Vencendo a luta contra as estrias

15/08/2011 às 16:065 min de leitura

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Cuidamos do nosso corpo diariamente, mas muitas vezes não temos tempo de passar aquele creminho depois do banho, almoçar de maneira correta ou tomar a quantidade de água necessária. Com o passar dos anos, esses errinhos vão se acumulando e acabam trazendo incômodos, como o excesso de peso, celulite, flacidez, manchas na pele, entre muitos outros. Segundo uma pesquisa, as estrias estão em segundo lugar no ranking das maiores preocupações das brasileiras quando o assunto é estética.

As estrias se formam a partir da ruptura das fibras elásticas da pele. Por se tratar de um problema epitelial, ninguém está livre das estrias. Entre as maiores vítimas, estão as mulheres grávidas e as pessoas que sofrem com o “efeito sanfona”, porém, até mesmo os homens podem sofrer desse mal. Mas assim como as estrias se multiplicam na nossa pele, a cada dia aumenta o número de tratamentos disponíveis em clínicas e consultórios para acabar com essas marcas tão indesejáveis.

A formação das estrias

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A pele é um tecido extremamente flexível, pois é formado por fibras elásticas – compostas por colágeno e elastina – que permitem que os membros se estiquem para fazer qualquer movimento e, em seguida, retornem ao lugar original. Mas como todo excesso é prejudicial, com o tempo o esforço exagerado pode acabar sobrecarregando as fibras elásticas, que perdem sua capacidade.

Algumas fibras podem chegar até a se romper. E é aí que temos o surgimento das estrias. Elas são cicatrizes que aparecem na pele a partir da ruptura das fibras de sustentação. Em geral, o aparecimento das estrias é marcado por um estiramento abrupto da pele.

Muitas vezes as estrias não vão ficar aparentes imediatamente. Algumas pessoas notam o aparecimento das listras apenas quando emagrecem. Isso é bastante comum, já que ao perder peso a pele fica flácida e é possível ver as marcas com mais facilidade.

Por se tratar de uma cicatriz, não existe nenhum tratamento que elimine totalmente uma estria. Mas os avanços da estética permitem amenizar muito a aparência da pele, fazendo com que as cicatrizes fiquem quase invisíveis.

As principais causas das estrias

Entre as causas mais comuns para o surgimento de estrias, está a falta de hidratação constante associada às distensões e estiramentos abruptos da pele. Essas causas costumam acontecer nas seguintes situações:

  • “Efeito sanfona”: para as pessoas que ganham e perdem peso de maneira muito rápida é bastante comum o aparecimento das listras. As estrias se formam porque, quando ocorre o aumento de peso rapidamente, o organismo não consegue duplicar as células da epiderme na mesma proporção do que as células de gordura. Por esse motivo, as estrias costumam aparecer nas regiões onde ocorre o maior acúmulo de gordura – no bumbum, na barriga, nos braços, nas coxas e nos seios.

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  • Gravidez: os hormônios, o ganho natural de peso e o estiramento da pele na região da barriga podem resultar no surgimento de estrias. O ideal é controlar o peso e manter a pele sempre hidratada com óleos e cremes específicos para gestantes.
  • A adolescência e a “fase do estirão”: quando o corpo cresce muito rapidamente durante a puberdade ou a adolescência, o organismo não tem tempo para se adaptar às mudanças e a pele acaba sofrendo as consequências. Por isso, é bastante comum vermos adolescentes magros, mas que apresentam estrias.
  • Falta de hidratação: uma pele ressecada – seja pelo sol ou pela falta de hidratação – fica mais frágil e propensa a sofrer a ruptura das fibras de sustentação. Evite banhos quentes e aposte nos hidratantes para se prevenir.
  • Ganho abrupto de massa muscular: o ganho de músculos exige que a pele estique para comportar o novo tamanho da massa muscular. Quando o aumento acontece de maneira muito rápida, a pele estica excessivamente e as fibras elásticas se rompem. Um profissional de educação física pode ajudar no controle dos seus exercícios para que o ganho de músculos ocorra de maneira gradual e evite o aparecimento de estrias.
  • Hormônios: é fato que as mulheres têm propensão ao aparecimento das estrias por conta de dois hormônios presentes no organismo feminino – a progesterona e o estrógeno –, que são os principais responsáveis pela ruptura das fibras elásticas da pele. Mas os homens também podem apresentar o problema que, em geral, surge com o ganho excessivo de peso ou falta de hidratação da pele.

Prevenindo o aparecimento de novas estrias

Uma vez que as estrias se instalam na pele, não é possível reverter o processo. Mas como as listras passam por um “amadurecimento”, assim que você notar uma manchinha na pele, já pode procurar um dermatologista.

No primeiro estágio, as estrias aparecem com coloração rosada ou avermelhada. Nessa fase, elas ainda são consideradas jovens e, por possibilitarem a cicatrização, são mais fáceis de serem tratadas através do estímulo da produção de colágeno. Nesse momento, ainda é possível apagar as marcas que a pele apresenta com hidratantes ou cremes específicos. Basta procurar um dermatologista o quanto antes para ele indique o produto mais adequado.

