&oacute; seria poss&iacute;vel se fosse mumificado junto de sua m&atilde;e.
A m&uacute;mia foi oficialmente descoberta em 1826 e levada para a Pol&ocirc;nia. Em 1917 foi transferida para o Museu Nacional de Vars&oacute;via, onde est&aacute; at&eacute; hoje. O corpo foi retirada para fins de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao" target="_blank" title="Educa&ccedil;&atilde;o">estudos</a> em 2015.

thumb-image-2024-02-29T14:05:29.236Z

Arqueólogos encontram 1ª múmia grávida do mundo

Imagem de "Velho coronavírus" pode ter infectado asiáticos há 25 mil anos no megacurioso

Conjunto de mutações em genes asiáticos teria ajudado ancestrais a desenvolverem uma maior resistência ao vírus

<head></head><body>Há cerca de 25 mil anos, antigos povos do leste da Ásia podem ter confrontado uma primeira variante do coronavírus, sendo os principais responsáveis por transmitir um conjunto de genes mutantes e mais resistentes para as gerações seguintes.Para que um vírus tenha sucesso em sua replicação, é necessário que ele seja capaz de interagir com centenas de proteínas humanas diferentes, além de contar com um pouco de sorte para "sequestrar" células que estejam com seus sistemas de combate "desligados". Dessa forma, a codificação dessas proteínas surge como principal responsável por uma série de mutações de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/118380-jesse-gelsinger-e-o-polemico-caso-de-terapia-genica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">genes</a>, sendo transmitidos posteriormente ou selecionados, em suas novas formas, para as próximas gerações.Porém, através de pesquisas com ferramentas modernas e bancos de dados públicos, cientistas da Universidade do Arizona identificaram que os genes mutantes que adicionam uma vantagem — como maior resistência ou meios de combate a um vírus — são mais propensos à hereditariedade, como foi identificado especialmente em pessoas de ascendência do leste asiático. Segundo pesquisas, essas variantes apareceram com uma frequência maior do que o esperado, e tudo indica que estão ajudando os orientais a se tornarem mais resistentes.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/26/26094832005061.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock / Reprodução)">(Fonte: Shutterstock / Reprodução)Das 420 proteínas estudadas em 26 grupos humanos diferentes em todo o mundo, 10% indicaram que a frequência de surgimento das vantagens adaptativas surgiram há 25 mil anos, continuando a se espalhar por quase 15 mil anos devido a uma série de outros incidentes epidêmicos que possam ter assolado as populações do leste terrestre por um longo período de tempo.<h2>Mistérios sobre o vírus primordial</h2>Apesar dos estudos presumirem a existência de um vírus que há muito tempo entra em contato com a humanidade, não há conclusões definitivas sobre a participação de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118379-4-coisas-que-prejudicam-nosso-olfato-alem-da-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coronavírus</a> como principal meio de impulsão da adaptação em humanos, visto que pode ter sido uma outra espécie de vírus que interagiu com as células de uma forma similar ao SARS-CoV.Com os resultados das pesquisas, cientistas e virologistas se unem para compreender como os humanos antigos conseguiram sobreviver a uma infecção de um possível coronavírus e como tais resultados podem funcionar como um "sistema de alerta antecipado" de combate a novas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118430-6-coisas-que-devem-mudar-depois-da-pandemia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemias</a>.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:29.143Z

