5 bobagens científicas que já apareceram no cinema

24/06/2014 às 09:563 min de leitura

Na maioria dos filmes atuais que envolvem ciências como física e química, além da biologia, muitos profissionais dessas áreas são envolvidos na produção para dar mais veracidade às cenas e em toda a trama.

Por exemplo, na animação Procurando Nemo, biólogos marinhos avaliaram diversos aspectos do oceano criado e precisaram fazer vários ajustes, retirando algumas espécies de corais que não seriam viáveis na região em que os peixinhos do filme viviam. Tudo para que não haja nenhuma discrepância mais gritante com a realidade (exceto em filmes realmente mais ficcionais e fantasiosos).

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Afinal, o visual do fundo do mar visto na animação citada acima pode ter sido o primeiro vislumbre desse ambiente que uma criança teve, antes mesmo das primeiras aulas de biologia.

Da mesma forma, o mais próximo que uma pessoa pode chegar a um laboratório de astrofísica no seu tempo de vida talvez seja assistindo a Jane Foster, uma cientista astrofísica interpretada pela atriz Natalie Portman no filme do super-herói Thor. Assim, espera-se ver alguns equipamentos típicos de um laboratório dessa área ou ouvir a atriz utilizando terminologias corretas, não é verdade?

O que diz a comunidade científica

De acordo com o site Smithsonian, a Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) recentemente promoveu a "Hollywood & Science", uma conferência virtual focada na importância de se ter cientistas e diretores cinematográficos trabalhando juntos.

David Kirby, um conferencista professor de comunicação da ciência na Universidade de Manchester, da Inglaterra, e autor de Jalecos em Hollywood: Ciência, Cientistas e Cinema, iniciou a sessão de uma hora com uma apresentação sobre a história do aconselhamento da ciência na indústria cinematográfica.

Desde os anos 1920 e 1930, os cineastas têm recrutado cientistas para ler e avaliar roteiros, para estarem presentes nos sets de filmagens e para fornecer seus pareceres durante a produção.

Segundo o outro palestrante da conferência, Kevin Grazier — um cientista da NASA e conselheiro da série de ficção científica Falling Skies e do filme Gravidade —, os diretores e produtores querem que os espectadores sintam que a produção seja baseada na ciência e que seja plausível.

A ficção científica tem um pouco de ciência e um pouco de ficção, naturalmente. "Então, você tem que lembrar que o objetivo não é fazer com que tudo seja perfeito, necessariamente. Mas é preciso fazer o mais correto que você possa para contar uma boa e convincente história", disse Grazier ao Smithsonian.

No entanto, muitas vezes, os produtores e diretores escorregam nos conhecimentos científicos e alguns erros acabam fazendo parte de muitos filmes. Abaixo você confere alguns citados pelo especialista David Kirby em conjunto com outros cientistas:

1 – Armagedom (1998)

I don´t wanna close my eyes / I don´t wanna fall asleep /´Cause I´d miss you, babe / And I don´t wanna miss a thing... É impossível pensar nesse filme e não se lembrar da trilha sonora marcada pela música do Aerosmith, não é verdade? Porém, além disso, tem muita gente que se recorda dessa produção com um tanto de incredibilidade.

O diretor de Armagedom, Michael Bay, consultou a NASA neste filme apocalíptico estrelado por Bruce Willis e Ben Affleck. "Todas as naves espaciais são ótimas. Eles filmaram cenas no interior do Centro Espacial Kennedy, aquelas são excelentes. Mas o cenário em torno do asteroide é bastante ridículo", afirmou o especialista David Kirby ao Smithsonian.  

No filme, um cientista da NASA, interpretado por Billy Bob Thornton, informa o presidente dos Estados Unidos que um asteroide "do tamanho do Texas" vai colidir com a Terra em 18 dias. "Essa linha de diálogo é uma loucura. Qualquer astrônomo diria, se existisse um asteroide do tamanho do Texas se aproximando, que teria sido visto provavelmente anos antes", explica Kirby.

International Business Times

E ainda tem mais escracho vindo dos cientistas para o lado de Armagedom. Em uma revisão crítica publicada na revista Nature, Kevin Zahnle, do Centro de Pesquisa Ames da NASA em Mountain View, na Califórnia, debateu sobre esses tipos de filmes (incluindo também Impacto Profundo). Sobre o Armagedom, ele disse:

A ciência do Armagedom é simplesmente ridícula. Algumas rapidinhas: (1) apenas os três maiores asteroides podem ser descritos como "do tamanho do Texas

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