Ciência
10/04/2024 às 14:00•3 min de leituraAtualizado em 10/04/2024 às 14:00
Criado pelo Global Destination Sustainability Movement, iniciativa de associações de Conventions & Visitors Bureau (conselheiros sobre turismo) espalhadas pelo mundo, o Índice Global de Sustentabilidade dos Destinos é responsável por analisar 69 indicadores.
A partir de dados como taxa de reciclagem, nível de poluição, quantidade de ciclovias e hotéis ecológicos, são selecionadas as cidades consideradas mais sustentáveis do mundo. O mais recente levantamento mostra quais são as cidades com melhor acolhimento aos turistas a partir dos quesitos. Confira algumas delas e as razões para estarem bem posicionadas.
Goyang é a primeira cidade da iniciativa a estar fora da Europa. Localizada na região de Seul, entrou para o GSD-Movement em 2017. Desde então, tem escalado rapidamente as posições, especialmente pelo grande investimento na obtenção de certificações. Os espaços para convenções e exposição foi adaptado de modo que a água utilizada no espaço seja proveniente da chuva.
O governo local investe pesado na criação e no cuidado com os parques públicos, além de ter implantado um sistema de compartilhamento de bicicletas, excelente para aproveitar os mais de 400 quilômetros de ciclovias. Outra medida importante foi assumir um compromisso de reduzir a emissão de carbono.
Conhecida pela arquitetura e pelos vinhos, Bordeaux tem apostado cada vez mais em tornar-se um centro sustentável, pensando na elevação do número de viajantes, mas também em sua população. É fácil encontrar bicicletas compartilhadas, transporte fluvial e ônibus elétricos, que facilitam a locomoção enquanto reduzem a emissão de carbono.
Atualmente, 3/4 das vinícolas e 1/3 das empresas turísticas possuem certificados de ecossustentabilidade. Há uma meta ainda mais ambiciosa: chegar em 2026 com no mínimo 80% da infraestrutura turística da cidade (de agências a hotéis) com certificação ecológica. E o objetivo inclui o principal festival de vinhos de Bordeaux.
A histórica cidade escocesa de Glasgow, cujo nome tem origem na palavra gaélica glaschu, que significa "querido espaço verde", é a mais sustentável de todo o Reino Unido. Medidas como a criação de zonas de baixas emissões de carbono, que restringem o acesso de veículos que utilizam combustíveis fósseis, ajudaram a reduzir a poluição.
O governo apostou em veículos elétricos e um sistema de iluminação pública com lâmpadas LED "inteligentes", além de construir vários quilômetros de ciclovias concomitantemente à disponibilidade de bicicletas para locação. Soma-se a isso a presença de muitos espaços verdes pela cidade, garantindo lazer e ar puro.
Nomeada de Capital Verde Europeia em 2019, Oslo, na Noruega, tenta liderar a transição de um país economicamente dependente de combustíveis fósseis. Para isso, investe em um sistema integrado de ciclovias e bicicletas urbanas, além de disponibilizar estações de carregamento para veículos e scooters elétricas.
Apoiar que o sistema de turismo da cidade obtenha certificação ambiental também está nos planos, de modo a garantir que a redução de emissão de carbono possa impactar, também, toda a extensão verde da capital norueguesa — 63% do território é composto por florestas, enquanto 9% são áreas verdes e parques públicos.
Apesar de aparecer por último, a sueca Gotemburgo lidera o Índice Global de Sustentabilidade de Destinos. Fruto de um esforço de todo o país (outras cidades da Suécia já lideraram o ranking), Gotemburgo possui 95% de seu transporte público com veículos que utilizam fontes de energia renovável, especialmente ônibus elétricos. Para o aeroporto, o governo criou um esquema para reduzir a emissão de gases, ao mesmo tempo em que procura compensar o que é sai das aeronaves.
Aproximadamente 90% da rede hoteleira possui certificação ambiental. Mesmo os festivais dos mais variados tipos que ocorrem na cidade entram no movimento. Além de tentar frear a emissão de poluentes, alguns optam por servir apenas refeições vegetarianas, usar material reciclável para palcos, merchandising e vestimenta, além de servir refeições somente em material descartável.