
Ciência
24/09/2013 às 05:05•2 min de leitura
A cada época um tipo de vírus de gripe aterroriza a população, trazendo sintomas que podem até levar à morte, como aconteceu durante a epidemia global de H1N1 em 2009. Apesar da vacina para essa variação específica (e para a gripe comum) já ter sido criada e ter imunizado milhares de pessoas, a busca por uma opção universal é constante.
Isso porque os vírus gripais são difíceis de evitar e estão sempre em mutação, variando de forma que causem sintomas dos mais leves aos mais graves. Por isso, encontrar uma solução que imunize contra toda e qualquer cepa da influenza é tão importante.
Porém, ao que tudo indica, teremos uma boa novidade em cinco anos. Para chegar finalmente à criação de uma vacina universal, uma equipe de cientistas britânicos do Imperial College London utilizou dados coletados após o surto de gripe suína de 2009 para desenvolver uma imunização que poderá salvar até meio milhão de vidas a cada ano.
De acordo com os cientistas, a chave para a pesquisa mais recente da gripe pode ser encontrada nas células imunes conhecidas como T CD8. O estudo realizado mostrou que, entre os 341 participantes com o vírus H1N1, aqueles que tinham mais células T CD8 no sangue apresentaram sintomas menos graves da doença ou nenhum sintoma. A nova vacina faria simplesmente uma indução ao corpo para produzir mais desses tipos de células.
Vale ressaltar que a superfície dos vírus da gripe é feita de diferentes combinações de proteínas, mas mudando constantemente a sua composição, o que dificulta a criação de vacinações eficazes e definitivas. Porém, o núcleo do vírus da gripe permanece o mesmo em muitos tipos de cepas, sendo essa a chave principal para a criação dessa nova vacina universal.
"É um modelo para uma vacina. Sabemos o subgrupo exato do sistema imunológico e nós identificamos os fragmentos-chave no núcleo interno do vírus. Na verdade, neste caso, temos cerca de cinco anos até o início da produção. Nós temos o conhecimento, sabemos o que precisa ter na vacina e podemos fazê-la”, afirmou à BBC o professor Ajit Lalvani, que liderou o estudo.
Enquanto isso, a melhor solução é aproveitar as vacinas que existem atualmente e se cuidar com uma boa alimentação, lugares arejados e higiene das mãos.