
Artes/cultura
07/04/2017 às 07:31•2 min de leitura
Ainda relativamente pouco conhecida no Brasil, a microfisioterapia é uma técnica de terapia manual criada na década de 1980 pelos fisioterapeutas e osteopatas franceses Daniel Grosjean e Patrice Benini, que até hoje seguem realizando pesquisas científicas, trabalhando em suas clínicas e ministrando cursos de formação de outros profissionais.
A microfisioterapia se baseia na embriologia, que estuda o desenvolvimento do ser vivo desde a fecundação até o final do estado embrionário. Como o cérebro, a pele e seus anexos possuem a mesma origem embrionária (o ectoderma), isso explica a profunda relação entre eles. Acontece que, sem que nos demos conta, mergulhados em nossas rotinas, os sentimentos e as emoções são registrados pelo sistema nervoso e permanecem afetando nossa saúde quando não são tratados.
Diante disso, por meio de toques que visam investigar os ritmos do corpo, um microfisioterapeuta é capaz de identificar a causa primária do sintoma orgânico aparente — tendinite, por exemplo — e estimular o organismo a se dedicar a um processo de autocorreção. Em outras palavras, a microfisioterapia ajuda o corpo a eliminar os traumas passados ou presentes guardados na memória celular que estejam atrapalhando seu bom funcionamento.
Segundo as diversas pesquisas já conduzidas, os benefícios da microfisioterapia são muitos, entre eles melhoria do estado emocional, tratamento de dores, estimulação do sistema imunológico e até prevenção de doenças.
Uma vez que a microfisioterapia é uma técnica não invasiva, que respeita os limites do organismo, é indicada para qualquer pessoa, independente da patologia ou da idade — o que a torna uma alternativa bem interessante de tratamento. E veja só que detalhe curioso: muitas vezes, os pacientes sequer imaginam que apresentam tais “cicatrizes” emocionais!
A fisioterapeuta Ariane Pitrez garante que consegue identificar, por exemplo, desde o medo de o dinheiro faltar até a tristeza causada por uma briga de mãe e filho. “É muito simples. Todas essas emoções geram alguma reação física no corpo da pessoa, e, com a apalpação, consigo rastreá-las. A técnica é tão eficiente que pode mapear registros de até 72 horas antes da concepção do indivíduo.”
O paciente é atendido em uma maca e cada consulta dura, em média, de 45 a 90 minutos; já o número de sessões depende de cada caso, mas já são notados resultados na primeira.
Após o atendimento, o paciente recebe algumas orientações, entre elas: descansar, ingerir líquido, especialmente água, para hidratar as células, e respirar lenta e profundamente, para melhor oxigenação tecidual. Esses cuidados vão facilitar o trabalho do organismo e potencializar a eficácia do método.
Podem ocorrer reações físicas ou orgânicas como sonolência, cansaço ou diarreia nas 24 a 72 horas após a consulta, contudo não há motivo para se preocupar, pois isso é um processo de resolução ou limpeza do organismo e desaparece em poucas horas.
E você, caro leitor, já tinha ouvido falar da microfisioterapia? Já se submeteu a essa técnica? Conte para nós na seção dos comentários.
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