Será que o Capitão América e o Incrível Hulk poderiam existir na vida real?

18/08/2014 às 13:003 min de leitura

Você alguma vez já se perguntou se o soro especial que concede superpoderes ao Capitão América ou a explosão radiativa responsável pela transformação do Incrível Hulk algum dia poderiam ser recriados na vida real? Afinal, nos dois casos, existe toda uma questão científica por trás das metamorfoses, não é mesmo? No entanto, até onde a ciência realmente suporta o que acontece na ficção?

Sebastian Alvarado, um pesquisador da Universidade de Stanford, nos EUA, decidiu ponderar sobre se o que vemos nos quadrinhos — ou nas telas de cinema — poderia acontecer com pessoas de carne e osso algum dia, chegando a conclusões bem interessantes.

Capitão América

Como você sabe, o Capitão América nasceu a partir de um projeto supersecreto conduzido pelo governo dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial. Tudo começou depois de o franzino Steve Rogers — que desejava ardentemente defender seu país — ser considerado frágil demais para ser enviado às linhas de frente.

Em vez de ir para a guerra, Rogers foi recrutado para participar de um experimento no qual recebeu uma injeção com uma substância misteriosa e foi exposto a um tipo de radiação chamado “Raios Vita” que o transformou em um soldado musculoso dotado de força , inteligência e vigor sobre-humanos.

Na vida real

Segundo Alvarado, apesar de a fórmula do soro do supersoldado ser desconhecida, é possível deduzir que a chave de seu funcionamento se encontra no uso de técnicas ultra modernas de alteração do genoma humano. Na vida real, os cientistas já identificaram quais são os genes envolvidos em aumentar a massa muscular e melhorar o transporte de oxigênio pelo corpo.

Além disso, as ferramentas para ativar e desativar genes específicos também já foram desenvolvidas, portanto, tornar seres humanos mais musculosos e incrivelmente rápidos, com mentes mais estrategicamente orientadas e com maior vigor físico seria teoricamente possível.

Cápsulas fotossensíveis

As “instruções” para a manipulação genética poderiam ser introduzidas por meio de cápsulas fotossensíveis — que estão sendo desenvolvidas pela indústria farmacêutica atual — e liberadas quando submetidas a determinadas comprimentos de onda da luz para entrar em ação. Assim, depois de tomar o soro do supersoldado, o candidato a Capitão América apenas precisaria entrar em uma câmara e ser bombardeado com os Raios Vita da vida real.

O mais incrível é que, de acordo com Alvarado, todas essas tecnologias já estão sendo testadas em ratinhos de laboratório, e apesar de ainda não ser possível empregar as mesmas técnicas em humanos, é sempre divertido especular sobre seu uso.

Incrível Hulk fora das telas

A história de Hulk é um pouco diferente da do Capitão América, já que, como você deve se lembrar, Bruce Banner não se recrutou para participar de um projeto secreto para se tornar super-herói. Na verdade, o personagem era um físico extremamente inteligente que foi atingido por uma absurda explosão de raios gama. Banner sobrevive à radiação, mas passa a se transformar em um gigante verde absurdamente forte em determinadas circunstâncias.

De acordo com Alvarado, para explicar a metamorfose do Incrível Hulk, precisamos usar um pouquinho mais de imaginação. Segundo o pesquisador, quando a radiação gama atinge o DNA, ela provoca sérios danos à sua estrutura. O nosso organismo é capaz de reparar alguns desses danos sem que as moléculas percam muitas de suas funções.

Contudo, se os danos forem muito grandes — como seria esperado de um indivíduo exposto a uma explosão gigante de raios gama —, é possível que o DNA se reorganize com novas instruções genéticas. No caso de Banner, em vez de esses comandos serem ativados através da luz, como ocorre com o Capitão América, eles parecem reagir aos hormônios liberados pelo organismo do físico quando ele fica nervoso, transformando-o em uma besta verde.

Verde de raiva

Para explicar a cor da pele de Hulk, Alvarado se apoia no dramático processo que o corpo de Banner sofre durante sua transformação. Todo mundo sabe que depois de uma bela pancada, é comum que se formem hematomas — que vão se tornando esverdeados — como resultado. Isso ocorre devido à morte dos glóbulos vermelhos que, conforme vão se degradando, liberam a hemoglobina, uma proteína que permite o transporte de oxigênio pelo organismo.

Um dos compostos da hemoglobina é uma molécula chamada biliverdina que, por sua vez, pode fazer com que o sangue fique esverdeado e é a responsável pela característica tonalidade presente nas extremidades dos hematomas. Assim, para Alvarado, o motivo de Hulk ser verde talvez seja resultado do trauma ao qual o organismo de Banner é submetido durante a metamorfose, que provoca um hematoma de corpo inteiro.

Além disso, se formos especialmente criativos, ainda podemos nos apoiar nessa justificativa para explicar a incrível força de Hulk, imaginando que o sangue de Banner conta com algum tipo de composto — verde — capaz de transportar mais oxigênio do que a hemoglobina aos músculos do físico.

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