Por que os direitos das mulheres estão em risco no Afeganistão?

20/08/2021 às 02:002 min de leitura

Após os Talibãs tomarem conta de cidade de Cabul, no Afeganistão, o caos foi instaurado dentro do país. Entre os cidadãos amedrontados, muitas mulheres temem perder os seus direitos conquistados nas últimas décadas para a ação de membros radicais do grupo nacionalista islâmico.

Mas por que isso seria um risco de verdade? Em tese, quando os Estados Unidos invadiu o país em 2001, estabelecer os direitos das mulheres e de crianças era um dos supostos objetivos principais, ao lado de eliminar a Al Qaeda por seu papel nos ataques de 11 de setembro. Logo, o país asiático acumula um passado de repressão feminina. Entenda.

Ameaça constante

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Foi necessário apenas 1 semana de poder do Talibã para que notícias a respeito dos direitos femininos no país tomassem conta das manchetes no mundo todo. Segundo relatos, algumas mulheres têm sido forçadas a casar com combatentes talibãs, assediadas publicamente ou forçadas a ficar dentro de casa.

A inversão no governo gera um medo a respeito da possível volta de uma regra do Talibã que foi mantida entre 1996 e 2001, quando as mulheres não podiam trabalhar, meninas não eram permitidas em colégios, além de elas precisarem estar sempre cobrindo seus rostos e acompanhadas na rua por um parente homem.

Em entrevista para a Thomson Reuters Foundation, a política e feminista afegã Fawzia Koofi comentou sobre os acontecimentos recentes e deu sua perspectiva sobre o que vem acontecendo no país. "Os combatentes do Talibã, ao contrário de seus oficiais políticos, infelizmente estão se comportando da mesma maneira que faziam quando estavam no poder", ela lamentou.

Incompatibilidade de discursos

(Fonte: Paula Bronstein)(Fonte: Paula Bronstein)

Se por um lado o discurso político das autoridades que regem a linha de frente do Talibã nesse momento é pacífico e amenizador, a postura dos participantes do movimento não parece seguir o mesmo editorial. Enquanto a nova liderança fala sobre respeitar os direitos humanos, os soldados nas ruas são regidos pela força e brutalidade.

"A liderança deles tem afirmado isso em nossas negociações e eles continuam repetindo as mesmas coisas, mas na prática sabemos que isso é diferente. Muitas pessoas estão sendo mortas", destacou Koofi. Para ela, se o Talibã realmente pretende adotar outra postura em comparação com o passado, vários aspectos precisam mudar.

Por fim, a representante pública pediu para que a comunidade internacional se unisse para ajudar as cidadãs afegãs. De acordo com Fawzia, diversas mulheres precisarão ser transferidas para áreas mais seguras.

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