Imagem de 80 anos de História e lutas separam estas fotos do Portão de Brandemburgo no megacurioso

Voc&ecirc; certamente j&aacute; ouviu falar sobre o ic&ocirc;nico <a href="https://www.megacurioso.com.br/turismo-e-viagens/36717-conheca-7-caracteristicas-bacanas-de-berlim.htm" target="_blank" title="Conhe&ccedil;a 7 caracter&iacute;sticas bacanas de Berlim">Port&atilde;o de Brandemburgo</a>, n&atilde;o &eacute; mesmo? Situado em Berlim, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/44723-proxima-parada-alemanha-prepare-se-para-conhecer-esse-majestoso-pais.htm" target="_blank" title="Pr&oacute;xima Parada: Alemanha: prepare-se para conhecer esse majestoso pa&iacute;s">Alemanha</a>, ele consiste em uma antiga porta de entrada para a cidade constru&iacute;da no s&eacute;culo 18 e que funciona como uma esp&eacute;cie de Arco do Trinfo &mdash; como muitos que existem pela Europa. Veja uma foto:
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/11/portao-de-brandemburgo-11110532660474.jpg" alt="Port&atilde;o de Brandemburgo" />(Wikimedia Commons/Thomas Wolf)
<h2>S&iacute;mbolo</h2>
Essa estrutura, como voc&ecirc; viu na imagem acima, &eacute; coroada pela impressionante est&aacute;tua de uma &ldquo;quadriga&rdquo; &mdash; uma biga puxada por quatro cavalos &mdash; conduzida por Irene,&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110411-10-fatos-que-voce-ainda-nao-sabe-sobre-a-mitologia-grega.htm" target="_blank" title="10 fatos que voc&ecirc; ainda n&atilde;o sabe sobre a mitologia grega">deusa grega</a> da paz. Nem precisamos falar que o Port&atilde;o de Brandemburgo foi palco de in&uacute;meros eventos hist&oacute;ricos, n&eacute;? Foi para l&aacute; que, em janeiro de 1933, os nazistas se dirigiram para celebrar a ascens&atilde;o de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/107317-25-fatos-sobre-adolf-hitler-uma-das-figuras-mais-odiadas-da-historia.htm" target="_blank" title="25 fatos sobre Adolf Hitler &mdash; uma das figuras mais odiadas da Hist&oacute;ria">Adolf Hitler</a> como Chanceler do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109594-conheca-5-curiosidades-sobre-o-terceiro-reich.htm" target="_blank" title="5 curiosidades sobre o Terceiro Reich">Terceiro Reich</a>&nbsp;e&nbsp;foi no topo dele que a bandeira sovi&eacute;tica ficou hasteada de 1945 at&eacute; 1957, depois que a Alemanha saiu derrotada da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110197-10-aleatoriedades-interessantes-relacionadas-com-guerras-e-conflitos.htm" target="_blank" title="10 aleatoriedades interessantes relacionadas com guerras e conflitos">2&ordf; Guerra Mundial</a>.
Tamb&eacute;m foi no Port&atilde;o de Brandemburgo que, junho de 1987, o ent&atilde;o presidente norte-americano Ronald Reagan fez um acalorado discurso pedindo que o port&atilde;o (s&iacute;mbolo que dividia a Alemanha em duas) fosse aberto. E foi l&aacute; que mais de 100 mil pessoas, em 1989, celebraram a queda do <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/85737-10-curiosidades-sobre-a-construcao-e-a-queda-do-muro-de-berlim.htm" target="_blank" title="10 curiosidades sobre a constru&ccedil;&atilde;o e a queda do Muro de Berlim">Muro de Berlim</a>&nbsp;e mais de 130 mil se reuniram para prestar homenagem &agrave;s v&iacute;timas do massacre que aconteceu na boate Pulse, de Orlando, em 2016.
Enfim, esses foram alguns dos eventos que atra&iacute;ram multid&otilde;es ao Port&atilde;o de Brandemburgo e, como voc&ecirc; deve ter percebido, a grande maioria das manifesta&ccedil;&otilde;es ocorridas por l&aacute; tem cunho pac&iacute;fico. N&atilde;o &agrave; toa, o local se transformou em um dos monumentos mais importantes da Alemanha e um &iacute;cone associado &agrave; unifica&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s e da Europa, bem como um s&iacute;mbolo da liberdade e toler&acirc;ncia. E a imagem a seguir, composta por duas fotos capturadas em um intervalo de apenas 80 anos, traduz exatamente isso. Confira:
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/11/portao-de-brandemburgo-11110822315479.jpg" alt="Port&atilde;o de Brandemburgo" />(Twisted Sifter/Reddit/simple163)
De acordo com o pessoal do site Twisted Sifter, a foto na parte superior da imagem foi registrada em 1938, e a gente nem precisa explicar o que estava acontecendo ali, n&eacute;? J&aacute; a segunda foi capturada em 2018, durante uma celebra&ccedil;&atilde;o da comunidade judaica em Berlim. O contraste entre as duas &eacute; simplesmente impressionante.
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80 anos de História e lutas separam estas fotos do Portão de Brandemburgo

Imagem de Conheça o caso do homem que se transformou em atração do Zoológico do Bronx no megacurioso

Pigmeu foi mantido em cativeiro em Nova York e foi visitado por milhares de pessoas no início do século 20

