5 fatos interessantes sobre a história do espiritismo

22/10/2022 às 08:003 min de leitura

O movimento espiritualista moderno (ou simplesmente espiritismo, como é mais chamado no Brasil), que começou a florescer no fim do século XIX, centraliza-se na crença da existência da vida após a morte, na qual os falecidos poderiam se comunicar com os vivos.

Logo foram surgindo várias pessoas que trabalhavam como médiuns e seriam responsáveis por fazer esta comunicação. Por outro lado, houve um levante de uma grande quantidade de céticos que faziam críticas pesadas ao espiritismo e tentavam expor o que seriam armações dos participantes desta crença. 

Neste texto, apresentamos cinco fatos históricos fascinantes sobre o espiritismo, muito forte aqui no Brasil.

1. 31 de março de 1848 é o marco inicial do espiritismo moderno

(Fonte: Camp Chesterfield Collection)(Fonte: Camp Chesterfield Collection)

O dia 31 de março é considerado o marco inicial dos fenômenos que deram início à doutrina espírita moderna. Um pouco antes disso, na cidade de Hydesville, no estado da Nova York, uma família começou a notar alguns barulhos estranhos em sua casa. Por vezes, eram simples batidas, mas também ouviam o som de móveis sendo arrastados.

Os barulhos se tornaram habituais, e no dia 31 de março, pareciam ser insuportáveis. As camas das duas filhas da família, Kate e Margaret, chegavam a tremer. Neste dia, elas se recolheram mais cedo. Ao ouvir os sons, Kate, com medo, perguntou a algum ente invisível o que ela deveria fazer, e bateu palmas. E ouviu uma resposta, com o mesmo número de palmas.

Esta data ficou conhecida também como Hydesville Day, e a partir daí as irmãs teriam começado a se comunicar com os mortos. 

2. Acredita-se que o espiritismo tenha relação com o grande número de mortes em guerras

(Fonte: ilbusca/Getty Images)(Fonte: ilbusca/Getty Images)

Alguns historiadores defendem que o espiritismo começou a chamar mais a atenção depois de uma série de guerras que impactaram a América e a Europa – em especial, a Guerra Civil Americana e a Primeira Grande Guerra Mundial. O alto número de homens mortos em batalha foi um trauma tão grande que seus parentes teriam começado a procurar evidências de vida após a morte para obter algum conforto.

Além destas guerras, a pandemia de gripe de 1918 teria ainda, ao longo de dois anos, matado 50 milhões de pessoas no mundo todo. Tudo isto estaria entre as razões para o renascimento do espiritismo na década de 1920.

3. A Sociedade de Pesquisa Psíquica surge para investigar fenômenos sobrenaturais

(Fonte: Canterbury)(Fonte: Canterbury)

Uma das reações ao espiritismo foi a fundação em 1882, em Londres, da Sociedade de Pesquisa Psíquica, formada por cientistas e filósofos que queriam investigar fenômenos tidos como sobrenaturais a partir do rigor científico.

A sociedade realizou pesquisas sobre casos de telepatia, clarividência, aparições e assombrações. Em seus relatórios, eles mencionavam os casos que eram fraudes e alguns que pareciam legítimos.

4. O espiritismo gerou a ideia do ectoplasma

(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)

O espiritismo estava interessado não apenas na comunicação com os mortos, mas também nas manifestações físicas geradas neste contato. Isto ocasionou o aumento de episódios envolvendo "ectoplasma", um termo criado pelo pesquisador Charles Richet na década de 1890.

A palavra vem do grego ektos, que quer dizer "externo", e plasma, que significa "algo moldado ou formado". O termo ectoplasma é usado para definir a energia espiritual "externizada" pelos médiuns. No entanto, a existência do ectoplasma nunca foi confirmada pela ciência.

5. Thomas Edison queria se comunicar com os mortos

(Fonte: Underwood Archives/Getty Images)(Fonte: Underwood Archives/Getty Images)

Thomas Edison, o famoso inventor da lâmpada, tinha muito interesse pelo espiritismo. Ele buscou analisar a doutrina por uma perspectiva científica e desenvolveu um plano para criar uma espécie de "telefone espiritual" para estabelecer a comunicação com os mortos.

“Estou construindo um aparato para ver se é possível que personalidades que deixaram esta terra se comuniquem conosco. Se isso for realizado, será realizado não por nenhum meio oculto, mistificador, misterioso ou estranho, como os empregados pelos chamados médiuns, mas por métodos científicos", declarou o inventor a B. C. Forbes, fundador da revista Forbes.

Ele acreditava que a energia das coisas vivas existia em "enxames" que poderiam passar a outros receptáculos depois que uma pessoa morria. Ainda que o telefone não tenha funcionado, ele nunca descartou a ideia da comunicação com os mortos e da existência da vida após a morte.

“Não posso mais duvidar da existência de uma inteligência maior que está executando as coisas", comentou para a Forbes.

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