Artes/cultura
26/11/2023 às 13:00•2 min de leitura
Muita gente daria tudo para entrar no Guinness World of Records. Afinal, essa é uma maneira de pelo menos tentar ficar famoso por alguma coisa. Desde que o livro surgiu, em 1954, há quem faça tudo para emplacar pelo menos um recorde, por mais ridículo que ele possa ser.
Só que algumas das categorias de recordes já foram até retiradas do Guinness, não por serem patéticas, mas sim porque eram controversas ou poderiam incitar algum tipo de perigo. Neste texto, compartilhamos cinco deles.
(Fonte: Getty Images)
As categorias do Guinness que envolviam "comer em excesso" foram retiradas do livro a partir da década de 1990, pois se julgou que elas estimulavam a compulsão alimentar. Até então, a obra elencava recordes como o de Edward Abraham “Bozo” Miller, que era capaz de ingerir 25 mil calorias diariamente.
Mas há uma ressalva: o Guinness ainda celebra feitos que envolvem comer com bastante velocidade. “Todos os nossos registros alimentares mostram apenas a habilidade de comer rapidamente e, como tal, são limitados a curtos períodos de tempo e pequenas quantidades de comida, como o tempo mais rápido para comer três biscoitos cremosos”, observa o site oficial do Guinness.
(Fonte: Getty Images)
Aqui temos mais um exemplo de recorde macabro. O Guinness costumava registrar alguns testes de resistência, como a mórbida façanha de ficar enterrado vivo num caixão junto de alguma fonte de oxigênio. O inglês Mick Meaney conseguiu atingir essa façanha ao ficar 61 dias enterrado em 1968.
Depois, outras tentativas foram feitas, algumas delas até fatais, como no caso de Janaka Basnayake, do Sri Lanka. Ele morreu em 2012, poucas horas depois de ter sido selado numa trincheira de 3 metros de altura.
(Fonte: Peter Keegan/Keystone/Hulton Archive/Getty Images)
Outro tipo de recorde polêmico é o que envolve ficar sem comer, a famosa "greve de fome". O Guinness também passou a fugir do registro desse quesito. “Esta é uma área tão sensível e difícil de monitorar que não aceitamos inscrições públicas para esta categoria”, observa o site.
Contudo, o Guinness já reconheceu o recorde de Angus Barbieri, que conseguiu sobreviver ingerindo apenas líquidos e vitaminas por 382 dias, de 1965 a 1966.
(Fonte: Getty Images)
Em 2013, o Guinness extinguiu a categoria "beijos mais longos". Isso se deu porque se tratava, na verdade, de um recorde de resistência: os participantes tinham que permanecer com os lábios colados uns com os outros, em pé e sem pausas ou descanso. Eles só poderiam beber líquidos por canudos, mas precisavam manter seus lábios colados. Ou seja, tudo isso significava sacrifícios, como a falta de sono, que poderiam ser muito nocivos à saúde.
Presume-se que os últimos detentores desse recorde foram o casal Ekkachai e Laksana Tiranarat, da Tailândia. Os dois se beijaram por 50 horas e 35 minutos.
(Fonte: Getty Images)
Assim como a categoria do beijo, as maratonas de dança podem ser extremamente torturantes e desumanas. Nas décadas de 1920 e 1930, os Estados Unidos tiveram uma fase em que esse tipo de maratona estava na moda, e centenas de casais se aventuravam a dançar sem descansar. Isso começou a ser questionado depois que Homer Morehouse morreu em 1923 participando de uma competição. Por consequência, grandes cidades americanas, incluindo Boston e Los Angeles, proibiram as competições.
Contudo, as maratonas ainda existem no Guinness. Mas há regras mais rígidas: podem participar apenas se os participantes que tiverem mais de 16 anos e descansarem no mínimo cinco minutos a cada hora.