Existem algumas hist&oacute;rias que s&atilde;o simplesmente inacredit&aacute;veis &mdash; como esta, que vamos contar para voc&ecirc; a seguir. Trata-se do revoltante e tr&aacute;gico caso de Ota Benga, um pigmeu que, no in&iacute;cio do s&eacute;culo 20, se transformou em uma das principais atra&ccedil;&otilde;es do Zool&oacute;gico do Bronx. Sim, caro leitor, um homem, de carne e osso, que chegou a ser enjaulado e exposto para matar a curiosidade de milhares de visitantes.
A saga de Ota Benga pelos EUA come&ccedil;ou em 1904, depois que ele e outros oito pigmeus foram levados da &Aacute;frica at&eacute; St. Louis, no Missouri, para participar de uma famosa exibi&ccedil;&atilde;o, a World&rsquo;s Fair. O grupo participou em uma mostra sobre a evolu&ccedil;&atilde;o humana chamada &ldquo;Os Selvagens Permanentes do Mundo&rdquo; e estava sob a cust&oacute;dia de Samuel Verner &mdash; um ex-mission&aacute;rio e autoproclamado explorador norte-americano &mdash;, que havia passado uma temporada na &Aacute;frica.
<h2>"Selvagens" no Novo Mundo</h2>
O objetivo da mostra em St. Louis era demonstrar como os seres humanos haviam evolu&iacute;do com o tempo &mdash; da selvageria &agrave; civilidade &mdash;, e os organizadores precisavam de &ldquo;selvagens&rdquo; para provar o quanto a sociedade ocidental havia progredido. Verner encontrou Ota Benga e seus companheiros no Congo e n&atilde;o se sabe ao certo como, exatamente, o norte-americano fez para convencer o grupo a acompanh&aacute;-lo at&eacute; os Estados Unidos.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/04/14/14183459171143.jpg" />Ota Benga &eacute; o segundo da esquerda para a direita
Segundo a vers&atilde;o de Verner, Ota Benga se mostrou mais do que feliz com a oportunidade de seguir o explorador at&eacute; os EUA. No entanto, a maioria dos historiadores acredita que os africanos provavelmente sequer tinham consci&ecirc;ncia do que estava acontecendo e que eles foram, na verdade, sequestrados pelo norte-americano.
O fato &eacute; que, embora os africanos n&atilde;o falassem uma &uacute;nica palavra de ingl&ecirc;s e parecessem perplexos com a sua situa&ccedil;&atilde;o, o grupo fez um tremendo sucesso durante a World&rsquo;s Fair. Eles demonstraram suas habilidades &ldquo;primitivas&rdquo; construindo abrigos e empregando o arco e flecha, e, quando o evento chegou ao fim, todos voltaram para a &Aacute;frica. Todos menos Ota Benga.
<h2>Atra&ccedil;&atilde;o revoltante</h2>
O sucesso da exibi&ccedil;&atilde;o em St. Louis chamou aten&ccedil;&atilde;o de William Temple Hornaday, um renomado zoologista norte-americano e fundador do Zool&oacute;gico do Bronx. Interessado em atrair o p&uacute;blico ao estabelecimento rec&eacute;m-inaugurado, em um primeiro momento, Hornaday prop&ocirc;s uma parceria com Verner para aproveitar a fama de Ota Benga, e a ideia era que o africano perambulasse pelo zool&oacute;gico, como uma esp&eacute;cie de atra&ccedil;&atilde;o itinerante.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/04/14/14183819796153.jpg" />Ota Benga e os demais africanos de seu grupo
No in&iacute;cio, Ota Benga recebeu alojamento e podia caminhar pelo local livremente, e as coisas se mantiveram assim at&eacute; que a sua presen&ccedil;a come&ccedil;ou a atrair cada vez mais visitantes. Ent&atilde;o, Hornaday passou a encorajar o africano a ca&ccedil;ar esquilos com seu arco e flecha e a pedir que os guardas do zool&oacute;gico colocassem o pigmeu em uma jaula &mdash; onde ele dividia espa&ccedil;o com primatas.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/04/14/14183548046146.jpg" />Ilustra&ccedil;&atilde;o de Ota Benga criada na &eacute;poca em que ele era atra&ccedil;&atilde;o do zool&oacute;gico
Com isso, mais e mais pessoas come&ccedil;aram a ir ao zool&oacute;gico para ver o selvagem, e a jaula onde Ota Benga ficava inclusive ganhou uma placa de identifica&ccedil;&atilde;o! Segundo as informa&ccedil;&otilde;es sobre o &ldquo;esp&eacute;cime&rdquo; em exposi&ccedil;&atilde;o, ele tinha uma idade estimada em 23 anos, media por volta de 1,5 metro de altura e pesava pouco mais de 45 quilos. Al&eacute;m disso, a mostra tinha como prop&oacute;sito apresentar ao p&uacute;blico de Nova York os conceitos de evolu&ccedil;&atilde;o e da teoria das ra&ccedil;as humanas.
<h2>Aprisionado</h2>
A fama de Ota Benga foi crescendo, e milhares de visitantes foram at&eacute; o zool&oacute;gico exclusivamente para ver o pigmeu &mdash; for&ccedil;ado a ficar &mdash; no interior da jaula. Ele passou semanas inteiras sentado em um banco ou sobre um tapete e tinha que brincar com um papagaio e algumas quinquilharias diante das multid&otilde;es.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/04/14/14183655733147.jpg" />Zool&oacute;gico do Bronx no in&iacute;cio do s&eacute;culo 20
Uma das pessoas a ir at&eacute; o zool&oacute;gico foi o Reverendo James Gordon &mdash; que ficou horrorizado com a hist&oacute;ria do pigmeu que era mantido enjaulado e foi at&eacute; l&aacute; para conferir esse absurdo com os pr&oacute;prios olhos. O religioso insistiu em diversas ocasi&otilde;es que Hornaday o deixasse levar Ota Benga embora, mas, como a presen&ccedil;a do africano era muito lucrativa, os pedidos foram negados.
Por fim, Gordon conseguiu convencer Hornaday a tirar Ota Benga da jaula e a permitir que o africano voltasse a ter livre acesso para se mover pelo zool&oacute;gico. Por&eacute;m, as coisas n&atilde;o deram muito certo. O pigmeu passou a ser seguido pelos visitantes, que inclusive o abordavam e o cutucavam com gravetos. Como &eacute; compreens&iacute;vel, o africano come&ccedil;ou a responder com agressividade.
<h2>Desfecho tr&aacute;gico</h2>
N&atilde;o demorou at&eacute; que representantes negros de grupos religiosos de Nova York se organizassem e come&ccedil;assem &mdash; com raz&atilde;o! &mdash; a protestar contra o cativeiro de Ota Benga. Lembramos que tudo isso aconteceu apenas 40 anos ap&oacute;s a aboli&ccedil;&atilde;o da escravatura nos EUA, quando a situa&ccedil;&atilde;o entre brancos e negros ainda era pra l&aacute; de tumultuosa, ent&atilde;o imagine se as coisas n&atilde;o come&ccedil;aram a ficar bem complicadas para o pessoal do zool&oacute;gico.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/04/14/14183749499151.jpg" />Pobre Ota Benga
Depois de muita tens&atilde;o, Hornaday concordou em liberar Ota Benga, e o rapaz foi levado para viver em uma institui&ccedil;&atilde;o para &oacute;rf&atilde;os negros mantida por Gordon. Na verdade, tudo o que o reverendo queria era dar ao africano todo o apoio e a oportunidade para que ele pudesse se adaptar &agrave; vida nos EUA e viver como um cidad&atilde;o livre.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/04/14/14183855733154.jpg" />O africano nunca conseguiu se adaptar &agrave; vida nos EUA
Alguns anos depois, Ota Benga foi morar na Virg&iacute;nia, na casa de uma vi&uacute;va e seus filhos. O rapaz chegou a frequentar a escola e at&eacute; encontrou trabalho em uma f&aacute;brica de tabaco. No entanto, parece que o projeto do reverendo Gordon n&atilde;o deu muito certo, pois, quando o africano tinha 32 anos de idade, ele roubou uma arma, se trancou em um barrac&atilde;o que havia diante de onde ele morava e cometeu suic&iacute;dio.
*Publicado em 14/4/2016

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Conheça o caso do homem que se transformou em atração do Zoológico do Bronx

Imagem de Direitos Humanos: 70 anos da declaração da ONU e a polêmica no Brasil no megacurioso

Por que humanos brasileiros acham que os direitos humanos só servem para os bandidos?