'Velho coronavírus' pode ter infectado asiáticos há 25 mil anos

Imagem de A Era das Pandemias: será essa a nossa realidade? no megacurioso

Saiba como alterações ambientais podem dar início à doenças como a Covid-19

<head></head><body>A pandemia de covid-19 abala o mundo não só na esfera da saúde, mas também nos setores social e econômico por conta do despreparo de autoridades para um acontecimento desse porte. No entanto, &nbsp;só neste século, foram cinco acontecimentos parecidos. Será que nosso destino será uma era das <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113909-as-10-piores-pandemias-e-epidemias-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemias</a>?Desde 1918, a humanidade passou por cinco grandes surtos virais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113918-gripe-espanhola-de-1918-omissoes-cura-falsa-e-medo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gripe espanhola</a> (1918-1920), gripe asiática (1957-1958), gripe de Hong Kong (1968-1970), <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114678-genoma-de-hiv-mais-antigo-da-historia-e-encontrado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">AIDS</a> (de 1981 até hoje), &nbsp;gripe suína (de 2009 até hoje) até chegarmos à pandemia causada pelo novo coronavírus.Nesse mesmo período, presenciamos intensos desmatamentos e o aquecimento global acelerado. É possível estabelecer uma relação entre essas ocorrências e os desastres sanitários ao longo do último século?<h2>Preservação ambiental e saúde andam juntas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/26/26022612398002.jpg" alt="Manutenção de ecossistema natural gera consequências positivas na saúde dos humanos. (Fonte: Pixabay)">Manutenção de ecossistema natural gera consequências positivas na saúde dos humanos. (Fonte: Pixabay)Um relatório divulgado no ano passado pela Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (<a href="https://www.bpbes.net.br/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">IPBES</a>) associou as atitudes que causam mudanças climáticas à propensão ao surgimento de novas doenças virais.&nbsp;Estima-se que existam mais de 1,7 milhão de vírus ainda não descobertos em pássaros e mamíferos. Desses, cerca de 850 mil podem infectar pessoas. Por isso, qualquer alteração nos ecossistemas configura um risco à saúde das pessoas.&nbsp;<h2>Biodiversidade equilibrada garante saúde humana</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/26/26023157164004.jpg" alt="Desmatamento e exploração de florestas favorece espalhamento de vírus e bactérias causadores de doenças. (Fonte: Pexels)">Desmatamento e exploração de florestas favorece espalhamento de vírus e bactérias causadores de doenças. (Fonte: Pexels)Vírus e bactérias possíveis causadores de doenças têm animais dos mais diferentes portes como hospedeiros. Esses, por sua vez, estão restritos a áreas florestais ainda preservadas. O desmatamento faz com que essa organização seja desequilibrada.&nbsp;Com animais silvestres mais próximos dos humanos, as chances de transmissão desses microrganismos se tornam maiores. Além disso, a propagação é potencializada por conta da configuração urbana, com aglomerações e intensa circulação.<h2>Domesticação de animais desequilibra o sistema</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/26/26022915850003.jpg" alt="Indústrias da criação de animais são um dos principais possíveis causadores de pandemias. (Fonte: Pixabay)">Indústrias da criação de animais são um dos principais possíveis causadores de pandemias. (Fonte: Pixabay)Grandes indústrias como a pecuária são potenciais causadoras de surtos pandêmicos. Isso porque a criação de animais voltada ao consumo humano exige o desmatamento de regiões extensas.Nesses espaços, aves e suínos se desenvolvem em conjunto e a circulação de vírus e bactérias entre eles é propagada. Consequentemente, a passagem deles para os humanos com possíveis mutações é facilitada. As gripes aviária e suína são exemplos de doenças que se tiveram início em contextos semelhantes a esse. &nbsp;&nbsp;Além da preservação ambiental, criar estratégias pautadas na ciência, desenvolver medidas de protecionismo social e equilíbrio econômico são algumas das medidas que podem ser adiantadas para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117156-10-pessoas-que-previram-a-pandemia-do-novo-coronavirus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cenários pandêmicos no futuro</a>. Contar com a expertise de profissionais especializados nessas áreas também é uma saída imprescindível.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:29.077Z

A Era das Pandemias: será essa a nossa realidade?

Imagem de Antártica ou Antártida: qual o nome correto do continente gelado? no megacurioso

Alguns documentos oficiais escrevem 'Antártica' com 'C', outros livros aparecem com 'D'... Mas, qual é o certo, afinal?

