Artes/cultura
18/11/2022 às 04:00•2 min de leitura
Em parceria com o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, especialistas da Universidade de Harvard lançaram tours virtuais com passeios pelos principais monumentos históricos do país oriental. Um dos destaques fica por conta da exposição tridimensional das Pirâmides de Gizé, que chama a atenção pela fidelidade com o modelo original, diversos pontos de interesse e ângulos de visualização, e o comodismo de conhecer o marco diretamente de sua casa.
Com o propósito de promover o turismo egípcio em todo o país e aumentar a consciência do povo local sobre sua própria civilização, o projeto Gizé Digital foi disponibilizado como uma experiência única de visitação. De longe, entusiastas podem aprender mais sobre esculturas, pinturas, arquitetura antiga e diversos artefatos marcantes que estão abrigados em salões, locais subterrâneos, templos e outras inúmeras estruturas.
No site oficial, é possível passear pelas três pirâmides — Quéops, Quéfren e Miquerinos —, pela Esfinge supostamente construída durante o reinado de Quéfren (2575 a.C. – 2465 a.C.) e pelos túmulos de Meresankh III e Menna. Cada cenário conta com uma perspectiva onde o visitante é capaz de girar tridimensionalmente para a direção desejada, bem como observar as paisagens de fora ou em seus interiores.
Além disso, descrições trazem informações adicionais e oficiais sobre os conteúdos das esculturas. Esses dados vão desde datas até referências a importantes nomes da construção histórica egípcia, como Hetepheres II, Khufukhaf, Qar e muitos outros. Vale reforçar que essa exposição é gratuita e é compatível com os principais navegadores, não exigindo a realização de login ou inserção de quaisquer dados cadastrais.
Assista abaixo um vídeo sobre o tour:
Com aproximadamente 20 túmulos e monumentos em detalhes e centenas ainda planejadas para digitalização, o projeto de Harvard permite que os visitantes vejam, explorem e interajam com as Pirâmides e seus cemitérios e assentamentos ao redor — tudo a partir de um computador ou outro dispositivo digital. Inaugurada em 2011, a iniciativa conta com o suporte de diversas outras universidades pelo mundo, bem como o de curadores do Museu de Belas Artes de Boston, a Fundação Andrew W. Mellon, o Museu Egípcio da Universidade de Leipzig e várias outras galerias de pesquisadores da Europa, América e África
Com base em banco de dados e no uso de tecnologias de ensino e modelagem, os especialistas construíram o maior acervo digital do mundo focado nas Pirâmides de Gizé. Através de um poderoso software de armazenamento, foi possível não somente hospedar mais de 150.000 arquivos e registros presentes em coleções mundiais desde o século XIX, mas também realizar conexões por meio de artefatos, documentos e outros tipos de relíquias.
"Também continuamos a explorar e desenvolver novas formas de vivenciar a antiga Gizé interativamente, incluindo aplicativos de realidade virtual e aumentada, digitalização 3D e impressão de artefatos antigos e iniciativas de ensino online", concluem os idealizadores do projeto.