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/101610-10-ideias-equivocadas-que-as-pessoas-tem-sobre-a-segunda-guerra-mundial.htm" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> foi o <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/39134-conheca-5-das-batalhas-mais-sangrentas-da-segunda-guerra-mundial.htm" target="_blank">pior conflito da hist&oacute;ria da humanidade</a>, acarretando na morte de ao menos 50 milh&otilde;es de pessoas em diferentes pa&iacute;ses. Logo ap&oacute;s o fim do conflito, em 1945, foi fundada a Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU), com o intuito de prevenir o mundo de outra guerra semelhante. Na &eacute;poca, 51 pa&iacute;ses aderiram &agrave; organiza&ccedil;&atilde;o, hoje j&aacute; s&atilde;o 193.
Uma das primeiras e maiores a&ccedil;&otilde;es da ONU foi a divulga&ccedil;&atilde;o, em 10 de dezembro de 1948, da Declara&ccedil;&atilde;o Universal dos Direitos Humanos (DUDH), que foi criada por diferentes autores, mas, principalmente, pelo jurista canadense John Peters Humphrey. Ainda que n&atilde;o tenha o respaldo de ser uma lei, a DUDH serve como diretriz para que os pa&iacute;ses criem artif&iacute;cios que promovam os direitos humanos b&aacute;sicos &ndash; a Constitui&ccedil;&atilde;o brasileira de 1988 &eacute; um desses frutos.
Para o <a href="http://www.buffalo.edu/ubnow/stories/2015/12/qa_welch_udhr.html" target="_blank">cientista pol&iacute;tico Claude Welch</a>, a DUDH &eacute; um dos documentos mais importantes do s&eacute;culo XX, tendo sido o mais traduzido &ndash; ela est&aacute; no Guinness Book por j&aacute; ter vers&otilde;es em ao menos 508 l&iacute;nguas, <a href="https://www.ohchr.org/EN/UDHR/Pages/Language.aspx?LangID=por" target="_blank">leia em portugu&ecirc;s neste link</a>. &ldquo;A DUDH provou ser uma base extraordinariamente flex&iacute;vel para o cont&iacute;nuo aprofundamento do pr&oacute;prio conceito de direitos humanos&rdquo;, explica o professor.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/10/eleanor-roosevelt-10195708412326.jpg" alt="Eleanor Roosevelt" />Eleanor Roosevelt segura um cartaz com a Declara&ccedil;&atilde;o Universal dos Direitos Humanos
<h2>Um breve hist&oacute;rico dos direitos humanos</h2>
A Declara&ccedil;&atilde;o Universal dos Direitos Humanos completou 70 anos nesta segunda-feira &ndash; algo curioso, visto que a humanidade est&aacute; circulando pela Terra h&aacute; milhares de anos. Antes de ela ser escrita e divulgada, outros documentos importantes tentaram assegurar os direitos humanos de toda a popula&ccedil;&atilde;o.
A <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/47987-magna-carta-danificada-e-lida-pela-primeira-vez-em-283-anos.htm" target="_blank" title="Magna Carta danificada &eacute; lida pela primeira vez em 283 anos ">Magna Carta</a>, de 1215, imp&ocirc;s limites &agrave; monarquia da Inglaterra, que enfrentava conflitos com a Igreja Cat&oacute;lica e com grandes bar&otilde;es da &eacute;poca. A Declara&ccedil;&atilde;o dos Direitos do Homem e do Cidad&atilde;o, de 1789, &eacute; um dos resultados da Revolu&ccedil;&atilde;o Francesa e estabelecia os direitos individuais e coletivos dos franceses. Esta &uacute;ltima saiu no mesmo ano da Declara&ccedil;&atilde;o dos Direitos dos Estados Unidos, que &eacute; como s&atilde;o conhecidas as 10 primeiras emendas da Constitui&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s.
Aqui no Brasil, podemos destacar a Lei &Aacute;urea, de 1888, que foi assinada pela Princesa Isabel e extinguiu a escravid&atilde;o no pa&iacute;s. Ainda que muitos questionem a efetividade dessa lei, na teoria ela deveria ter libertado todos os trabalhadores em regime escravo, que eram predominantemente negros.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/10/direitos-humanos-10195845486328.jpg" alt="direitos humanos" />Direitos humanos, direitos de todos
<h2>Por que os direitos humanos geram tanta pol&ecirc;mica no Brasil?</h2>
A DUDH &eacute; um documento com 30 artigos que tentam determinar que todos os seres humanos merecem um tratamento digno e igualit&aacute;rio. O artigo 3&ordm;, por exemplo, fala que &ldquo;todo indiv&iacute;duo tem direito &agrave; vida, &agrave; liberdade e &agrave; seguran&ccedil;a pessoal&rdquo;. J&aacute; o artigo 10&ordm; fala que &ldquo;toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a que sua causa seja equitativa e publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial, que decida dos seus direitos e obriga&ccedil;&otilde;es ou das raz&otilde;es de qualquer acusa&ccedil;&atilde;o em mat&eacute;ria penal que contra ela seja deduzida&rdquo;.
Ou seja, por mais que uma pessoa descumpra o artigo 3&ordm; e acabe atentando contra a vida de um semelhante, a DUDH garante que ela tenha um julgamento justo e imparcial. Aqui no Brasil, muita gente pensa que, por isso, os direitos humanos s&oacute; privilegiam os bandidos, o que &eacute; de uma desinforma&ccedil;&atilde;o gigantesca. E desinforma&ccedil;&atilde;o &ndash; ou fake news, como preferir &ndash; &eacute; a maior arma de pessoas de m&aacute;-f&eacute; que manipulam a opini&atilde;o alheia distorcendo os fatos.
Outros direitos b&aacute;sicos citados DUDH incluem o direito &agrave; propriedade, &agrave; nacionalidade, &agrave; liberdade de pensamento e de religi&atilde;o, ao trabalho, ao descanso, ao lazer, &agrave; sa&uacute;de, ao bem-estar, &agrave; educa&ccedil;&atilde;o etc. Todos esses direitos, como voc&ecirc;s podem deduzir, n&atilde;o s&atilde;o &ldquo;direitos de bandidos&rdquo;, mas sim direitos de todos. E cabe a n&oacute;s cobrarmos para que direitos humanos sejam respeitados por todos os governos e por todas as autoridades mundiais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/10/charge-10200229747330.jpg" alt="charge" />
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Direitos Humanos: 70 anos da declaração da ONU e a polêmica no Brasil

