Ciência
18/07/2013 às 06:02•2 min de leitura
Ultimamente temos visto muitas notícias sobre exoplanetas que foram detectados nesta ou naquela constelação — aliás, mais de 900 deles já foram identificados —, e a mais recente descoberta é a de que um desses astros é da cor azul. Entretanto, estamos bem longe de ter encontrado muitos desses mundos, já que os astrônomos estimam que existam ao menos 100 bilhões de exoplanetas só na Via Láctea!
Mas, afinal, qual é o critério utilizado pelos astrônomos para classificar um astro recém-descoberto como exoplaneta? Bem, como o próprio nome indica, esse tipo de planeta se encontra fora do nosso sistema solar, e ele orbita ao redor de uma estrela como o Sol. E, segundo os astrônomos, basicamente existe um desses mundos para cada estrela da galáxia.
Além disso, as estrelas são extremamente importantes para que os astrônomos possam identificar as propriedades dos exoplanetas, e a grande maioria descoberta até o momento é semelhante a Netuno e Júpiter. Isso provavelmente porque esses astros são gigantes e, portanto, mais fáceis de encontrar. Contudo, planetas de tamanho parecido ao da Terra também já foram detectados, e dois deles inclusive orbitam uma estrela similar à nossa.
Evidentemente, esse tipo de descoberta desperta a curiosidade — e a esperança — de que um dia também seja possível encontrar um exoplaneta que ofereça condições ideais para a existência de vida. Mas, para isso, esses planetas devem se encontrar dentro da zona habitável, ou seja, próximos o suficiente de suas estrelas para que exista líquidos em sua superfície e distantes o suficiente para que as temperaturas não sejam altas demais.
A boa notícia é que provavelmente existem bilhões de “pseudo-Terras” espalhadas pelo espaço que se encaixam nesses critérios, e alguns desses planetas já foram identificados. O problema, no entanto, é que menos de 5% dos exoplanetas conhecidos podem ser observados através de telescópios e, aqui da Terra, muitas vezes apenas é possível detectar aqueles que são extremamente grandes.
O telescópio espacial Kepler da NASA descobriu mais de 2.700 potenciais exoplanetas, e todos estão torcendo para que o problema técnico sofrido pelo equipamento não ponha um fim à sua missão. Por sorte a ESA — agência espacial europeia — tem planos de enviar a sonda Gaia ao espaço em outubro para realizar o mesmo tipo de busca, então é possível que novas descobertas sejam realizadas em breve. Veja abaixo alguns exoplanetas conhecidos:
Fonte da imagem: Reprodução/Mashable
Localizado a apenas 4,37 anos-luz da Terra, o Alpha Centauri Bb faz parte do sistema estelar mais próximo do nosso. Entretanto, um estudo recente questiona a sua existência, assim, no momento, há um forte debate sobre essa questão.
Fonte da imagem: Reprodução/Mashable
Descoberto em 2011, este é o menor exoplaneta já descoberto, medindo cerca de 1,4 vez o tamanho da Terra.
Fonte da imagem: Reprodução/Mashable
Orbitando dentro da zona habitável de sua estrela, o Gliese 581 g é um exoplaneta rochoso situado a 20 anos-luz de nós. Caso a sua existência realmente seja confirmada, este será o astro mais parecido com a Terra já encontrado.
Fonte da imagem: Reprodução/Mashable
Também orbitando dentro da zona habitável de sua estrela, o Kepler-22b é uma super-Terra da qual ainda se sabe muito pouco, e os astrônomos ainda não conseguiram determinar se a sua composição é predominantemente líquida, gasosa ou rochosa.
Fonte da imagem: Reprodução/Mashable
Na verdade, Gliese 667C não é o nome de um exoplaneta, mas de uma estrela com seis planetas dos quais três são possivelmente habitáveis. Esse sistema se encontra a 22 anos-luz da Terra e, de acordo com os astrônomos, é o melhor candidato a oferecer condições favoráveis à vida.