Artes/cultura
23/04/2013 às 06:19•3 min de leitura
Como você sabe, a Segunda Guerra Mundial foi um dos eventos mais terríveis da história da humanidade, deixando entre 50 e 70 milhões de mortos, sem contar os feridos e as economias de diversos países em frangalhos. E, apesar de todo o mundo querer esquecer as atrocidades vividas nesse período — que durou de 1939 a 1945 —, de tempos em tempos são descobertos remanescentes esquecidos desse conflito.
Você inclusive deve ter visto por aqui um exemplo dessas curiosas descobertas, quando publicamos uma notícia sobre um pombo-correio a serviço dos aliados que foi encontrado em uma chaminé na Inglaterra ainda com uma mensagem em código presa ao seu corpo. A seguir você pode conferir mais descobertas sinistras, feitas muito tempo depois do término da guerra:
Fonte da imagem: Reprodução/Berliner Kurier
Em 1998, mais de 50 anos após o fim da guerra, alguns construtores encontraram por acaso em Berlin o bunker de Joseph Goebbels, ninguém menos do que o Ministro da Propaganda de Adolf Hitler e principal responsável por disseminar a ideia do genocídio judeu. Por alguma razão sinistra, o esconderijo resistiu aos bombardeios ao final da guerra, e acabou sendo lacrado e esquecido durante todos esses anos.
O mais irônico foi o bunker ter sido descoberto justamente durante as obras de construção de um memorial do holocausto. Outro esconderijo importante foi encontrado quando a banda Pink Floyd foi a Berlin para fazer o show The Wall: Live in Berlin, para celebrar a reunificação pós-queda do muro.
O bunker descoberto então foi o dos guarda-costas pessoais de Hitler, e o local estava repleto de obras pintadas pelo próprio Führer que, afinal, antes de enlouquecer de vez, foi artista. Os dois locais — tanto o bunker Goebbels como o da guarda pessoal de Hitler —, embora historicamente importantíssimos, foram fechados para evitar qualquer risco de que os locais se tornassem santuários neonazistas.
Fonte da imagem: Reprodução/Cracked.com
Durante um sobrevoo sobre o vilarejo de Zernikow, na Alemanha, um piloto avistou em 1992 uma enorme suástica de mais de 3.700 metros quadrados feita de árvores bem no meio de uma floresta de pinheiros. Ninguém sabe dizer ao certo quem foi o responsável por plantar o símbolo, nem qual é o seu propósito — além de o de assustar possíveis visitantes alienígenas, talvez —, mas depois da descoberta algumas árvores foram derrubadas.
O fato é que a “suástica arbórea” sobreviveu durante 40 anos sem ser descoberta, já que, devido ao tipo de árvore escolhida, a imagem só se torna incrivelmente visível no outono, quando suas folhas se tornam amarelas. Infelizmente, essa formação de Zernikow não é a única. Em 2006, outra suástica semelhante, feita com 600 pinheiros, foi descoberta em Tash-Bashat, no Quirguistão, e continua lá, para quem quiser ver.
Fonte da imagem: Reprodução/The Guardian
Tudo bem que a imagem acima não é nenhum prodígio fotográfico: o retrato está fora de foco, a composição é ruim, e a pessoa que clicou a foto não entendia muito de iluminação. No entanto, a fotografia, que foi leiloada em Londres em 2009, é o único registro fotográfico em cores da mais significativa rendição do exército alemão ao final da Segunda Guerra Mundial.
Embora ninguém devesse registrar esse momento histórico — quando os alemães entregaram o noroeste da Alemanha, os Países Baixos e a Dinamarca aos aliados —, Ronald Playforth, assistente do Marechal Bernard Law Montgomery, homem que aceitou a rendição, clicou o evento enquanto se escondia atrás de alguns arbustos. A foto ficou guardada em segredo durante 64 anos.
Fonte da imagem: Reprodução/CNN
Em 2010, no meio de uma floresta de Papua Nova Guiné, um campo de batalha inteiro — incluindo armas, equipamentos, soldados caídos e tudo mais — foi descoberto completamente intacto, como um verdadeiro e macabro museu da guerra. A “cena” mostra o resultado de um dos mais sangrentos enfrentamentos entre soldados japoneses e australianos, conhecido como Eora Creek, no qual 79 australianos perderam a vida e outros 145 foram feridos.
O local foi encontrado por Brian Freeman — um capitão aposentado do exército australiano —, que se baseou em antigos diários e mapas para chegar ao campo de batalha. O sítio, localizado a mais de 95 quilômetros dentro de uma densa selva, era conhecido pela população nativa — os Alola —, que tinham medo de se aproximar por temor aos espíritos dos soldados mortos.