Imagem de Confira um tenso embate entre jovem leão e um clã hienas famintas no megacurioso

A natureza pode ser implac&aacute;vel &mdash; e &ldquo;Red&rdquo;, o jovem le&atilde;o protagonista do dram&aacute;tico embate que voc&ecirc; poder&aacute; assistir logo mais, por pouco n&atilde;o se tornou v&iacute;tima da improd&ecirc;ncia e da pr&oacute;pria falta de experi&ecirc;ncia. De acordo com o narrador da hist&oacute;ria, o ilustre Sir David Attenborough, um dos naturalistas mais respeitados do mundo, as cenas foram capturadas pela equipe da <a href="https://www.bbcearth.com/dynasties/" target="_blank">BBC</a> depois que o felino (um adolescente descuidado!) resolveu sair sozinho para explorar os limites de sua alcateia.
<h2>Momentos de apreens&atilde;o</h2>
O problema &eacute; que, durante sua aventura, Red acabou invadindo o territ&oacute;rio das hienas e se viu rodeado por um grupo com mais de 20 delas. Todas famintas. Normalmente, no &ldquo;mano a mano&rdquo;, as hienas n&atilde;o s&atilde;o p&aacute;reo para os le&otilde;es, n&atilde;o. No entanto, segundo Sir Attenborough, Red deu o azar de adentrar sozinho em um cl&atilde; &mdash; que se deu conta de que o felino se encontrava em desvantagem, se organizou rapidamente e partiu para o ataque.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/10/leao-sendo-atacado-por-hienas-10154422725160.png" alt="Le&atilde;o sendo atacado por hienas" />(BBC)
Primeiro, o grupo investe uma e outra vez e tenta cansar o le&atilde;o &mdash; e Red at&eacute; abocanha algumas das hienas, mas elas s&atilde;o numerosas demais para um &uacute;nico felino, e a verdade &eacute; que as criaturas e poderiam ca&ccedil;&aacute;-lo tranquilamente. &nbsp;&ldquo;Poderiam&rdquo; porque, quando Red j&aacute; se encontrava muito cansado para continuar lutando e est&aacute; a ponto de desistir, por sorte, Tattoo, seu aliado e companheir&atilde;o de alcateia, ouve o rugidos, vai em seu socorro e bota as hienas famintas para correr. Assista a seguir:
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/a5V6gdu5ih8?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
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Confira um tenso embate entre jovem leão e um clã hienas famintas

Imagem de Drops Históricos #37: Sua dose semanal de História aqui no Mega no megacurioso

Você quer história? Então chega mais que a coluna desta semana está recheada de bons causos para quem curte relembrar fatos antigos.

