Artes/cultura
Floresta vertical italiana se destaca em meio ao centro urbano
06/12/2020 às 13:00•6 min de leitura
Carregando o conceito de floresta vertical, o condomínio italiano Bosco Verticale, localizado no centro de Milão, é um verdadeiro santuário de árvores e outros tipos de vegetação. Situado em 3 mil metros quadrados de superfície urbana, o local é composto por duas torres de 80 e 120 metros de altura que abrigam milhares de plantas.
Idealizado por arquitetos do Boeri Studio, o condomínio foi feito para ser um “lar para árvores que também abriga humanos e pássaros”. Suas 800 árvores, 15 mil plantas de cobertura de solo e 5 mil arbustos formam um total de aproximadamente 30 mil m² de fauna, tudo para atender um propósito sustentável e criar as condições ideais para que animais, vegetação e moradores convivam em harmonia.
“Ao contrário das fachadas ‘minerais’ de vidro ou pedra, o escudo vegetal não reflete ou amplia os raios solares, mas os filtra, criando um microclima interno acolhedor sem efeitos prejudiciais ao meio ambiente”, explica o site do condomínio. “Ao mesmo tempo, a cortina verde ‘regula’ a umidade, produz oxigênio e absorve gás carbônico e micropartículas, uma combinação de características que rendeu ao projeto diversos prêmios importantes.”
Mais de 6 anos depois de sua inauguração, em 2014, o Bosco Verticale segue como um exemplo na eficácia e na importância de edificações do gênero, cumprindo seu propósito de revitalizar centros urbanos e de gerar condições de vida mais agradáveis aos seus moradores.
Apesar do conceito de floresta vertical ser utilizado por diversos outros profissionais, nem sempre as coisas saem como esperadas, como ocorreu no caso do complexo chinês Qiyi City Forest Garden, que entrou em situação de abandono.
Sucesso entre moradores
O condomínio segue forte nas pesquisas de aprovação, com diversos moradores afirmando que desde o início a administração dos prédios vem cumprindo com o prometido. E de um tempo para cá, a situação está ficando mais interessante ainda para os habitantes, pois já convivem com mais de 1.500 espécimes de pássaros e insetos que sobrevoam a área regularmente devido às condições ambientais.
“Ter essas plantas bem no terraço, árvores de verdade, certamente teve um impacto positivo na minha vida”, esclareceu a moradora Simona Pizzi. “Isso traz a queda da temperatura no verão e parece que essas plantas geraram um microclima, é muito agradável. No inverno, usamos menos aquecimento graças ao efeito estufa, e no verão usamos menos ar condicionado porque o ar é mais frio”.
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