Ciência
30/10/2014 às 10:17•3 min de leitura
Você já teve a oportunidade de conferir aqui no Mega Curioso um registro incrível de um fenômeno encantador que acontece nos céus quando existe tempestade solares que interagem no campo magnético da Terra: a aurora boreal. Em outro vídeo, também publicado por aqui, é possível observar o evento visto do espaço em outro registro sensacional.
De acordo com o artigo de Jesse Emspak do Live Science, as auroras são centradas nos polos magnéticos da Terra, tornando-se visíveis em uma região aproximadamente circular em torno deles. Como os polos magnéticos e geográficos não são os mesmos, algumas vezes, as auroras são visíveis mais ao sul do que se poderia esperar, enquanto em outros lugares é mais ao norte.
Existem lugares onde a aurora é mais frequente de visualizar, levando milhares de pessoas para apreciar o belo fenômeno nessas regiões. Por exemplo, no hemisfério norte, as melhores observações acontecem na costa norte da Sibéria, Escandinávia, Islândia, na ponta sul da Groenlândia, norte do Canadá e do Alasca.
Já no Hemisfério Sul a chamada “área auroral” fica principalmente sobre a Antártida ou no Oceano Antártico. Acontece ainda a aurora austral, que pode ser observada da Tasmânia, havendo avistamentos ocasionais no sul da Argentina ou nas Ilhas Malvinas, mas são bastante raros. Logo abaixo você vai poder conferir mais alguns fatos fascinantes sobre esses espetáculos luminosos do céu:
As auroras são resultado de colisões entre partículas gasosas na atmosfera da Terra com partículas carregadas liberadas da atmosfera do Sol.
As variações de cor são devido ao tipo de partículas de gás que estão colidindo, sendo que a tonalidade mais comum é a verde, que é produzida pela colisão com moléculas de oxigênio localizadas a cerca de quase cem quilômetros acima da Terra que se expandem até quase mil quilômetros.
Prótons e elétrons saem da superfície solar e batem no campo magnético da Terra. Como as partículas carregadas se movem em espirais ao longo das linhas do campo magnético, os prótons se encaminham para uma direção e os elétrons para outra, e atingem a atmosfera terrestre, seguindo as linhas do campo magnético.
Quando as partículas carregadas atingem o campo magnético, elas ganham energia, liberando fótons de ondas específicas. Como já citado anteriormente, a reação com os átomos de oxigênio emitem luz verde e às vezes vermelha, enquanto a reação com o nitrogênio se torna mais laranja ou vermelho.
Conforme você pode conferir no vídeo deste link, as auroras também são visíveis do espaço com imagens incríveis. Tudo porque essas luzes são brilhantes o suficiente para se destacarem de forma intensa no lado noturno da Terra, mesmo se elas estivessem até sendo observadas de outro planeta.
De acordo com o Live Science, a órbita da Estação Espacial Internacional está inclinada suficiente para que as luzes celestiais até passem por ela. Porém, na maioria das vezes, ninguém percebe, pois a densidade de partículas carregadas é muito baixa.
Rodney Viereck, diretor do Space Weather Prediction Test Bed at the National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), disse que o único momento que importa mesmo é durante as tempestades solares intensas, particularmente quando os níveis de radiação são altos.
Quando isso acontece, todos os astronautas têm que mudar para uma área da estação mais protegida. Mas, de qualquer forma, a equipe é capaz de tirar fotos e filmar imagens inesquecíveis das auroras.
Você sabia que as auroras não são exclusividade só da Terra? Elas acontecem também em outros planetas como Júpiter e Saturno. E nesses lugares elas são ainda mais poderosas do que aqui, pois os campos magnéticos desses planetas têm a magnitude muito mais intensa.
Bem de vez em quando, outras regiões longe dos polos são presenteadas com o espetáculo de luzes das auroras. De acordo com o Live Science, em períodos de alta atividade solar, elas alcançaram até os estados norte-americanos de Oklahoma e Geórgia, que ficam no sul do país, como aconteceu em 2011.
Antigamente, há quem achasse que as belas luzes das auroras na verdade significavam um mau presságio, principalmente onde o evento acontecia raramente. Porém, a maioria das pessoas via o fenômeno como algo incomum e impressionante. Na crença daqueles que acreditavam que a aurora era do mal, eles pensavam que as luzes eram espíritos brincando no céu.
Alguns grupos diziam às crianças para não brincarem à noite ao ar livre durante o fenômeno, pois a aurora podia leva-las embora, acreditando que as luzes fossem os espíritos dos mortos. No Hemisfério Sul, os povos aborígines da Austrália associavam as luzes do sul com incêndios no mundo espiritual.