Estilo de vida
11/01/2024 às 02:00•2 min de leitura
Você já parou para pensar em que ano estamos? Parece uma pergunta simples, mas a resposta pode variar dependendo do calendário que você segue. Enquanto o calendário gregoriano é o mais comum, e nos coloca no ano de 2024, há uma infinidade de outros calendários ao redor do mundo que contam o tempo de maneiras únicas e fascinantes.
O calendário gregoriano, introduzido por Papa Gregório XIII em 1582, é amplamente utilizado internacionalmente. Mas e se mergulharmos em outras culturas e religiões? Será que teremos datas parecidas ou a realidade é bem diferente?
Os calendários são antigos na história da humanidade. (Fonte: Getty Images)
Ao explorarmos os diferentes tipos de calendários, percebemos que existem três principais categorias: solar, lunar e lunissolar. Os calendários solares baseiam-se na rotação da Terra ao redor do Sol. Já os lunares focam nas fases da lua, enquanto os lunissolares buscam combinar ambas as influências.
A China, por exemplo, utiliza no seu dia a dia o calendário gregoriano (que é solar) como base, porém utiliza também o calendário chinês (lunissolar) para eventos e celebrações culturais. Seguindo este, estaríamos entre o ano de 4721 e 4722 — isso porque o ano de 4719 vai até o dia 9 de fevereiro de 2024.
Já o calendário bizantino, com seus 7532 anos e baseado no calendário juliano (em homenagem ao imperador Júlio César), inicia o ano em setembro, proporcionando uma perspectiva diferente (e curiosa) da passagem do tempo. O calendário etíope, derivado do egípcio, nos coloca no ano 2016, o que é um regresso de sete a oito anos em relação ao gregoriano.
Várias civilizações, como os maias, criaram seus próprios métodos para padronizar a contagem do tempo. (Fonte: Getty Images)
Aspectos religiosos, culturais e históricos são responsáveis, em grande parte, por iniciar a contagem dos anos no calendário de um povo.
Os calendários judaico (ou hebraico) e islâmico, com anos representando marcos religiosos, nos transportam para o ano 5784 e 1445, respectivamente. Enquanto o judaico conta desde a criação do mundo (seguindo a Bíblia, partindo de Adão e Eva), o islâmico tem como referência a chegada do profeta Maomé a Medina, após sua fuga de Meca, em 622 d.C.
Indo para o Oriente, temos na terra do sol nascente o calendário japonês, baseado nas eras nomeadas pelos imperadores, o que nos posiciona no ano Reiwa 5 (a Era Reiwa teve início em 2019, quando Nahurito se tornou imperador).
A populosa Índia utiliza diversos calendários, entre eles o calendário nacional indiano (Saka Samvat), marcando o ano de 1945, o calendário Vikram Samvat, hoje situado no ano 2080, e também o gregoriano.
Há também o calendário budista, adotado em países como Camboja e Tailândia, que inicia seu ano em abril e tem como marco inicial o nascimento de Buda, ocorrido em 563 a.C., o que nos coloca atualmente no ano 2567.