Os &uacute;ltimos 200 anos foram efervescentes, com duas grandes guerras e diversos conflitos menores, alguns inclusive continuam rolando at&eacute; hoje. Mas n&atilde;o h&aacute; como negar que o desenrolar desses 2 &uacute;ltimos s&eacute;culos foi fundamental para moldar o mundo como o vemos hoje.
At&eacute; mesmo as grandes guerras tiveram seu papel na conquista da fr&aacute;gil civilidade que hoje impera internacionalmente, ainda que com tantos percal&ccedil;os e dificuldades. Por exemplo: n&atilde;o fosse o Holocausto promovido por Hitler e seus apoiadores na d&eacute;cada de 40, talvez n&atilde;o tiv&eacute;ssemos hoje no mundo esfor&ccedil;os globais t&atilde;o dedicados a tomar conta dos direitos humanos e garantir o m&iacute;nimo de sobreviv&ecirc;ncia aos cidad&atilde;os.
&Eacute; com essa deixa que a gente come&ccedil;a nossa coluna Drops Hist&oacute;ricos da semana, que, salvo duas exce&ccedil;&otilde;es, passa-se no intervalo de 2 s&eacute;culos, em que grandes conquistas foram alcan&ccedil;adas.
<h2>10 de dezembro</h2>
1948: Declara&ccedil;&atilde;o Universal dos Direitos Humanos &eacute; adotada pela ONU
H&aacute; 70 anos, neste dia, a Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) adotava oficialmente, por meio de sua Assembleia Geral, a Declara&ccedil;&atilde;o Universal dos Direitos Humanos&nbsp;&ndash;&nbsp;que, na foto abaixo, est&aacute; nas m&atilde;os de Eleanor Roosevelt, ent&atilde;o primeira-dama dos Estados Unidos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/06/06091430622296.jpg" alt="" />
Embora hoje em dia exista uma certa confus&atilde;o com rela&ccedil;&atilde;o ao que significa, no fim das contas essa express&atilde;o "direitos humanos" &eacute; um conjunto de pr&aacute;ticas e quest&otilde;es que devem ser asseguradas a todos os cidad&atilde;os do mundo pelas suas respectivas na&ccedil;&otilde;es.
Hoje traduzida em 514 idiomas e dialetos, a Declara&ccedil;&atilde;o &eacute; o documento mais traduzido do mundo&nbsp;&ndash;&nbsp;est&aacute; at&eacute; no "Guinness"! Ela veio em um momento de p&oacute;s-guerra em que as pessoas tiveram suas condi&ccedil;&otilde;es b&aacute;sicas de vida anuladas ou desrespeitadas, de forma que sentiam, ent&atilde;o, uma grande necessidade de estabelecer limites para toda e qualquer tipo de barb&aacute;rie.
<h2>11 de dezembro</h2>
1946: Funda&ccedil;&atilde;o da Unicef
A preocupa&ccedil;&atilde;o com as condi&ccedil;&otilde;es b&aacute;sicas de vida do ser humano, no entanto, n&atilde;o nasceu somente com a Declara&ccedil;&atilde;o Universal dos Direitos Humanos, ela j&aacute; existia. Algumas atitudes demonstram isso atrav&eacute;s dos tempos, por exemplo a funda&ccedil;&atilde;o, em Nova York, da Unicef, uma entidade voltada para o atendimento das necessidades b&aacute;sicas das crian&ccedil;as no mundo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/06/06091236419295.jpg" alt="" />
Foi tamb&eacute;m durante uma Assembleia Geral da ONU, 2 anos antes, que foi criado o Fundo das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para a Inf&acirc;ncia, tamb&eacute;m motivado pelo p&oacute;s-guerra, visando arrecadar recursos para milh&otilde;es de crian&ccedil;as em situa&ccedil;&otilde;es emergenciais em pa&iacute;ses da Europa e da &Aacute;sia.
No Brasil, a Unicef chegou bem antes que o Renato Arag&atilde;o come&ccedil;asse a descer de helic&oacute;ptero no meio do Crian&ccedil;a Esperan&ccedil;a. J&aacute; em 1950, foi instalado no pa&iacute;s, em Jo&atilde;o Pessoa, na Para&iacute;ba, o primeiro escrit&oacute;rio da entidade.
Embora hoje combater a fome ainda seja um do objetivo da Unicef, o Fundo agora tamb&eacute;m se preocupa com direitos que v&atilde;o al&eacute;m das necessidades b&aacute;sicas, chegando a a&ccedil;&otilde;es de forma&ccedil;&atilde;o profissional, seguran&ccedil;a, migra&ccedil;&atilde;o, entre outros.
<h2>12 de dezembro</h2>
2000: Chernobyl &eacute; desligada
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/06/06091108575294.jpg" alt="" />
J&aacute; se v&atilde;o 18 anos desde o fechamento da Usina Nuclear de Chernobyl, respons&aacute;vel por um dos piores acidentes nucleares da hist&oacute;ria da humanidade, ocorrido em 1986.
Em abril daquele ano, o reator 4 da usina explodiu, eliminando grandes quantidades de materiais radioativos na regi&atilde;o, afetando diversos pa&iacute;ses em todo o continente. A usina, no entanto, continuou ativa por 9 anos depois desse epis&oacute;dio, vivenciando ainda, 4 anos depois, um inc&ecirc;ndio no reator 2.
Uma d&eacute;cada depois, os reatores come&ccedil;aram a ser fechados, em 1996, de forma que o terceiro teve suas atividades encerradas em 2000.
<h2>13 de dezembro</h2>
1968: Ato Institucional N&ordm; 5
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Exatamente 50 anos atr&aacute;s, o governo militar declarava oficialmente a assinatura daquele que foi talvez o mais violento e antidemocr&aacute;tico decreto de uma administra&ccedil;&atilde;o nacional na hist&oacute;ria do Brasil, o AI-5.
N&atilde;o &agrave; toa, essa data &eacute; considerada por muitos como o in&iacute;cio oficial do per&iacute;odo mais intenso da ditadura militar, que come&ccedil;ou 4 anos antes, com o golpe de 1964. Com ele, o poder Executivo, por meio do presidente Costa e Silva, colocava-se acima de tudo e de todos, podendo legislar para a na&ccedil;&atilde;o, algo que &eacute; atribui&ccedil;&atilde;o do poder Legislativo&nbsp;&ndash;&nbsp;ou seja, de deputados e senadores.
Garantias institucionais:&nbsp;como as asseguradas pela Declara&ccedil;&atilde;o dos Direitos Humanos, de d&eacute;cadas antes, eram ent&atilde;o ignoradas com o respaldo da lei, que fazia vista grossa a pr&aacute;ticas como a tortura.
<h2>14 de dezembro</h2>
1918: As mulheres brit&acirc;nicas votam pela primeira vez
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A hist&oacute;ria das sufragistas do Reino Unido correu o mundo infinitas vezes na forma de livro, conto, filme, a partir de muitas vozes diferentes, que sempre passaram a mesma importante mensagem: a de um grupo de mulheres que, ainda que com recortes sociais e de ra&ccedil;a, deu passos fundamentais para a igualdade de g&ecirc;neros na atualidade.
Foi gra&ccedil;as &agrave; luta de mulheres como Emily Wilding Davison, que literalmente deu sua vida para que os olhos do governo e da realeza se voltassem para a causa, que as mulheres foram &agrave;s urnas em elei&ccedil;&otilde;es gerais pela primeira vez na Inglaterra exatamente 100 anos atr&aacute;s, j&aacute; com a possibilidade tamb&eacute;m de se candidatarem a fun&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas.
Gra&ccedil;as ao Ato de Representa&ccedil;&atilde;o do Povo daquele ano, 8,4 milh&otilde;es de mulheres puderam votar e, j&aacute; no ano seguinte, Nancy Astor se tornou a primeira mulher a ocupar um lugar na House Of Commons, a C&acirc;mara dos Comuns, do pa&iacute;s. A primeira a ser eleita parlamentar, no entanto, foi Constance Markievicz, 10 anos depois.
<h2>15 de dezembro</h2>
1891: James Naismith inventa o basquetebol
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Foi no estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, que um professor de educa&ccedil;&atilde;o f&iacute;sica pela primeira vez tentou elaborar as regras para o jogo que hoje conhecemos como basquetebol. Ele queria algo que pudesse ser jogado no frio, em lugares fechados, j&aacute; que os esportes mais comuns naquela &eacute;poca, final do s&eacute;culo 19, eram outdoor.
Neste v&iacute;deo, a TV Escola conta a hist&oacute;ria do esporte desde as primeiras regras criadas por James Naismith at&eacute; a forma como ele &eacute; jogado atualmente.
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<h2>16 de dezembro</h2>
1773: Festa do Ch&aacute; de Boston
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O epis&oacute;dio que se passou na ba&iacute;a de Massachusetts, em Boston, no dia 16 de dezembro de 1773, de festa s&oacute; tem mesmo o nome. Os norte-americanos, devido &agrave; explora&ccedil;&atilde;o vinda de seu colonizador, a Inglaterra, j&aacute; estavam cansados de pagar impostos e enviar boa parte de suas riquezas para o outro lado do oceano.
Naquele dia, no entanto, eles simplesmente explodiram. Em protesto, os colonos lan&ccedil;aram ao mar o carregamento inteiro de tr&ecirc;s navios da Companhia Brit&acirc;nica das &Iacute;ndias Orientais, em um evento que se tornou um dos mais importantes epis&oacute;dios rumo &agrave; independ&ecirc;ncia dos Estados Unidos, que aconteceu menos de 2 anos depois, tendo justamente Boston como uma das cidades-chave para o processo de ganho de autonomia nacional.
E sabe qual foi um dos principais nomes da Festa do Ch&aacute; de 1973? George Washington, que mais tarde foi presidente dos Estados Unidos e hoje d&aacute; nome &agrave; capital e sede do governo do pa&iacute;s, Washington.
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Drops Históricos #37: Sua dose semanal de História aqui no Mega

Chamada de Halifax Gibbet, o equipamento teve origem na Inglaterra, mais de cinco séculos antes da sua versão francesa. 

