Estilo de vida
25/06/2019 às 08:00•3 min de leitura
Assim como o Espaço, os oceanos aqui na Terra também podem ser lugares surpreendentes e cheios de mistérios. A seguir você vai conferir uma lista de locais aquáticos ainda inexplorados e suas curiosidades.
Localizado no Oceano Antártico, o mar de Ross fica ao sul da Nova Zelândia. No Polo Sul, ele forma uma espécie de plataforma de gelo, que fica ligada à Terra. Área de proteção marinha, a região acaba reunindo uma série de equipes de pesquisa. Abaixo da plataforma, cientistas encontraram várias espécies aquáticas nunca antes vistas! Entre elas, uma anêmona-do-mar – a primeira, da qual se tem notícias, a aguentar viver em águas tão geladas. A descoberta pode ter impactos na astrobiologia, que estuda a origem da vida no Universo, já que a superfície teria condições semelhantes a uma das luas de Júpiter.
Do outro lado, no Ártico, a cordilheira de Gakkel fica entre a Groenlândia e a Sibéria. Com 3 quilômetros de profundidade, é uma das maiores do oceano. Em 2003, foram encontradas, em sua cadeia montanhosa, fontes hidrotermais. Nestas, a água fria do mar é aquecida pelo magma e pode atingir temperaturas acima de 370 °C (uau!). Além de abrigar uma porção de organismos marinhos impossíveis de serem vistos em outros lugares, a região apresenta uma grande quantidade de resíduos vulcânicos, muito semelhantes a vidro.
Um mistério oceânico borbulha na Costa Oeste dos Estados Unidos, em Cascadia. Cientistas ainda não sabem de onde se origina, mas o gás pode ser visto escapando por rachaduras localizadas no fundo do oceano. Sem cor nem cheiro, o metano pode ser usado como biocombustível, mas também é um dos vilões do "efeito estufa". Mais quentes do que a temperatura do oceano no qual vazam, essas infiltrações de metano hospedam espécies de mexilhão e bactérias.
Pouco se sabe sobre recifes de água fria e as espécies de animais que podem abrigar. Diferentemente dos corais de águas mais tropicais, eles são pouco conhecidos e não dependem da luz solar, mas sim do zooplâncton. Em 2012, pesquisadores encontraram corais desse tipo ao sul da Groenlândia, 900 metros abaixo do Cabo da Desolação. Habitando grandes profundidades, esses recifes são capazes de suportar até -4 °C.
As fossas oceânicas são as partes mais profundas do mar e, por consequência, alguns dos locais mais inexplorados. No sul do Oceano Pacífico, a Fossa de Tonga é a segunda mais profunda da Terra, com mais de 10 quilômetros de profundidade em seus pontos mais fundos – conhecidos como “horizonte profundo”.
No mar do Caribe, foram descobertos em 2010 novos tipos de fontes hidrotermais. O campo de fontes é chamado de Von Damm e possui a composição química e a mineral bem diferentes – talco é o elemento predominante. Com águas que podem atingir até 200 °C, os montes de talco abrigam um grande número de camarões que migram para a região.
Em um dos ecossistemas mais comuns no ambiente marinho, cientistas estimam a existência de mais de 1 milhão de vulcões submarinos. Apesar da grande quantidade, a maior parte das cadeias montanhosas formadas por esses elementos permanece inexplorada. Submersa no Oceano Atlântico, Carter foi a primeira montanha submarina a ser estudada, em 2013. A grande variedade de peixes, corais e outros seres marinhos atraída por esse tipo de ecossistema tem diminuído cada vez mais, devido ao excesso de pesca.
Conhecida como fissura de Silfra, o encontro das placas tectônicas da Eurásia e da América do Norte cria uma fenda de 63 metros de profundidade. Localizada na Islândia, ela se alarga 2 centímetros por ano. A água doce que inunda a fissura é considerada uma das mais limpas, já que se trata de água glacial naturalmente filtrada. Embora de temperaturas frias (podendo chegar a 2 °C), o local é bem popular entre turistas.
A chamada Zona Crepuscular, no Oceano Índico Central, das ilhas Chagos, contempla uma espécie de santuário para os recifes de coral. Pouco estudados, seu afastamento da ilha e os mergulhos restritos a 25 metros garantem que os recifes da área funcionem como refúgio para espécies de corais mais rasos, ameaçados pelo processo de “branqueamento”. Essa perda de cor acontece quando o coral fica estressado em seu ambiente, tornando-o mais vulnerável a danos.
As piscinas naturais da península mexicana de Yucantán são inundadas por água doce e escondidas por cavernas subaquáticas. De água cristalina, muitas permanecem envoltas em uma áurea de mistério e desconhecimento – os maias acreditavam que eram portais sagrados para a vida eterna.
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