Estilo de vida
25/10/2022 às 12:00•2 min de leitura
O desemprego no Brasil tem se mantido alto nos últimos anos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país alcançou o número de 10,1 milhões de desempregados no 2º trimestre de 2022, equivalendo a uma taxa de 9,3%.
Para entender como se chega ao número de desempregados, é preciso entender alguns conceitos importantes como desemprego e força de trabalho.
(Fonte: Shutterstock)
Para o IBGE, é entendida como desempregada a pessoa que tem idade para trabalhar – a partir de 14 anos – e não está trabalhando, mas que está procurando emprego e tem disponibilidade para trabalhar.
Como se percebe, não basta a pessoa não estar empregada para ser considerada desempregada. Há situações em que a pessoa não está trabalhando porque não pode – como é o caso de estudantes em tempo integral – ou porque não procurou emprego, classificadas como desalentadas.
Para o termo “desemprego”, o órgão usa a nomenclatura “desocupação”, por entender ser mais adequado, já que um empreendedor não pode ser considerado empregado, porém está ocupado, por exemplo.
(Fonte: Getty Images)
A força de trabalho é a pessoa que quer efetivamente trabalhar, estando ocupada ou não. O IBGE divide a população que está em idade de trabalhar em “pessoas na força de trabalho” e “pessoas fora da força de trabalho”.
As pessoas que estão na força de trabalho são tanto as ocupadas quanto as desocupadas.
Já os indivíduos fora da força de trabalho são aqueles classificados como "força de trabalho potencial" (pessoas que não estão trabalhando, mas têm potencial para serem incorporadas) ou como "fora da força de trabalho potencial", pessoas que não podem ser integradas à força de trabalho, como a dona de casa que não trabalha fora.
O IBGE utiliza os padrões e a metodologia definidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A apuração é feita através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a Pnad Contínua, que acompanha trimestralmente a evolução da força de trabalho e gera informações que servirão de base para vários estudos.
Em sua metodologia, o IBGE divide a população entre aqueles que têm idade para trabalhar e quem não tem. Os que podem trabalhar são subdivididos em dois grupos: as pessoas que fazem parte da força de trabalho e aquelas que estão fora da força de trabalho.
Portanto, para que se possa determinar o número de desocupados, ou seja, de desempregados, é preciso retirar da conta todos aqueles que estão ocupados e os que estão fora da força de trabalho. Confira o quadro a seguir:
(Fonte:IBGE/Divulgação)
A Pnad Contínua é um dos principais índices para medir o desemprego, principalmente por trazer informações sobre os trabalhadores informais, pessoas que acabam ficando “invisíveis” diante de outros métodos.