Embora a guilhotina tenha se tornado conhecida por sua cria&ccedil;&atilde;o (e hist&oacute;ria) durante a Revolu&ccedil;&atilde;o Francesa, em 1789, o equipamento franc&ecirc;s teve origem em outro, de origem inglesa &ndash; conhecido como Halifax Gibbet.
Halifax &eacute; uma cidade no condado de Yorkshire, na Inglaterra. &Eacute; nesse local hist&oacute;rico que pesquisadores acreditam ter acontecido a primeira decapita&ccedil;&atilde;o feita por uma m&aacute;quina, por volta de 1280. Embora saiba-se que o nome do homem executado era John of Dalton, n&atilde;o h&aacute; registros do motivo da puni&ccedil;&atilde;o. Essa forma de execu&ccedil;&atilde;o era, na verdade, bastante comum no reino ingl&ecirc;s, mas em geral lan&ccedil;ava m&atilde;o do uso de espadas.
O precursor da guilhotina era composto por uma estrutura alta de madeira (da&iacute; o nome de &ldquo;gibbet&rdquo;, que se refere especificamente a essa pe&ccedil;a) com uma afiada l&acirc;mina de machado presa a um pesado bloco, tamb&eacute;m feito de madeira. O bloco ficava suspenso por uma corda, cortada pelo carrasco durante as execu&ccedil;&otilde;es.
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O dispositivo fez cabe&ccedil;as rolarem por mais de trezentos e cinquenta anos, em especial, como puni&ccedil;&atilde;o por crimes como roubo. Embora muitos lugares tenham abandonado as leis que permitiam execu&ccedil;&otilde;es, em Halifax a legisla&ccedil;&atilde;o, conhecida como Lei de Gibbet, continuou em vig&ecirc;ncia por muitos anos.
<h2>Origem</h2>
A Lei de Gibbet origina-se do direito de executar ladr&otilde;es e outros criminosos concedido, pela Coroa, aos nobres. Em Halifax, a dissemina&ccedil;&atilde;o da puni&ccedil;&atilde;o veio juntamente com o crescimento econ&ocirc;mico da aldeia. At&eacute; o s&eacute;culo XV, o lugar era apenas um vilarejo simples com uma abundante nascente de &aacute;gua. Sua posi&ccedil;&atilde;o estrat&eacute;gica, no entanto, fez com que o local se tornasse ideal para o com&eacute;rcio de tecidos.
Em 1556, a aldeia havia se transformado em um povoado em expans&atilde;o gra&ccedil;as &agrave; atividade t&ecirc;xtil. Os tecidos, artigos de pre&ccedil;o elevado naquela &eacute;poca, precisavam ser lavados e estendidos para secar ap&oacute;s sua fabrica&ccedil;&atilde;o. Assim, as valiosas pe&ccedil;as eram enfileiradas em arma&ccedil;&otilde;es de madeira nas encostas da cidade &ndash; o que deixava os preciosos produtos desprotegidos e suscet&iacute;veis a roubos.
A lei teria surgido, dessa forma, para punir os criminosos, tentando diminuir o n&uacute;mero alarmante de roubos que perturbavam os comerciantes da cidade. Uma lenda local fala sobre o surgimento da m&aacute;quina de execu&ccedil;&otilde;es como uma forma de aliviar a consci&ecirc;ncia dos senhores de Halifax, j&aacute; que as mortes aconteciam &ldquo;sem&rdquo; a interven&ccedil;&atilde;o direta de m&atilde;os humanas.
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Em Halifax, a legisla&ccedil;&atilde;o vigente permitia que senhores locais punissem com a decapita&ccedil;&atilde;o qualquer pessoa que fosse pega roubando bens no valor de 13 pences (algo pr&oacute;ximo a 64 centavos).&nbsp;As execu&ccedil;&otilde;es aconteciam nas feiras, sendo o condenado exibido ao longo de tr&ecirc;s dias, e morto no s&aacute;bado. Os itens roubados tamb&eacute;m eram expostos, junto com o criminoso.
At&eacute; 1650, os registros mostram que pelo menos 53 pessoas foram decapitadas pelo equipamento em Halifax.&nbsp; Hoje, h&aacute; uma r&eacute;plica do maquin&aacute;rio na cidade, enquanto a l&acirc;mina original &ndash; preservada &ndash; pode ser vista no Museu Bankfiel, em Boothtown.
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Cabeças vão rolar: conheça o precursor da famosa guilhotina francesa

Imagem de Pintura rupestre de 40 mil anos foi descoberta na Ásia no megacurioso

A ilha de Bornéu, localizada no sudeste do continente asiático, abriga o que provavelmente é o desenho mais antigo do mundo de um animal

Sob a cadeia de montanhas de Kalimantan, na Indon&eacute;sia, repousa uma verdadeira galeria de arte pr&eacute;-hist&oacute;rica, conhecida pelos moradores da ilha de Born&eacute;u h&aacute; s&eacute;culos. As marcas de m&atilde;os que se situam nas paredes, deixadas por indiv&iacute;duos h&aacute; dezenas de milhares de anos nas cavernas em tinta vermelha e laranja, no entanto, n&atilde;o s&atilde;o as &uacute;nicas lembran&ccedil;as desse passado t&atilde;o distante.
<h2>Artistas do passado</h2>
Um estudo realizado por pesquisadores da Griffith University, na Austr&aacute;lia, e divulgado pela revista Nature, mostrou que, entre as imagens de m&atilde;os, existem tamb&eacute;m pinturas figurativas de criaturas que lembram vacas. Enquanto os desenhos datam de entre 40 e 52 mil anos de hist&oacute;ria, esses retratos de bichos&nbsp;&ndash;&nbsp;tr&ecirc;s deles, para ser mais exata&nbsp;&ndash;&nbsp;feitos dentro da caverna de Lubang Jeriji Sal&eacute;h, localizada na ilha, tamb&eacute;m s&atilde;o de provavelmente 40 mil anos atr&aacute;s.
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As figuras n&atilde;o s&atilde;o mais antigas do que as m&atilde;os, mas deixam para tr&aacute;s as pinturas de animais que se pensava serem as mais antigas at&eacute; ent&atilde;o, todas inclusive na mesma regi&atilde;o de Kalimantan.
"A mais antiga imagem de arte rupestre que n&oacute;s datamos &eacute; uma grande pintura de um animal n&atilde;o identificado, provavelmente uma esp&eacute;cie de gado selvagem ainda encontrado nas selvas de Born&eacute;u&nbsp;&ndash;&nbsp;essa tem uma idade m&iacute;nima de 40 mil anos e &eacute; agora a mais antiga obra de arte figurativa conhecida", disse Maxime Aubert, um dos autores da pesquisa.
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As cavernas n&atilde;o s&atilde;o novidade como objeto de pesquisa. Elas inclusive j&aacute; foram estudadas pelo mesmo grupo na d&eacute;cada de 1990. Mas, entre 2016 e 2017, os pesquisadores retornaram para o s&iacute;tio arqueol&oacute;gico para coletar novas amostras que pudessem fornecer dados mais exatos sobre as pinturas rupestres.
Agora, eles analisaram 15 amostras de carbonato de c&aacute;lcio extra&iacute;das de seis cavernas de regi&otilde;es pr&oacute;ximas &agrave;s pinturas.&nbsp;Para os exploradores, foi uma surpresa perceber a possibilidade de as pinturas rupestres serem mais antigas do que o esperado. Isso porque os novos dados ajudam a compreender uma mudan&ccedil;a na representa&ccedil;&atilde;o de animais na vis&atilde;o dos humanos da &eacute;poca, definindo tr&ecirc;s etapas da arte paleol&iacute;tica na regi&atilde;o.
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thumb-image-2024-02-29T14:03:53.002Z

