Ciência
17/02/2016 às 14:48•4 min de leitura
Lenta e agonizante, esta punição já foi feita com água, óleo, cera e até mesmo vinho e chumbo derretido. Se o choque da dor não deixar a vítima inconsciente, ela vai experimentar uma sensação insuportável de ter as camadas externas da pele destruídas pelo calor até serem dissolvidas. Em seguida, haverá a ruptura completa do tecido adiposo.
Pode parecer que uma morte tão severa foi destino de grandes criminosos, mas o Imperador Nero impôs esta condenação a milhares de cristãos. Já na Idade Média, os falsificadores de moedas é que recebiam tal penalidade.
Apesar de chocante e cruel, acredita-se que esta prática tenha sido realizada recentemente, em 2002, pelo governo do Uzbequistão, conduzido por Islam Karimov. Eles foram acusados de torturar vários suspeitos de terrorismo desta maneira.
Esta técnica é atribuída a antigos guerreiros nórdicos, que misturavam a brutalidade com o imaginário poético. Primeiro, eles cortavam as costas da vítima para expor a coluna vertebral. Então, eles seguravam as costelas, forçando-as para trás até que saíssem do corpo.
Para completar, os pulmões eram retirados da cavidade corporal e revestidos com sal.
Método usado por Vlad, o Empalador, Príncipe da Valáquia que governou a região durante o século 15, o empalamento costuma ser retratado por uma estaca atravessando verticalmente uma pessoa – o que poderia passar a impressão de ser uma morte rápida, porém o processo real durava muito mais tempo.
Tradicionalmente, a lança era afiada e fixada no chão. A vítima era colocada sobre a ponta, com o objeto inserido pelo reto ou vagina. O peso do corpo fazia com que a lança fosse perfurando os órgãos de uma maneira lenta e agonizante, até que, depois de penetrar por todo o torso, rasgava uma saída através do ombro, pescoço ou garganta. De acordo com relatos, a vítima poderia demorar até 8 dias para morrer.
O keelhauling* era uma punição marítima que muitas vezes acabava em morte. A vítima era pendurada no navio, ficando suspensa por uma corda, e era rapidamente puxada ao longo do comprimento do casco.
Nos veleiros de madeira, o casco do navio era revestido por espessas camadas de cracas, cujas conchas poderiam ser como pedras bem duras. Assim, quem era submetido a tal sofrimento, enquanto se afogava, tinha a pele arrancada implacavelmente, ao mesmo tempo em que a água salgada fazia arder os ferimentos. Segundo relatos, as conchas eram tão afiadas que poderiam arrancar membros inteiros, até mesmo decepando a cabeça.
Empregado principalmente pelos holandeses e franceses dos anos 1500, o método foi abolido em 1853.
Um dos métodos preferidos do imperador romano Nero consistia em amarrar uma pessoa a uma estaca untada com material inflamável, queimando-a lentamente até a morte.
O que diferencia esta punição de muitas outras semelhantes é o fato de que as vítimas eram alinhadas para fornecer a iluminação para as festas do imperador.
Registrado pela primeira vez na Inglaterra durante o século 13, este modo de execução era a punição legal por traição. Por ser extremamente bárbaro, se esperava que ninguém jamais correria o risco de ser acusado de tal ato. Porém, muitos tiveram seu fim desta maneira cruel.
O processo começava com a vítima amarrada em um painel de madeira, que era puxado por um cavalo. Então, ela era submetida a um enforcamento lento, fazendo com que a corda cortasse aos poucos a pele e a garganta.
Uma vez que a vítima estava agonizando, ela era estripada: seu estômago era aberto e seus intestinos e outros órgãos, picados em pequenos pedaços.
Depois que o acusado morria, seu corpo era cortado em várias partes e cada uma era enviada a uma área diferente do país, como um aviso.
Mostrada na série Game of Thrones recentemente, a tortura do rato é um método extremamente cruel. Em sua forma mais básica, um balde com ratos vivos é colocado sobre o torso exposto de uma pessoa. Os executores aplicam calor ao balde e os ratos começam a roer e rasgar caminhos no abdome da vítima para tentar escapar de tal aquecimento.
Além da dor de ter a pele e os órgãos dilacerados, ainda havia o sofrimento ao sentir roedores grandes e imundos se contorcendo por dentro de suas entranhas.
O General Pinochet disse ter empregado a técnica durante a ditadura do Chile, entre 1973 e 1990. Nessa época, outras versões do castigo foram aplicadas, com ratos ou aranhas sendo inseridas no reto ou na vagina através de tubos.
Forçar lascas finas de bambu sob as unhas foi um método muito usado para fazer alguém confessar. Porém, a planta também foi utilizada para, lentamente, matar uma pessoa. Supostamente usado pelos japoneses em prisioneiros de guerra norte-americanos, o método consistia em amarrar a vítima a um quadro sobre um pedaço de broto de bambu.
Sendo uma das plantas com crescimento mais rápido do mundo, as pontas afiadas começavam a perfurar a pele pouco a pouco. O resultado era uma morte por múltiplos cortes, o que seria equivalente a ser deixado em uma cama de estacas afiadas.
Em 2008, o programa MythBusters, do canal Discovery Channel, utilizou um molde humano, daqueles usados em exames de balística, e descobriram que o bambu demora três dias para entrar no corpo.
A esfolação tem uma história longa e grotesca: registros da prática existem desde 911 a.C., mas ela foi utilizada com maior frequência durante a Europa Medieval. Várias técnicas têm sido aproveitadas em diferentes culturas, mas a base continua a ser a mesma: retirar a pele lentamente, mantendo a vítima viva pelo maior tempo possível.
Esculturas do período assírio mostram que o processo começa com incisões nas coxas ou nas nádegas, enquanto no modo europeu a pele era arrancada a partir dos pés.
A morte viria normalmente, como resultado da perda de sangue e do choque. Porém, nos piores casos, a vítima era mantida em estado de agonia por vários dias, até sucumbir aos ferimentos infectados.
Achou tudo péssimo até agora? Pois o escafismo é uma das mortes mais torturantes e nauseantes de todos os tempos. Praticada pelos persas antigos, por volta de 500 a.C., a punição poderia se prolongar por dias.
A pessoa era amarrada a um barco ou tronco e alimentada com apenas leite e mel, até que desenvolvesse uma diarreia grave. Seu corpo também era lambuzado com o alimento.
Com essa alimentação repetida em intervalos diários, a vítima tinha pouca chance de morrer de sede ou fome, e aí começava a sua tortura: o mel e as fezes atraíam milhares de insetos, que cavavam em seus olhos, ouvidos e nariz, entrando na boca, enquanto vermes e parasitas, criados na sujeira do barco, se contorciam em suas entranhas.
A morte era causada por uma combinação de infecções. O historiador grego Plutarco afirmava que uma vítima poderia levar 17 dias para morrer.
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