5 doenças estranhas que você provavelmente desconhece

04/11/2015 às 07:034 min de leitura

O corpo humano é tão surpreendente e cheio de facetas que, quando adoece, não deixa de causar espanto. Estamos acostumados com sintomas como vermelhidão, inchaço, dor, coceira e sangramentos, mas, quando coisas mais estranhas acontecem, não adianta: ficamos completamente chocados. O Cracked reuniu alguns casos médicos que, de tão raros e diferentes, causam muito espanto.

1 – Cílios que nascem dentro dos olhos

Em um episódio de Friends, Rachel precisa usar colírio e, como é do tipo que tem pavor de coisas envolvendo olhos, pingar o tal colírio vira uma tarefa coletiva – e divertida, é claro. Se você também tem agonia de coisas que envolvem olhos, torça para nunca ter um dermoide de limbo, que é o nome dessa protuberância que pode crescer dentro do seu olho um dia.

Essa coisa assustadora é, na verdade, um tumor congênito benigno, que se forma na região do limbo, que fica na córnea. Apesar de seu aspecto assustador, esse tumor costuma não causar muitos problemas sérios, justamente por não ser cancerígeno. Ainda assim, não parece ser muito agradável o fato de que, com ele, crescem também alguns pelinhos.

Felizmente, esse é o tipo de coisa que não é tão comum assim – estima-se que um oftalmologista atenda, em média, durante todos os seus anos de carreira, dois casos desses. Agora, se você acha que isso é tudo o que a região do limbo poderia proporcionar, você está enganado: ele é capaz de desenvolver cartilagem e glândulas de suor. Dentro do olho.

2 – A Síndrome de Uner Tan

Essa síndrome é bastante rara e curiosa e acomete uma grande família da Turquia e algumas poucas pessoas de regiões próximas. Dos 19 irmãos da casa, cinco andam como se fossem quadrúpedes, usando tanto os pés quanto as mãos como apoio na hora da locomoção.

Os primeiros estudos feitos sobre o caso fizeram com que alguns cientistas defendessem a ideia de uma “evolução inversa”. Pesquisas realizadas depois comprovaram, no entanto, que definitivamente não é esse o caso, até mesmo porque essa seria uma forma simplista analisar o processo evolutivo. Além do mais, os cientistas observaram que a forma como essas pessoas andam é mais parecida com a maneira como os gatos andam do que com o andar dos primatas.

Apesar da forma diferente de locomoção, essas pessoas estão acostumadas a ir de um lado para o outro como se fossem quadrúpedes e fazem isso sem aparentar muitas dificuldades, conseguindo subir escadas, inclusive. Outra característica curiosa a respeito delas é a comunicação, pois conversam em um dialeto inventado por elas mesmas.

Todas essas peculiaridades são provocadas por uma condição genética rara que modifica funções cerebrais relacionadas ao desenvolvimento cognitivo, por isso a incapacidade de andar sobre dois pés e as dificuldades de fala. As pesquisas a respeito dessa síndrome ainda são muito recentes, por isso não há esperanças de cura por enquanto. Por outro lado, cientistas conseguiram estudar as funções de uma proteína ligada ao tratamento de outras doenças neurológicas, como o Alzheimer.

3 – A síndrome que faz com que a pessoa tenha cheiro de peixe

Se não ficamos felizes nem com o cheiro natural do nosso próprio corpo – vide a quantidade absurda de produtos lançados para perfumá-lo constantemente –, imagina como é viver com um cheiro forte de peixe vindo diretamente da sua pele...

A Trimetilaminuria, ou Síndrome do Odor de Peixe, é provocada por um distúrbio metabólico que resulta na acumulação de um composto químico chamado trimetilamina, que é responsável pela produção do odor forte e desagradável. Esse distúrbio é geralmente ocasionado por uma falha genética, que faz com que essa substância de nome complicado acabe saindo pelos poros.

Há casos de pessoas que perderam seus empregos devido ao mau cheiro provocado pela síndrome, só para você ter ideia. Essa condição afeta uma em cada 40 mil pessoas e, além de ser ocasionada pela disfunção genética, pode ser provocada também por doenças de fígado e rim. O controle do mau cheiro pode ser feito com acompanhamento médico e restrições alimentares.

4 – A síncope situacional

Quem já desmaiou sabe como é: de repente, uma sensação horrível, a visão que escurece e a perda total de controle; você acorda instantes depois, às vezes com estranhos ao seu redor jogando quilos de sal em sua boca e trazendo copos e mais copos de água.

A síncope situacional é basicamente a presença de desmaios, que, aqui, não são provocados por alterações drásticas de pressão arterial, hipoglicemia ou consumo de drogas. Nesse caso, o desmaio é provocado por situações específicas, como quando a pessoa vê sangue ou passa por uma grande experiência emocional.

A verdade é que, quando falamos em síncope situacional, devemos entender que são desmaios provocados por qualquer coisa. Existem pacientes que desmaiam sempre que vão ao banheiro ou quando têm crises de espirro, por exemplo.

Como se não bastasse, há também a síncope provocada por riso recorrente, que é exatamente o que o nome sugere. É basicamente quando a pessoa ri tanto que chega a desmaiar.

5 – Déjà vu constante

Imagine ter aquela sensação de “acho que já vivi isso antes” todo dia, o tempo todo. Não deve ser legal, não é mesmo? Para a Ciência, essa pode ser uma forma diferente de ansiedade, até mesmo porque a pessoa que tem essa sensação constante geralmente apresenta episódios de ansiedade, totalmente justificáveis, diga-se de passagem.

O déjà vu por si só é visto como uma falha cerebral momentânea que faz o cérebro interpretar uma experiência nova como algo que já está em nossa memória. Isso causa uma sensação estranha que dura segundos e logo passa.

Agora, quem vive com a sensação constante de déjà vu pode ter sérios problemas em todas as áreas da vida. A publicação do Cracked usou como exemplo o caso de um jovem de 23 anos que, devido ao déjà vu eterno, acabou largando até a faculdade. Entre as experiências bizarras vividas por esse rapaz está a dificuldade até mesmo para cortar o cabelo – ao chegar à barbearia, a sensação de que esteve ali há pouco tempo o deixava nervoso, perguntando a si mesmo se não tinha cortado o cabelo naquele mesmo dia, com medo de que fosse visto como maluco se entrasse no estabelecimento.

Felizmente, essa condição é extremamente rara, e o caso do jovem é considerado inédito por alguns pesquisadores. Novos casos, no entanto, estão surgindo desde que o déjà vu persistente passou a ser visto como doença.

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