Você soube da incrível pintura de 40 mil anos que foi descoberta na Ásia?

Imagem de Conheça a ilha de Goreia, um dos maiores símbolos históricos da escravidão no megacurioso

Localizado perto de Senegal, o local era utilizado como ponto de comércio de escravos; milhares ou até milhões de africanos eram mantidos durante meses em celas

Voc&ecirc; j&aacute; ouviu falar sobre a ilha de Goreia tamb&eacute;m conhecida como Gor&eacute;e? Localizado perto da costa de Dakar, no Senegal (&Aacute;frica Ocidental), o local hoje em dia &eacute; um ponto tur&iacute;stico t&atilde;o pac&iacute;fico que, de acordo com relatos de turistas, d&aacute; para se sentir &ldquo;um peregrino visitando um templo sagrado&rdquo;. Por&eacute;m, a hist&oacute;ria da regi&atilde;o n&atilde;o tem absolutamente nada a ver com paz, tranquilidade e felicidade. Pelo contr&aacute;rio: a ilha foi, durante muitos anos, um dos maiores pontos de tr&aacute;fico de escravos do mundo.
<h2>Hist&oacute;rico</h2>
A primeira civiliza&ccedil;&atilde;o a colocar os p&eacute;s na ilha foram os portugueses, que desembarcaram por l&aacute; em 1444; por&eacute;m, em 1588, eles perderam o territ&oacute;rio para os holandeses. Ao longo do tempo, o local ainda passou pelas m&atilde;os dos brit&acirc;nicos e at&eacute; dos franceses, at&eacute; que, em 1960, Senegal declarou sua independ&ecirc;ncia e tomou Goreia como parte de seu territ&oacute;rio. Por&eacute;m, seu uso como &ldquo;estoque&rdquo; e &ldquo;loja&rdquo; de escravos ocorreu durante 1536 e 1848, especialmente no &ldquo;reinado&rdquo; da Holanda.
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A ilha de Goreia &eacute; um local min&uacute;sculo &mdash; ela possui apenas 45 acres (cerca de 180 m&sup2;) de extens&atilde;o. Al&eacute;m disso, por ser razoavelmente distante da costa de Dakar, era imposs&iacute;vel fugir nadando: os poucos escravos que tentaram fazer isso acabaram morrendo afogados. Ao perceber que a regi&atilde;o era prop&iacute;cia para tal atividade, os holandeses constru&iacute;ram em 1776 a Casa dos Escravos e passaram a utiliz&aacute;-la como um ponto de parada entre a captura dos escravos africanos e a venda para os pa&iacute;ses interessados.
<h2>Loja da escravid&atilde;o</h2>
Em determinado per&iacute;odo hist&oacute;rico, a ilha contou com nada menos do que 28 casas desse tipo. Todas eram equipadas com celas min&uacute;sculas &mdash; cada uma com 2,6 metros &mdash; nas quais eram acomodados de 15 a 20 escravos homens. As mulheres e as crian&ccedil;as eram mantidas em locais separados, sendo muitas vezes abusadas por seus &ldquo;donos&rdquo;. Os africanos ficavam sempre presos, sendo alimentados e liberados uma vez por dia para fazer suas necessidades fisiol&oacute;gicas.
Muitas vezes, os escravos eram mantidos nessas condi&ccedil;&otilde;es durante meses, at&eacute; que um &ldquo;cliente&rdquo; fosse visit&aacute;-los para discutir pre&ccedil;os e &ldquo;avaliar a qualidade das mercadorias&rdquo;. Os escolhidos eram removidos da sala e levados para a &ldquo;porta sem retorno&rdquo;, pela qual era feito o embarque no navio do comprador, sendo transportados at&eacute; seu destino final. Obviamente, muitos deles morriam por conta da falta de condi&ccedil;&otilde;es de higiene nas quais eram mantidos.
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Os historiadores costumam discutir na hora de calcular o n&uacute;mero de escravos que passou pela ilha. Os mais c&eacute;ticos afirmam que suas dimens&otilde;es tornam imposs&iacute;vel &ldquo;milh&otilde;es&rdquo; de africanos terem sido mantidos presos l&aacute;; a quantidade mais razo&aacute;vel que se fala &eacute; de 26 mil escravos, o que ainda assim &eacute; uma quantia assustadora. Felizmente, a Casa dos Escravos se transformou em um museu em 1962; em 1978, a UNESCO a designou como um Patrim&ocirc;nio Mundial, recebendo cerca de 200 mil turistas por ano.
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Conheça a ilha de Goreia, um dos maiores símbolos históricos da escravidão

Imagem de O Beijo da Vida: a incrível história da foto que ganhou o Pulitzer em 1968 no megacurioso

