
Ciência
21/03/2013 às 09:49•1 min de leitura
Muitas vezes, as maiores descobertas científicas acontecem por acaso. Recentemente, os pesquisadores da Danesco, Phillipe Horvath e Rodolphe Barrangou, tentavam descobrir maneiras mais eficientes de produzir iogurte, quando encontraram, sem querer, uma proteína que pode revolucionar o campo da engenharia genética.
As bactérias usadas para a produção de iogurte costumam ser atacadas por vírus e, com isso, diminuem sua produção. Cientistas já sabiam que essas bactérias possuem sequências repetidas que se espalham ao longo do DNA todo e, recentemente, perceberam que essas repetições são uma espécie de sistema imunológico primitivo.
Elas funcionam como um registro genético dos vírus que tentaram atacar a bactéria. Com base nele, o microrganismo é capaz de destruir os invasores, extraindo o código deles.
Ao analisar melhor essa propriedade, Horvath descobriu não apenas que essa técnica poderia ser usada para criar bactérias mais resistentes, mas também que seria possível manipular essa função para recortar material genético com mais precisão e facilidade.
O resultado é semelhante ao uso de um editor como o Word para recortar um trecho de texto. Melhor do que isso, a técnica possibilita que múltiplas edições do código genético sejam realizadas simultaneamente e até mesmo em escala industrial.
A técnica já tem sido testada em diversos experimentos da área e, por enquanto, é bom frisar que sua aplicação tem sido exclusivamente em células e não em organismos como um todo.