<head></head><body>O continente gelado no <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/44415-misterio-gelado-conheca-a-teoria-sobre-as-estranhas-entradas-da-antartida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polo sul</a> do planeta Terra foi o último a ser descoberto, já no século XIX. Ele é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/mega-no-youtube/75237-confira-as-5-cidades-mais-frias-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais frio</a> do planeta, com temperaturas que já chegaram a 89,2ºC negativos, além de ser o mais seco e onde mais venta. Além dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/41863-afinal-os-pinguins-tem-joelhos-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pinguins</a> e de outros animais, não há seres humanos nativos do continente — só vivem lá os pesquisadores de estação científicas. O Brasil tem a sua: a Estação Antártica Comandante Ferraz.&nbsp;Calma aí... Estação Antártica com "C"? Mas o correto não é com "D": Antártida? Pois essa é uma dúvida comum para muitos falantes do português. Muitos livros costumam trazer a palavra com "D" e, inclusive, o acordo sobre a ocupação do continente é o "Tratado da Antártida". Mas o nome da estação é escrito com "C" em notícias e documentos oficiais — e o governo não cometeria um erro primário desses, né?&nbsp;Nesse contexto, é comum a gente ficar perdido na hora de escrever uma redação — ou um post para o Mega Curioso... Por isso, vamos <a href="https://www.megacurioso.com.br/portugues/mais-lidas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tirar essa dúvida</a>. Qual é o nome correto do continente gelado?<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/28/28150736661307.jpg" alt="&quot;Sr. Pinguim, como o senhor chama o seu continente?&quot; (Fonte: Wikimedia Commons)">"Sr. Pinguim, como o senhor chama o seu continente?" (Fonte: Wikimedia Commons)<h2>Estação Antártida, Tratado da Antártica... Tanto faz!</h2>No passado, alguns estudiosos do nosso idioma julgavam que a única forma certa era "Antártida" e os documentos antigos foram escritos assim.&nbsp;Porém, outros gramáticos julgavam que "Antártica" com "C" faz mais sentido. Isso porque o nome tem a ver com o outro <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/36525-voce-conhece-a-origem-dos-nomes-dos-continentes-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">continente</a> gelado no norte do globo: o Ártico. Como está no outro lado e foi descoberto depois, o novo seria o "anti-Ártico" — Antártica, portanto. Por outro lado, o continente mítico de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118357-a-atlantida-realmente-existiu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Atlântida</a> é com "D", o que estimulou a criação da outra grafia.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/28/28151102711311.png" alt="O Tratado da Antártida (com D) regula a ocupação do continente (Fonte: Wikimedia Commons)">O Tratado da Antártida (com D) regula a ocupação do continente (Fonte: Wikimedia Commons)Em meio a essa disputa, a convenção na língua portuguesa é admitir as duas formas. Ou seja, se você escrever qualquer um dos dois em um texto — Antártica ou Antártida —, a grafia não poderá ser considerada errada. Só não esqueça do acento, pois essa é uma palavra proparoxítona. O mesmo vale para o espanhol.&nbsp;Em francês ou inglês apenas a grafia inspirada no Ártico é a que vale: "Antarctique" no idioma do biquinho e "Antarctic" in English. Já os italianos preferem evocar o continente mítico e chamarem a terra de gelo de "Antartide". Qual grafia você prefere usar?</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:29.065Z

Antártica ou Antártida: qual o nome correto do continente gelado?

Imagem de O que é a caatinga? Conheça as características do bioma no megacurioso

Clima semiárido, vegetação com poucas folhas e grande biodiversidade estão entre as marcas do bioma que domina a região Nordeste