O trabalho do fot&oacute;grafo requer um conhecimento aprofundado das t&eacute;cnicas, dos equipamentos e da composi&ccedil;&atilde;o visual, mas tamb&eacute;m necessita de uma dose de sorte. H&aacute; 50 anos, o nova-iorquino Rocco Morabito ganhava o Pr&ecirc;mio Pulitzer por conta de uma foto que foi feita por puro acaso.
Em julho de 1967, Morabito estava indo em dire&ccedil;&atilde;o a um evento para fazer fotos para o Jacksonville Journal quando parou para fotografar uma manifesta&ccedil;&atilde;o de ferrovi&aacute;rios. Ali perto, J.D. Thompson e Randall Champion trabalhavam na manuten&ccedil;&atilde;o de linhas de energia quando Champion acabou levando um choque e desmaiando.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/05/beijo-da-vida-05200246736147.jpg" alt="beijo da vida" />A foto e o fot&oacute;grafo
Houve um alvoro&ccedil;o, que chamou a aten&ccedil;&atilde;o do fot&oacute;grafo Morabito que, ao olhar para cima, viu Champion pendurado de ponta cabe&ccedil;a pelo equipamento de seguran&ccedil;a enquanto Thompson tentava reanim&aacute;-lo. Morabito chamou uma ambul&acirc;ncia pelo r&aacute;dio de seu carro e passou a registrar a cena, incluindo o momento em que Thompson fez uma respira&ccedil;&atilde;o boca a boca no colega de trabalho ainda pendurado e desacordado. A foto foi intitulada de &ldquo;O Beijo da Vida&rdquo; e rodou o mundo.
Felizmente, a a&ccedil;&atilde;o r&aacute;pida de Thompson foi capaz de devolver a vida a Champion, que viveu mais 34 anos ap&oacute;s aquele fat&iacute;dico dia &ndash; ele faleceu em 2002, aos 64 anos de idade, v&iacute;tima de um ataque card&iacute;aco. O fot&oacute;grafo Morabito se aposentou em 1982 e morreu em 2009, aos 88 anos. J&aacute; o her&oacute;i J.D. Thompson, que era um novato no trabalho qual salvou o colega, &eacute; o &uacute;nico ainda vivo dessa hist&oacute;ria emocionante.
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O Beijo da Vida: a incrível história da foto que ganhou o Pulitzer em 1968

Imagem de Satã: o cachorro de guerra que salvou a vida de vários soldados franceses no megacurioso

Durante a Batalha de Verdun, na Primeira Guerra Mundial, Satã enfrentou um tiroteio provocado pelos alemães que tentavam matá-lo e salvou a vida de um grupo de soldados franceses

Estamos acostumados a ouvir hist&oacute;rias de her&oacute;is de guerra, mas geralmente esses her&oacute;is s&atilde;o seres humanos. Hoje, no entanto, voc&ecirc; vai conhecer um cachorro mais do que guerreiro, que fez hist&oacute;ria durante a Batalha de Verdun, na Primeira Guerra Mundial.
O grande feito desse cachorro de coragem, que curiosamente se chamava Sat&atilde;, foi n&atilde;o temer o cen&aacute;rio de batalhas e cumprir a tarefa de entregar uma mensagem que seria respons&aacute;vel por salvar vidas de tropas francesas inteiras.
Foi Sat&atilde; quem enviou aos soldados sitiados, que estavam sofrendo ataques pesados dos alem&atilde;es, um recado dos comandantes franceses, o qual depois viria a se mostrar bastante &uacute;til. A mensagem dizia: &ldquo;Pelo amor de Deus aguentem. N&oacute;s vamos aliviar as coisas para voc&ecirc;s amanh&atilde;&rdquo;.
Quando chegou ao seu destino, Sat&atilde; carregava consigo m&aacute;scaras de g&aacute;s, dois pombos-correios amarrados em suas costas e a mensagem presa &agrave; sua coleira. Naquele momento, o cachorro foi a &uacute;nica esperan&ccedil;a de diversos soldados encurralados.
<h2>Coragem canina</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/07/28/28105759766591.jpg" />Tropas de reserva francesas
Como um bom c&atilde;o em servi&ccedil;o, Sat&atilde; fez todo o caminho em ziguezague, conseguindo fugir dos tiros disparados pelos alem&atilde;es, que claramente n&atilde;o queriam que ele completasse sua miss&atilde;o. Ainda assim, o cachorro foi atingido por duas balas nas patas, sendo que o impacto do segundo tiro quebrou sua perna dianteira, o levando ao ch&atilde;o.
Do outro lado das trincheiras, os soldados franceses viram o que aconteceu com o mensageiro. Seu treinador, o soldado Duvalle, estava ali e reconheceu Sat&atilde;, que, apesar do ferimento, havia seguido o treinamento &agrave; risca e estava prestes a completar sua miss&atilde;o. Emocionado com o momento, Duvalle gritou ao cachorro, pedindo para que ele tivesse coragem em nome da Fran&ccedil;a.
Ao ouvir a voz de Duvalle, Sat&atilde; fez um grande esfor&ccedil;o e conseguiu se levantar. Em seguida, correu em dire&ccedil;&atilde;o aos franceses, mesmo com a perna quebrada. Apesar de ter conseguido fazer com que Sat&atilde; se movimentasse em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; trincheira e levasse a ajuda necess&aacute;ria aos soldados, Duvalle pagou com a vida pelo comando dado ao cachorro e, logo ap&oacute;s se levantar para chamar seu amigo de quatro patas, foi morto pelos inimigos alem&atilde;es.
Sat&atilde; foi retratado, &agrave; &eacute;poca, como um grande her&oacute;i de guerra que, mesmo sem conseguir correr nem desviar mais dos tiros disparados pelos soldados alem&atilde;es, se recusou a morrer antes de cumprir a tarefa que havia recebido, demonstrando lealdade e, claro, bravura.
<h2>A vez dos pombos</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/07/28/28105827907592.jpg" />Parte de uma das trincheiras de comunica&ccedil;&atilde;o, que permanece assim at&eacute; hoje.
Ap&oacute;s receber a mensagem trazida pelo cachorro, o capit&atilde;o escreveu outro recado, agora com as coordenadas do local onde os alem&atilde;es escondiam suas armas. O texto dizia tamb&eacute;m que os soldados franceses iriam esperar, mas que contavam com a retirada do armamento alem&atilde;o. Ent&atilde;o, o capit&atilde;o fez uma c&oacute;pia do mesmo recado e colocou cada uma deles em um pombo-correio, liberando as aves em seguida. Como esperado, os alem&atilde;es dispararam contra os pombos, mas um deles conseguiu fugir e entregar a mensagem.
Em quest&atilde;o de horas, o ex&eacute;rcito franc&ecirc;s derrotou os alem&atilde;es, dando fim &agrave; Batalha de Verdun, uma das muitas que ocorreram durante a Primeira Guerra Mundial e que ficou conhecida justamente pelo uso de c&atilde;es treinados, como Sat&atilde;. Esses cachorros transportavam principalmente mensagens, pombos-correios, muni&ccedil;&otilde;es e m&aacute;scaras.
Com rela&ccedil;&atilde;o ao vitorioso Sat&atilde;, n&atilde;o se sabe ao certo o que houve com ele, afinal h&aacute; duas vers&otilde;es sobre sua hist&oacute;ria: em uma delas, ele teria morrido logo ap&oacute;s entregar a mensagem; em outra, teria se recuperado e se aposentado pelo ex&eacute;rcito franc&ecirc;s como um bom her&oacute;i de guerra. De qualquer forma, sua bravura e sua fidelidade permanecem eternas.
*Publicado em 28/7/2016

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