O segundo estágio das estrias é após o “amadurecimento”, em que as listras ficam “adultas” e apresentam um aspecto esbranquiçado. Quando as marcas chegam a essa fase, o tratamento deve ser mais intenso para forçar a reposição de colágeno e reativar a atividade circulatória da região. Então, para essas estrias é preciso recorrer a tratamentos mais avançados.

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A palavra-chave para prevenir as estrias é hidratação. Mas é preciso investir em produtos poderosos, que realmente ajam na relação da água com a pele. Procure produtos que estimulem a produção de água ou aqueles que formam uma película que evita a perda de água durante o dia. Confira os rótulos dos cremes hidratantes e invista em substâncias como ureia, PCA-Na ou D-Pantenol. Também existem óleos que agem de maneira muito eficaz contra o ressecamento, como é o caso do óleo de amêndoas, de rosa mosqueta e de uva. Se preferir, peça para seu dermatologista indicar uma fórmula de manipulação. Depois de escolher seu hidratante, use-o diariamente. O momento ideal para passar o creme é logo após o banho, quando a pele absorve mais facilmente o produto e aproveita melhor suas propriedades.

A alimentação também pode ajudar nessa luta. É importante consumir alimentos ricos em proteína, que é o nutriente responsável pela formação de colágeno no organismo. Sem proteínas, a formação do colágeno não ocorre e a pele fica suscetível ao rompimento das fibras.

Controlar o peso, evitar banhos muito quentes e utilizar protetor solar sempre também são ótimos passos para se ver longe das estrias.

Tratamentos eficazes

Os melhores tratamentos no combate às estrias são aqueles que estimulam a produção de colágeno no organismo, reativam o fluxo circulatório da região e provocam a cicatrização de forma a recuperar o tecido e minimizar o aspecto que as listras deixam na pele.

Basicamente, existem três métodos bastante eficazes contra as estrias:

  • Tratamentos químicos: feitos com cremes ou peelings à base de ácidos, que visam à regeneração celular;
  • Tratamentos térmicos: feitos com lasers direcionados para a área afetada – também chamados de fototermólise seletiva –, estimulando a cicatrização e a produção de colágeno;
  • Tratamentos mecânicos: feito por meio da microdermoabrasão, que promove um lixamento da pele com cristais, deixando as estrias menos visíveis ao realizar o clareamento da pele.

Entre os métodos descritos acima, os mais comuns são:

  • Fraxel Laser: esse laser trata estrias nos dois estágios, mas é o mais indicado para estrias adultas. Através de microperfurações na pele, a luz estimula a produção de colágeno. Com três sessões é possível minimizar em 90% o aspecto de estrias jovens. Em cinco sessões, a melhora das estrias adultas é de até 70%. As sessões devem ser feitas com intervalos de 15 a 30 dias.

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  • Luz pulsada: por ser um tratamento de laser mais leve, muito usado para tirar pequenas manchas da pele, é ideal para tratar estrias no primeiro estágio. Com 5 a 8 sessões é possível deixá-las praticamente invisíveis.
  • Cremes à base de ácido retinoico: os cremes são indicados pelos dermatologistas e devem ser usados diariamente na região afetada. A função do ácido retinoico é promover a renovação celular e assim estimular a formação de novas fibras de sustentação.
  • Peeling de cristal: com o uso de microcristais é feito uma espécie de lixamento na pele. Assim, o peeling elimina delicadamente a camada mais externa, promovendo a regeneração celular. Se aplicado sobre estrias adultas, deixa a região com um aspecto renovado.
  • Peeling químico: são aplicados alguns tipos de ácidos, diretamente sobre a pele, de forma a esfoliar e provocar a renovação das células. A regeneração celular ameniza o aspecto estriado da pele. Alguns casos apresentam uma melhora de 50% a 80%.
  • Transcisão: é um procedimento cirúrgico que requer mais cuidados e é indicado para áreas bastante afetadas. Com o auxílio de uma agulha fina, o médico faz uso de um microbisturi específico para tratar estrias. Ao descolar as laterais da pele com o instrumento, o profissional faz com que as fibras elásticas do local se rompam. Assim, a estria acaba sendo preenchida por colágeno novo e suas bordas se unem, amenizando o aspecto da região. Os resultados são bastante satisfatórios, mas como se trata de um procedimento cirúrgico é preciso ter alguns cuidados especiais, como o uso de uma cinta elástica por três meses após o tratamento.

E lembre-se! Sempre que a sua pele apresentar alguma alteração, procure um dermatologista. O dermatologista é o profissional capacitado para analisar a pele de cada paciente e indicar o tratamento mais adequado para cada caso. Quanto antes você começar a tratar o problema, mais cedo a sua pele ficará linda e impecável.

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