Corrida espacial asiática: China e Índia planejam ir para Marte

28/10/2013 às 11:162 min de leitura

“Nós escolhemos ir à Lua nesta década e fazer as outras coisas, não porque sejam fáceis, mas porque são difíceis. Porque aquela meta irá servir para organizar e medir o melhor de nossas energias e habilidades” – foram as palavras do discurso de 1961 do presidente americano John F. Kennedy que explicam os esforços do país para buscar a conquista do espaço.

Mais do que explorar o desconhecido, sabemos que naquele momento Rússia e Estados Unidos fortaleciam a rivalidade internacional ao mesmo tempo em que celebravam seu desenvolvimento nacional. Hoje, o anúncio do interesse de China e Índia por tudo o que está além da Terra nos permite pensar que esses dois países passam a ocupar o espaço dos dois grandes grupos políticos e econômicos de décadas atrás.

Índia

Fonte da imagem: The Hindu

O programa espacial da Índia foi criado na década de 1960 e até então tinha seu principal foco no desenvolvimento do país e na construção de satélites que ajudassem a monitorar a água e o desmatamento da região. Em 2008, a Índia lançou o Chandrayaan-1 – um satélite que passou a orbitar a Lua – e agora surgem planos para ir ainda mais além na exploração da lua e do clima no espaço.

E um dos destinos que estão nos planos da Índia é Marte. Por esse motivo, o país criou o Mars Orbiter Mission (MOM), um projeto de 73 milhões de dólares que pretende colocar uma sonda espacial na órbita de Marte. Um dos desafios dessa missão é fazer com que o dispositivo funcione corretamente, mesmo com a temperatura e a radiação do planeta vermelho, já que foi isso que causou a “morte prematura” do Chandrayaan-1, que não aguentou a radiação da Lua.

De acordo com o site The Planetary Society, a missão da Índia em Marte está marcada para o dia 5 de novembro de 2013.

China

Fonte da imagem: Reprodução/The Atlantic

O programa de exploração espacial da China já entra na sua segunda década e planeja uma nova visita ao espaço ainda esse ano. Em dezembro, uma sonda será colocada a bordo do Chang’e-3 e, se tudo se sair conforme o planejado, ela aterrissará na Lua para analisar amostras do solo e de rochas. Zhao Xiaojin, diretor do departamento espacial da China Aerospace Science and Technology Corporation, descreveu a sonda como um equipamento capaz de se adaptar bem em diferentes ambientes, além de estar equipada com um robô de alta performance.

Segundo o The Atlantic, os planos chineses de conquistar Marte são mais ambiciosos e, por isso, estão previstos para 2040 e 2060.

Corrida espacial

O portal New Scientist revela que o aumento do interesse desses dois países pelo que há além da atmosfera terrestre pode indicar o começo de uma corrida espacial asiática que tem como principal objetivo a conquista de Marte.

Não nos restam dúvidas de que uma competição desse tipo resultaria em inovação, mas talvez os desafios de engenharia e os esforços financeiros necessários para que humanos possam chegar a Marte sejam grandes o suficiente para desencorajar mesmo as duas potências asiáticas. Quem sabe, sugere o New Scientist, uma colaboração entre os dois países não fosse a melhor estratégia para garantir o sucesso da exploração do planeta vermelho. O que você acha?

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