
Estilo de vida
15/02/2016 às 09:57•4 min de leitura
Quem nunca emprestou ou pegou dinheiro emprestado? Em momentos de aperto, qualquer ajuda é bem-vinda, e o empréstimo, seja de um amigo ou um familiar, é sempre uma opção para não deixar o nome sujo. No entanto, é preciso estar atento a alguns pontos importantes ligados a qualquer relação que envolva a cessão de dinheiro.
Por isso, apresentamos 10 dicas essenciais para você que vai emprestar dinheiro a alguém. A publicação é baseada em um artigo do site Mental Floss, que traz as visões especializadas de Bruce McClary, Vice-presidente de Comunicação da Fundação Nacional de Aconselhamento de Crédito, e Lynnette Khalfani-Cox, especialista em finanças pessoais. Confira:
Quando alguém te pede dinheiro emprestado, há alguns motivos que fazem você pensar que deve aceitar. Um deles é a sua possível adoração por se sentir generoso, e, nesse caso, a escolha é emocional. Por isso, Khalfani-Cox alerta para que se tome cuidado com isso e seja prudente, seja qual for a decisão. Outra situação é com relação ao medo de que a recusa faça a pessoa parecer menos disposta a ajudar, egoísta ou não tão confiável.
Sobre essa situação, a especialista adverte: “Nenhuma relação deve depender da abertura da pessoa a emprestar dinheiro; e, se um ‘não’ for ferir isso, talvez a amizade não seja tão forte quanto se imaginava”.
O importante em casos que possam abalar a relação é demonstrar que, apesar de não querer emprestar, você se importa com a situação daquela pessoa que pediu a quantia de dinheiro. Sendo assim, é fundamental ser sincero e demonstrar o interesse sugerindo as possíveis alternativas para a questão. Khalfani-Cox recomenda, em uma circunstância que alguém quer dinheiro para comprar uma máquina com o intuito de começar um negócio, por exemplo, diga que não pode ajudar e pergunte se ela já cogitou alugar o equipamento.
Ninguém empresta dinheiro de forma despretensiosa e, logicamente, espera no mínimo reaver a mesma quantia que cedeu. Sendo assim, é importante se garantir com relação a isso, e uma maneira muito interessante é produzindo um acordo escrito. Nesse documento, você pode incluir algumas cláusulas e detalhes da transação, como o montante, o cronograma de reembolso, as possíveis consequências para o caso de o dinheiro não ser devolvido, entre outros. McClary ressalta que fazer um contrato com reconhecimento de firma é melhor para que o acordo se torne válido e mais executável.
Evite problemas em casa. Caso a quantia a ser emprestada seja um valor realmente expressivo, verifique com seu(a) parceiro(a) se ele(a) concorda com isso. Segundo Khalfani-Cox, muitos são os casos de relações estremecidas e atritos criados em função de empréstimos não discutidos. Ela cita até pais que se arrependeram de ceder quantias aos filhos, em função dos conflitos gerados em casa.
Segundo Khalfani-Cox, esse é um dos grandes erros que você pode cometer. Mexer em qualquer fundo de aposentadoria para poder ajudar um parente ou amigo é uma imprudência. Se você precisar fazer uma operação como essa, conscientize-se de que você não possui o dinheiro para emprestar.
Embora a maioria das pessoas próximas não vá emprestar o seu dinheiro para apostar em jogos de azar, elas podem precisar utilizar uma parte dos fundos para outro fim que não o alegado no acordo. Você não deve se debruçar sobre a situação a fim de fiscalizar para saber com o que está sendo gasto. A especialista em finanças pessoais lembra que, se isso ocorrer, provavelmente havia uma boa razão por parte da pessoa devedora e não é sua função controlar os gastos dela.
Além de ser uma exigência do Governo para que não seja considerado um presente e assim aconteça cobrança de taxas indevidas, estabelecer juros mostra o nível de seriedade com o qual você está levando o empréstimo, segundo Bruce McClary. Para fazer isso, você deve se basear nas tarifas federais aplicáveis atuais, mas em valores geralmente menores. Fique atento para a necessidade de ser declarado como rendimento em seu imposto de renda, evitando que seja considerado um presente.
Você deve pensar por que, de tantos amigos e instituições financeiras, mesmo praticando taxas de juros semelhantes, logo você foi o escolhido. Pode ser, inclusive, que você não tenha sido a primeira escolha, e isso com certeza significa alguma coisa. Sendo assim, Khalfani-Cox lembra que o fato de pedir dinheiro emprestado já é um problema, e se um banco possivelmente não aceitou realizar a transação é porque não considerou a pessoa um risco de crédito válido. Logo, se o fato de talvez não receber o dinheiro de volta te causa algum sentimento ruim, repense antes de emprestar qualquer quantia.
McClary recomenda colocar esses detalhes no contrato, mas da forma mais clara e específica possível. Negocie como será feito o retorno: se será de forma parcelada, com o montante fixo, em quanto tempo, o valor inicial emprestado, quanto se espera render ao final do período, se será em dinheiro ou por depósito, entre outros.
A maioria das pessoas tende a tentar ajudar uma situação financeira ruim de um parente ou amigo. Mas você não deve se sentir na obrigação de emprestar dinheiro e pode se negar sem medo. Segundo Khalfani-Cox, o erro é acreditar que a pior situação se desenhará com a sua recusa. “Por exemplo, se o seu irmão lhe pede dinheiro emprestado para pagar a conta do celular para não ter a linha cortada e você recusa, há alguns resultados possíveis. Ele pode pedir ajuda a outra pessoa, conseguir o dinheiro por conta própria, negociar com a operadora de telefonia ou ter mesmo o celular cortado. Ou seja, de quatro possibilidades, três terminam de uma maneira positiva sem você se envolver com o caso”, complementa a especialista.
Você já teve problemas com empréstimo de dinheiro a um parente ou amigo? Conte como a situação foi resolvida no Fórum do Mega Curioso