Ciência
26/04/2018 às 03:00•2 min de leitura
Infelizmente, o que não faltam neste mundo são assassinos malucos responsáveis pela morte de muitos inocentes, e aqui no Mega Curioso já falamos de uma porção deles. Hoje você vai conhecer a história de um médico escocês chamado Lewis Hutchinson que, no século 18, se tornou o primeiro serial killer da Jamaica.
Segundo os relatos, Hutchinson se mudou para a Jamaica em meados de 1870, e se instalou em uma propriedade chamada Edinburgh Castle — ou Castelo de Edimburgo em tradução livre. O local se encontrava em uma área rural no meio do nada, a quilômetros de distância de qualquer sinal de civilização, e costumava atrair a atenção de viajantes que por ventura passavam pelas proximidades.
Fonte da imagem: Reprodução/Jamaica Travel and Culture
O problema é que o médico era completamente louco e capturava qualquer pessoa que atravessasse seu caminho. Dizem que, uma vez que suas vítimas se tornavam incapazes de escapar, Hutchinson bebia o sangue delas como se fosse um vampiro, além de desmembrar as pobres coitadas. Os responsáveis por dar fim aos corpos eram os escravos do médico, que costumavam abandonar os cadáveres em árvores para as aves de rapina.
Muitas vítimas também eram jogadas em uma enorme dolina — uma espécie de buraco natural— com 98 metros de profundidade, onde eram abandonadas para apodrecer. Existem relatos de que o médico maluco passou a se divertir com as “presas”, entretendo as pobres coitadas como se fossem hóspedes até se cansar e acabar com elas. Mas, além de matar, o escocês também costumava roubar os animais dos vizinhos e criar confusão.
Tanto que se conta que, depois de um encontro violento, um dos vizinhos de Hutchinson passou a viver com uma placa de metal no crânio. E não pense que os crimes não passaram despercebidos pelas autoridades! O problema é que até a polícia tinha medo do médico, evitando confrontar o louco. Isso até um soldado inglês chamado John Callendar resolver pôr um fim no reinado de terror do assassino.
Fonte da imagem: Reprodução/Dennis M. Gilman
Durante o duelo, Hutchinson matou Callendar diante de várias testemunhas e, sabendo que os companheiros do soldado viriam atrás dele, o médico fugiu de barco. Por sorte, o serial killer foi capturado, e as investigações sobre os crimes revelaram detalhes horripilantes. Os escravos do escocês contaram histórias assustadoras sobre torturas e assassinatos, e as autoridades encontraram pilhas de roupas e mais de 40 relógios que foram tirados das vítimas.
Os investigadores também descobriram que dois dos vizinhos do médico participaram algumas vezes das sessões letais no castelo. Os três foram julgados e condenados à forca e, curiosamente, Hutchinson foi acusado apenas de ter matado a Callendar, o soldado inglês. Apesar das evidências e testemunhos, até hoje não se sabe ao certo quantas pessoas o prolífico serial killer matou, embora se acredite que possam ser centenas.
Atualmente, ainda é possível visitar as ruínas do antigo Castelo de Edimburgo, assim como a dolina na qual o escocês maluco mandava jogar os cadáveres de suas vítimas. O buracão, aliás, também pode ser visitado até hoje, e é um local procurado por suicidas da região.
*Publicado em 14/04/2014