Cientistas descobrem novas criaturas que parecem ter saído de Avatar

09/10/2014 às 04:273 min de leitura

O filme "Avatar", de 2009, surpreendeu a todos com seus efeitos tridimensionais de primeira e criaturas alienígenas impressionantes – embora a história em si seja um tanto clichê. Nele, é possível conferir répteis voadores, dinossauros gigantescos e criaturas híbridas de mais de um animal.

Recentemente, os cientistas encontraram criaturas muito semelhantes às de Avatar. Entre elas, animais metade pato e metade crocodilo; um pterossauro com os mesmos atributos de um pelicano; e dois tiranossauros gigantescos. Essas novas descobertas expandiram o conhecimento da ciência sobre os primeiros habitantes da Terra e inspiraram novas buscas – quem sabe até novos filmes?

Direto do cinema: Indrako Avatar

Essas criaturas voadoras foram descobertas pelos cientistas chineses. Elas são uma espécie de pterossauro que possuía uma bolsa no pescoço, algo semelhante à dos pelicanos. Apesar do tamanho, eles se alimentavam de pequenos peixes de água doce, voavam baixo sobre a água e capturavam as presas com um movimento rápido de suas mandíbulas inferiores.

A bolsa no pescoço também servia para armazenar comida. Assim como no filme de James Cameron, esse pterossauro de mais de 120 milhões de anos possuía um apêndice em sua mandíbula inferior.

“A estrutura da cabeça do Indrako Avatar é semelhante à dos Al Ikran [as criaturas voadoras do filme Avatar]”, confirmou o paleontólogo Xiaolin Wang, do Instituto de Paleantologia de Vertebrados e Paleoantropologia da Academia Chinesa de Ciências, em Pequim. “Mas é óbvio que nada, nem ninguém, podia montá-los”, brinca o cientista.

Os ferozes espinossauros

No deserto do Saara, em Marrocos, os pesquisadores descobriram o espinossauro (Spinosaurus aegyptiacus), um dinossauro que parecia um híbrido entre um pato e um crocodilo, sendo o primeiro dinossauro subaquático já encontrado. Medindo mais de 15 metros e pesando cerca de 20 toneladas, eles conseguiam ser mais perigosos do que o próprio T-Rex e habitavam tanto a água quanto a terra.

Essas criaturas possuíam as patas em forma de remo, um focinho semelhante ao dos crocodilos, tronco e pescoço largos, pernas curtas e quadris estreitos. Os cientistas o consideraram uma espécie de quimera, pois era metade pato e metade crocodilo.

“Trabalhar com esse animal foi como estudar um ‘alien’ de outro espaço: ele é inteiramente diferente de qualquer outro dinossauro que já tinha visto”, revelou o pesquisador Nizar Ibrahim, da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.

Um predador adaptável

Ao analisarem os fósseis, os cientistas perceberam que as adaptações do espinossauro permitiam que ele vivesse sobre a terra e parte do tempo sob a água. Eles tinham narinas no topo da cabeça, o que possibilitava que respirassem enquanto mantinham parte dela submersa. Além disso, as patas dianteira longas e grandes, possuíam membranas que facilitavam o nado e a caminhada sobre terrenos pantanosos.

Os espinossauros também tinham uma gigantesca crista nas costas, parecida com a vela de um barco, que podia chegar até 2 metros de altura. Seus pescoços e troncos longos deslocavam o centro gravitacional do corpo para frente, o que tornava difícil a caminhada sobre as patas traseiras, mas facilitava os movimentos sob a água.

Assim como as primeiras baleias e hipopótamos, o dinossauro tinha uma grande densidade óssea, que permitia sua submersão, em vez de apenas flutuar na água.

Os gigantescos Rukwatitan bisepultus e Dreadnoughtus schrani

Essa nova espécie de titanossauro viveu durante a metade do período Cretáceo, há mais de 100 milhões de anos, na atual Tanzânia. Os membros inferiores do Rukwatitan bisepultus tinham 2 metros de altura e seu corpo podia pesar muito mais que uma família inteira de elefantes. Apesar da aparência assustadora, as criaturas eram herbívoras e utilizavam seus pescoços enormes para alcançar as folhas mais altas.

A descoberta desses dinossauros complementou o achado dos Dreadnoughtus schrani, um bicho gigantesco que possuía 26 metros e quase 65 toneladas. Descoberto no sul da Patagônia, na Argentina, o esqueleto estava com mais de 70% dos ossos completos – sem contar a cabeça.

Segundo os especialistas, essa espécie viveu há 77 milhões de anos. Para se ter uma ideia de sua grandiosidade, é possível comparar seu peso a mais de sete tiranossauros rex juntos e a mais do que um Boeing 737. Segundo Kenneth Lacovara, professor da Universidade Drexel, nos EUA, o fóssil encontrado não era de um animal que havia crescido completamente, portanto essa espécie pode ser ainda maior.

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