<head></head><body>Nesta quarta-feira (28), comemora-se o Dia Nacional da Caatinga, criado em 2003 com o intuito de homenagear o único bioma 100% brasileiro e conscientizar a população a respeito da importância da sua conservação para o equilíbrio ambiental do país.Aproveitando a data especial em homenagem ao professor e geólogo João Vasconcelos Sobrinho, nascido em 28 de abril de 1908 e considerado uma das principais autoridades em ecologia da América Latina, relembramos alguns detalhes sobre o bioma.<h2>Principais características da caatinga</h2>A caatinga é um bioma que ocupa área equivalente a 11% do território nacional, abrangendo os estados do Maranhão, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Sergipe e parte de Minas Gerais. Esta região se caracteriza pelo clima tropical semiárido e é afetada por longos períodos de estiagem.Por causa do clima seco, a vegetação precisou se adaptar à aridez do solo e à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118111-por-que-o-brasil-enfrenta-escassez-de-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escassez de água</a>, resultando no desenvolvimento de espécies únicas da região. Mandacaru, xique-xique, bromélias, juazeiro, acácia, umbu, macambira e maniçoba são alguns dos exemplares da flora da região.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/28/28115042030164.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116080-em-tres-seculos-clima-da-terra-sera-como-ha-50-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">clima</a> também tem grande influência na fauna da caatinga, exigindo uma grande adaptação a condições hostis para sobreviver no bioma. Entre os animais encontrados na área estão a <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/44881-arara-brasileira-e-o-passaro-mais-raro-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ararinha-azul</a>, onça-parda, cotia, tatu-bola, jacaré-de-papo-amarelo, sagui-do-nordeste, preá, veado-catingueiro, macaco-prego e asa-branca.A região, cujo nome em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118482-16-palavras-da-lingua-tupi-que-usamos-em-nosso-cotidiano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tupi-guarani</a> significa “mata branca”, em referência à cor da vegetação durante a seca, tem um solo raso e pedregoso, rico em minérios e pobre em matéria orgânica, na sua maior parte, dificultando o armazenamento de água, mas ainda assim usado para a criação de animais.<h2>Hidrografia e devastação</h2>Devido às suas características, os rios da caatinga são, em sua maioria, intermitentes ou temporários, ou seja, só existem durante o período chuvoso. Apesar disso, é no bioma que passa um dos mais importantes cursos de água do Brasil e da América do Sul, o Rio São Francisco.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/28/28115319750169.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Moradia para quase 30 milhões de pessoas e uma área de grande biodiversidade, a caatinga já teve quase metade da paisagem devastada pela ação do homem, segundo o Ibama, e tem de 15% a 20% do território em alto grau de degradação, correndo risco de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115989-africa-um-muro-de-arvores-construido-para-conter-a-desertificacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desertificação</a>.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:29.014Z

O que é a caatinga? Conheça as características do bioma

Imagem de Crise de 1920: como a invenção da insulina salvou a humanidade no megacurioso

