Estilo de vida
13/02/2020 às 03:00•2 min de leitura
Você bate o dedo no interruptor, acende o abajur e nem lembra que muito tempo atrás, iluminar a casa não era exatamente tão simples e automático assim. Provavelmente você aprendeu que o homem responsável por facilitar a nossa vida foi Thomas Edison, o famoso inventor da lâmpada, mas a história é um pouquinho mais complexa.
Antes dele levar os louros da fama, cientistas esquecidos deram os primeiros passos e inventaram os protótipos do que conhecemos hoje como lâmpada. Conheça alguns deles:
Um dos primeiros dispositivos que forneceram uma fonte confiável de eletricidade foi desenvolvido pelo italiano Alessandro Volta em 1800. Sim, a unidade de medição de tensão elétrica, ou “volts”, é em homenagem a ele. Foi Volta que inventou a chamada “pilha voltaica”, uma bateria primitiva que utilizava cobre, zinco, papelão e água salgada. O dispositivo quando envolvido com fio de cobre em cada uma das extremidades, conduzia eletricidade.
Seis anos depois a invenção de Volta, o inglês Humpry Davy utilizou uma bateria como a do italiano para produzir uma corrente confiável e exibiu a primeira lâmpada em arco elétrico. Elas geravam luz por meio de eletrodos ao ar livre que ionizavam gás. Apesar de queimar com rapidez no uso doméstico, elas foram muito usadas em espaços públicos.
Em 1835, o escocês James Bowman Lindsay mostrou que a luz elétrica constante era possível com filamento de cobre e, nos 40 anos seguintes, as pesquisas foram direcionadas a encontrar materiais adequados para manter a lâmpada acesa o maior tempo possível.
Em 1840, o britânico Warren de la Rue optou por usar filamento de platina por causa do seu alto ponto de fusão e porque poderia tolerar grandes quantidades de eletricidade e brilho sem em explodisse em chamas com a alta temperatura.
De la Rue utilizou platina, mas ela encarecia os protótipos - Foto: Wikimedia Commons
Apesar da boa ideia, a platina era cara para a produção comercial, então, apesar da boa teoria, ela foi prejudicada pelo alto custo.
Os estudos do britânico Joseph Swan sobre os problemas da iluminação incandescente no que diz respeito a relação custo-benefício iniciaram em 1850. E no decorrer dos anos seguintes ele tentou alternativas mais baratas. Em 1869 patenteou um projeto com fios de algodão, mas não era muito útil. Em 1879, desenvolveu uma lâmpada com filamento de algodão embebido em ácido e selado a vácuo em uma lâmpada de vidro. Depois de um tempo, descobriu os problemas e a inutilidade do protótipo, mas continuou experimentando.
Pouco tempo depois do fracasso da lâmpada de Swan, Thomas Edison, que já trabalhava nos mesmos problemas desenvolveu uma lâmpada com filamento de platina que funcionava por 40 minutos antes de queimar.
A partir daí e com muitas outras tentativas antes, a lâmpada foi sendo desenvolvida, evoluindo até a que conhecemos hoje. Thomas Edison patenteou e levou a fama, mas muitos outros trabalharam para que hoje a luz esteja ao alcance de um toque no interruptor.