Paleontólogos encontram fósseis de réptil gigante cheio de 'acne'

26/06/2013 às 09:492 min de leitura

Paleontólogos encontraram, em pleno deserto africano, fósseis do crânio de um animal que foi batizado como Bunostegos akokanensis. Ao que tudo indica, o réptil herbívoro habitava a Pangeia, suposto supercontinente do período Permiano.

Os ossos têm idade calculada entre 266 a 252 milhões de anos e, embora não sejam muitos (apenas três crânios foram encontrados), já são o bastante para indicar algumas coisas sobre o misterioso animal. O fato mais curioso é que o Bunostegos akokanensis tinha o tamanho próximo ao de uma vaca e levava em sua pele dezenas de botões ósseos, que estão sendo comparados à acne, cobrindo toda a face do réptil.

O réptil pertence ao grupo Pareiassauro, composto de grandes herbívoros que, além de alcançarem até três metros de comprimento, ultrapassavam os 600 kg, contando com pernas fortes, cauda curta, cabeça pequena e uma couraça óssea fixa na pele.

A nova espécie contava com botões ósseos faciais que, além de surgirem em grandes quantidades, eram enormes, sendo considerados como os maiores já descobertos em sua família. Cientistas afirmam que, possivelmente, eles pareciam com chifres cobertos de pele, assim como os existentes nas cabeças das girafas.

Os Bunostegos também contavam com alguns detalhes primitivos para sua espécie, como o número de seus dentes, semelhante aos de outros répteis de períodos anteriores, porém não encontrado em animais do grupo Pareiassauro.

Assim, paleontólogos acreditam que os Bunostegos eram répteis relativamente evoluídos para seu grupo por terem se separado de outras criaturas, passando por longos períodos de evolução independente. Isso garantiu que seu desenvolvimento fosse bastante diferente de seus semelhantes.

Habitat

A partir dessas conclusões, cientistas também determinaram o possível habitat do animal. As suposições traçadas com base nos novos fósseis e outros ossos encontrados combinam com evidências geológicas que demonstram que os répteis viviam em um solo extremamente seco, na região em que hoje se encontra o norte da África.

Paleontólogos ainda acreditam que os Bunostegos foram extintos juntamente com outros animais no evento de extinção em massa – o mesmo que teria eliminado os dinossauros do planeta – devido a razões ainda desconhecidas. Alguns pesquisadores, no entanto, acreditam que as tartarugas sejam descendentes diretos de Pareiassauros.

Por esse motivo, compreender melhor a anatomia e a história evolutiva de animais como o Bunostegos akokanensis é essencial para que pesquisadores conheçam de forma mais completa a diversidade da vida na Terra. Embora a descoberta do novo animal seja considerada como um grande passo para os pesquisadores, paleontólogos dizem que ainda há muito o que descobrir em sítios arqueológicos espalhados pela África.

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