Em 1922, a diabetes matava cerca de 100 mil crianças por ano

A Cetoacidose Diab&eacute;tica (CAD) &eacute; a complica&ccedil;&atilde;o potencialmente mortal que geralmente acontece entre pessoas portadoras da diabetes do tipo 1, embora tamb&eacute;m possa acontecer em outros tipos. Ela ocorre quando h&aacute; uma falta cr&iacute;tica de insulina no corpo, que come&ccedil;a a liberar produtos qu&iacute;micos chamados "cetonas" no organismo ao n&atilde;o poder usar o a&ccedil;&uacute;car para obter energia, passando a utilizar a gordura em seu lugar. Se n&atilde;o for controlada a tempo, as cetonas acabam se acumulando e tornando o sangue &aacute;cido, por isso o termo "acidose".
A d&eacute;cada de 1920 foi marcada por &iacute;ndices extraordin&aacute;rios de crian&ccedil;as morrendo de CAD. Elas eram mantidas em enfermarias grandes, geralmente com 50 ou mais pacientes, em sua maioria em coma devido &agrave;s complica&ccedil;&otilde;es da doen&ccedil;a. Muito embora n&atilde;o haja uma taxa precisa do quanto a doen&ccedil;a devastou desde 1900, estima-se que cerca de 100 mil crian&ccedil;as menores de 15 anos morriam por ano no mundo.
<h2>A ideia de Banting</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/22/22231728511017.jpg" alt="(Fonte: My Hero Project/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: My Hero Project/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Naquele mesmo ano, os cientistas j&aacute; haviam conseguido identificar um grupo de c&eacute;lulas chamadas "ilhotas pancre&aacute;ticas" no p&acirc;ncreas, que s&atilde;o respons&aacute;veis por produzirem insulina no organismo. Eles descobriram que essas s&atilde;o as c&eacute;lulas destru&iacute;das pela diabetes do tipo 1, portanto tentaram extra&iacute;-las do p&acirc;ncreas, mas sem sucesso.
Em outubro de 1920, o cirurgi&atilde;o canadense Frederick Banting leu um artigo em que era sugerido que as c&eacute;lulas produtoras de insulina no p&acirc;ncreas se deterioram mais lentamente dos que outros tecidos do &oacute;rg&atilde;o. Benting chegou &agrave; conclus&atilde;o de que isso poderia permitir a remo&ccedil;&atilde;o da insulina quebrando o p&acirc;ncreas de um jeito que as c&eacute;lulas produtoras permanecessem intactas.
Em 7 de novembro de 1920, Banting se reuniu com seu assistente Charles Best e o professor John Mcleod, da Universidade de Toronto, para que pudessem testar a teoria em c&atilde;es &ndash; uma vez que os m&eacute;dicos alem&atilde;es Oskar Minkowski e Joseph von Mering haviam descoberto que os c&atilde;es desenvolviam diabetes grave e fatal quando tinham o p&acirc;ncreas removido.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;National Library of Medicine&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQWzL8ubNOg_R-ZIdBJ-ofGHpMqR89SuOP4hP-quIvbsfdOMfHAzlg2Ntc2nIuGXeXxtf0&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/22/22231916793018.jpg" alt="John Mcleod. (Fonte: National Library of Medicine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />John Mcleod. (Fonte: National Library of Medicine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Eles amarraram o ducto pancre&aacute;tico do animal para matar as outras subst&acirc;ncias &aacute;cidas que destruiriam a insulina, mas fazendo o m&aacute;ximo para preservar as ilhotas. Ent&atilde;o, eles levaram a solu&ccedil;&atilde;o extra&iacute;da para que fosse administrada em outros c&atilde;es que n&atilde;o produziam a pr&oacute;pria insulina porque tiveram o p&acirc;ncreas removido para avalia&ccedil;&atilde;o dos efeitos dos n&iacute;veis de a&ccedil;&uacute;car no sangue.
Em seguida, eles se juntaram ao bioqu&iacute;mico James Collip para que a solu&ccedil;&atilde;o de insulina fosse purificada e se tornasse segura o suficiente para testes em humanos. Com a ajuda do homem, foi desenvolvida a forma mais concentrada e pura do medicamento, s&oacute; que desta vez retirada do p&acirc;ncreas do gado.
<h2>Salvando vidas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/22/22232057724019.jpg" alt="(Fonte: The Lancet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Lancet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Assim que ficou pronta, Banting e Best injetaram a subst&acirc;ncia em si mesmos, ap&oacute;s avaliaram que houve uma queda significativa do a&ccedil;&uacute;car no sangue dos animais testados. De acordo com o que escreveram no Canadian Medical Asssociation Journal, em 1922, a solu&ccedil;&atilde;o causou uma redu&ccedil;&atilde;o acentuada do a&ccedil;&uacute;car no sangue, na urina e na quantidade excretada por ela.
Em 11 de janeiro de 1922, os cientistas foram at&eacute; o Hospital Geral de Toronto, que sofria uma superlota&ccedil;&atilde;o pela epidemia de CDA, e injetaram a insulina em Leonard Thompson, um menino de 14 anos com um quadro grave de diabetes. Infelizmente, o extrato n&atilde;o se mostrou puro o suficiente, causando uma grave rea&ccedil;&atilde;o al&eacute;rgica no paciente, e eles tiveram que interromper as inje&ccedil;&otilde;es.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/22/22232158080020.jpg" alt="(Fonte: Diabetic Conquer/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Diabetic Conquer/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
De volta ao laborat&oacute;rio, James Collip trabalhou por 12 dias seguidos, dia e noite, para melhorar o extrato de p&acirc;ncreas de boi. Mais tarde, ele voltou e reaplicou a inje&ccedil;&atilde;o no jovem, que apresentou uma melhora significativa em seu quadro cl&iacute;nico cr&iacute;tico em poucas horas.&nbsp;
A partir desse momento, os relat&oacute;rios observados pelos cientistas provaram que a inje&ccedil;&atilde;o de insulina controlava completamente a diabetes do organismo se administrada de maneira certa.
Em 25 de outubro de 1923, em reconhecimento &agrave; descoberta que salvou milhares de vidas, Banting e Macleod receberam o Pr&ecirc;mio Nobel de Medicina &mdash; nada mais justo.

Ciência

Novidades