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03/12/2020 às 03:00•1 min de leitura
Após enfrentarem problemas com ratos-do-campo em suas fazendas, fruticultores japoneses passaram a “contratar” corujas-dos-urais para realizar o controle de pragas na região. Conhecidas como predadoras vorazes e naturais das pestes, as aves são uma solução eficiente para a preservação de terras e vêm sendo cada vez mais comuns no país.
Há algum tempo, produtores de maçã do Japão vêm se aliando às corujas para manter seus pomares sadios e a níveis controláveis em relação ao ataque de pragas. As aves buscam estabelecer ninhos em regiões onde possam se alimentar e ter boas condições de sobrevivência, e vêm sendo estimuladas pelos fazendeiros a habitarem nas proximidades, através de casas próprias que os fruticultores instalam para poder atrair mais “seguranças”.
Em 2018, um estudo publicado no British Ecological Society apresentou dados relevantes sobre a eficiência dos predadores, relatando que pomares onde há a presença de corujas-dos-urais têm níveis de infestação de ratos reduzidos em aproximadamente 63% em relação às terras onde as aves não se estabelecem.
“Como a criação de corujas-dos-urais fornece efeitos significativos de controle de pragas em seus territórios de reprodução, a reintrodução de pares de criação das corujas nos pomares contribuiria para o controle de pragas de roedores”, concluiu o estudo. “Promover a reprodução de aves de rapina nativas em áreas agrícolas pode ser uma opção para desenvolver o manejo integrado de pragas e, ao mesmo tempo, manter a biodiversidade regional.”
Além de ser uma alternativa sustentável para evitar a degradação dos plantios, a presença das corujas surge como um meio mais viável de proteger as terras sem desgastá-las, como ocorreria caso fossem aplicados pesticidas ou outros meios químicos.
Com a capacidade de eliminar até 10 roedores por noite, a coruja-dos-urais pode ter sua capacidade predatória significativamente ampliada, caso haja as condições mais corretas de reprodução e de manutenção da espécie.