Estilo de vida
20/03/2017 às 02:00•2 min de leitura
O que você faria se estivesse no comando do maior país do mundo e tivesse algumas armas nucleares reservadas durante a Guerra Fria? Enquanto os EUA arquitetavam a criação do Projeto Plowshare, que visava usar explosivos nucleares para fazer túneis e escavações, a então União Soviética queria ousar um pouquinho mais.
O pesquisador Derek Mead, diretor da revista Motherboard, resolveu revirar a história da União Soviética na Guerra Fria e descobriu um plano mais do que bizarro: parece que os soviéticos tinham intenções de usar suas armas nucleares para derreter a região ártica, a fim de tornar o frio um pouco menos cruel no território russo.
Fonte da imagem: Reprodução/Infoescola
De acordo com Mead, apesar de ter o maior território do planeta, a Rússia encontrava dificuldades para tirar proveito dele. Além disso, o país já estava gastando uma quantidade imensa de dinheiro para lidar com os problemas relacionados ao gelo. Um dos meios de melhorar a atividade econômica da terra da vodca era explorar as muitas fontes de petróleo presentes no Ártico e na Sibéria, o que era muito difícil devido ao frio extremo e às geleiras.
A ideia era explorar o petróleo, ultrapassar a economia dos EUA e, claro, derreter a Sibéria. O plano era ingênuo em suas ambições, mas extremamente perigoso, considerando que a ferramenta utilizada seria nuclear. A ideia era construir um imenso dique que começaria na Rússia e terminaria no Alasca (!).
Fonte da imagem: Reprodução/HBO
Em suas cabeças perigosamente inocentes, os russos acreditavam que dessa maneira conseguiriam redirecionar a Corrente do Golfo no Oceano Atlântico, o que traria as águas quentes da Flórida para a Europa. Essas águas, por serem salgadas, acabariam com o frio no Ártico.
A grande questão do plano não era nem a sua provável inviabilidade, mas o descontrole que uma atitude tão grande quanto essa provocaria em nosso planeta inteiro. O mais surpreendente é que os EUA quase aderiram à ideia. O próprio John F. Kennedy, então senador norte-americano, declarou que valeria a pena explorar a ideia da barreira entre Sibéria e Alasca.
*Publicado em 3/5/2013