Conheça as mulheres patrulheiras que combatem a caça no Zimbábue

20/08/2020 às 10:002 min de leitura

Enquanto caçadores descansam planejando sua próxima presa nas terras do Zimbábue, um grupo paramilitar organizado por mulheres não descansa até conseguir manter seguras as zonas selvagens de seu país. Conhecida como Akashinga (As valentes, em tradução livre), a patrulha é formada por jovens que, em situação de abandono, maus-tratos e abusos, encontraram uma oportunidade de se fortalecerem.

A unidade foi criada em 2017 pelo inglês Damien Mander, ex-soldado do exército australiano e atual diretor da Fundação Internacional Contra a Caça Furtiva (IAPF), que decidiu dar suporte às mulheres em situação de vulnerabilidade no Zimbábue para que se tornem guardas florestais e ganhem seu sustento protegendo a vida selvagem. "Procuramos criar uma oportunidade para as mulheres mais marginalizadas em uma das regiões mais específicas e um dos países mais pobres do continente", comenta ele.

(Fonte: IAPF/Reprodução)(Fonte: IAPF/Reprodução)

Desde a criação, o grupo já ajudou a reduzir o combate animal em cerca de 80%, realizando a prisão de quase 200 caçadores. "Essas mulheres alcançaram o que poucos exércitos conseguiram ao longo da história: conquistar o coração e a mente da população local. Se for dada a oportunidade, as mulheres mudarão a face da conservação [de animais] para sempre", disse o diretor da IAFP.

(Fonte: IAPF/Reprodução)(Fonte: IAPF/Reprodução)

A IAPF já recrutou mais de 240 mulheres, com planos para ajudar 1 mil patrulheiras até 2025 e  proteger cerca de 20 reservas florestais. No momento, o grupo combate a caça ilegal em cinco reservas locais, abrangendo 4 mil quilômetros quadrados de área.

Da vida para as telonas

As patrulheiras africanas inspiraram o renomado cineasta James Cameron, de Avatar, a produzir Akashinga: The Brave Ones, um documentário que exibe a pesada rotina de treinos, a relação entre as integrantes e a força de vontade das mulheres, que mostram que se tornar guardas florestais e proteger as selvas não é um privilégio exclusivo de homens.

(Fonte: National Geographic/Divulgação)(Fonte: National Geographic/Divulgação)

Representando uma história real e inspiradora, o longa publicado pela National Geographic tem planos de ser disponibilizado em 171 países até o fim de 2020, ganhando tradução para 43 línguas.

Caso queira assistir ao documentário na íntegra, basta reproduzir o vídeo a seguir.

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