Artes/cultura
15/10/2022 às 05:00•2 min de leitura
Em algum momento na vida você já deve ter ido ao médico para verificar questões de saúde e precisou "bater um raio X". Muito interessante, o procedimento totalmente indolor permite dar uma olhadinha no nosso esqueleto, possibilitando ver coisas que não podemos enxergar a olho nu.
Mas o que exatamente é o raio X? Como funciona o equipamento e para que serve o resultado?
A radiografia, conhecida popularmente como raio X, nada mais é do que um procedimento no qual se utiliza a radiação em conjunto com certos elementos e equipamentos para gerar uma espécie de fotografia capaz de captar imagens de dentro de corpos sólidos. Isto engloba, é claro, o corpo humano, sendo o raio X uma importante ferramenta utilizada por médicos para diagnosticar pacientes.
Raios X "imprimem" imagem em chapa de acetato. (Fonte: Unsplash)
Utilizando ferramentas que emitem os supracitados raios X, os equipamentos disparam a radiação em direção ao nosso corpo, que absorve parte desses raios em áreas mais densas, como ossos e alguns órgãos. Os demais raios X que não são absorvidos ultrapassam nossa massa, sendo então capturados do outro lado, gerando as imagens impressas em placas de acetato.
Dentre algumas de suas principais utilidades, é possível detectar e visualizar a incidência de alguns tipos de câncer — como o de mama, ao realizar uma mamografia, que é a radiografia das mamas.
Raios X também são comumente utilizados por dentistas e até mesmo nas modernas máquinas de tomografia computadorizada. Em alguns casos, pode ser necessário utilizar diferentes substâncias de contraste, como iodo e bário, para a geração de imagens mais detalhadas de órgãos específicos do corpo humano.
Trabalhadores de uma fábrica tirando raios x na década de 1940. (Fonte: Leonard McCombe/Picture Post/Getty Images)
Embora seja uma ferramenta importantíssima para os profissionais da saúde, nem sempre foi seguro trabalhar com radiografia. Desde a descoberta dos raios X pelo professor Wilhelm Roentgen em 1895, as pessoas envolvidas no procedimento começaram a adoecer e muitas chegaram a morrer de câncer.
Com o passar dos anos, descobriu-se que a radiação emitida pelos equipamentos podia causar sérios problemas de saúde, resultando no maior cuidado com seu uso e a diminuição dos níveis de exposição aos raios X. Além disso, os radiologistas começaram a receber treinamentos de capacitação e segurança muito mais detalhados, reduzindo incidentes de doença e óbito.
O perigo ainda existe, mesmo que em menor escala. É por este motivo, inclusive, que as chapas ou lâminas de acetato usadas na captura das imagens por raios X não podem ser descartadas no lixo comum, pois podem contaminar o ambiente. Afinal, essas chapas podem conter diversos elementos tóxicos compondo a captura, como amônia, metanol, brometo e cromo.